Nem daqui a mil anos

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Tzuyu e Sana se amontoaram em um dos computadores da biblioteca naquela tarde. O objetivo era vasculhar o maldito blog e descobrir quais eram as inverdades que estavam sendo contadas naquele covil de desocupados.

— Isso é estranho.

— O quê? — Tzuyu perguntou, curiosa demais para sequer disfarçar seu interesse no assunto. — Fala logo, Sana!

— Não estou encontrando nossos nomes nas postagens do blog. — a Minatozaki continuava deslizando repetidamente a página para cima e para baixo, perdida diante de tantas futilidades postadas ali. — Pelo amor de Deus, quem quer saber o que Cha Sunjae come no café da manhã? Isso é tão desnecessário!

— E o que ele come?

— Você está falando sério? — Sana olhou incrédula para a castanha.

— Que foi? — Tzuyu sorriu. — Ele é gatinho.

— Eu não quero saber o que esse cara ou o que qualquer outra pessoa famosinha da faculdade come, veste ou sei lá mais o quê. A questão é que esse blog é inútil e por sorte não tem nada sobre nós.

— Exatamente a notícia que eu precisava receber hoje.

Tzuyu não estava tão preocupada assim com as fofocas, até perceber o quanto elas poderiam prejudicá-la. Não daria margem para que a bruaca da aula de economia e publicidade, vulgo Kim Taeyeon, pudesse ter assunto para difamá-la.

— Já que não estamos envolvidas em nenhuma fofoca idiota, vamos esquecer o assunto. Na verdade, eu trouxe algo para mostrar a você. Uma novidade.

A Chou abriu sua mochila, tirando dali a pasta verde, levantando-a feito um troféu. Viu Sana olhá-la com estranheza, afinal, não fazia ideia do que aquela louca carregava em uma pasta velha.

— Essa é a novidade?

— Claro que sim! — Tzuyu se estressou, abaixando a pasta e colocando-a sobre suas pernas sem o entusiasmo de antes. — Não é apenas uma pasta, e sim, A pasta. Nada menos que todas as informações necessárias para que você se aproxime dos três patetas e saia com pelo menos um deles.

— Você só pode estar brincando! — o sorriso eufórico surgiu nos lábios de Sana. — Isso vai ressuscitar minha vida social de uma vez por todas! Você tem noção disso?!

E de repente, Tzuyu sentiu o peso da rosada se desfazendo sobre si. Os braços de Sana estavam ao redor de seu corpo, abraçando-a forte enquanto demonstrava todo aquele afeto exagerado, despejando elogios e mais elogios sobre a eficiência da Chou em seus serviços.

No entanto, ao olhá-la nos olhos, durante aqueles míseros segundos confusos e ágeis em que se afastavam, Tzuyu se deu conta do quanto Sana era incontestavelmente carinhosa. Não pôde conter um sorriso debochado, porém, gentil.

Mas ao se dar conta da possível trégua entre elas, tratou de afastá-la o mais rápido possível.

— Espera, espera, já pode ir se afastando porque eu não gosto dessa intimidade toda, hein! — Tzuyu exclamou. — Nosso único vínculo é o contrato, apenas ele.

— Olha, Tzuyu, eu definitivamente não quero estreitar laços com você. — a rosada passou as mãos sobre a pasta, levando-a para si. — Nem daqui a mil anos.

Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]Onde histórias criam vida. Descubra agora