Elisa Kwon definitivamente não estava preparada para seu intercâmbio na frança, mas o que ela realmente não sabia era que sua vida estava prestes a se tornar na história mais clichê (ou não) que ela já leu.
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meu estava a caminho de realizar meu sonho, estava na porta do aeroporto de paris no ponto de táxi apenas contemplando tudo a minha volta, desde os adesivos colados no poste até a posição das estrelas no céu.
um táxi para na minha frente, eu abri a porta do carro e finalmente percebo
puta merda não sei falar francês, havia esquecido disso. acho que consigo me virar só com o inglês né? não, definitivamente não.
como alguém vai pra frança ficar 9 meses e não sabe falar a língua nativa do local?
- excuse me sir, do you speak english? - me dirijo ao motorista com medo de ter que usar o google tradutor
- I do madame! where do you wish to go? - quando essas palavras com um sotaque engraçado saíram de sua boca um peso gigantesco saiu das minhas costas
- i would like to go to street porte-saint-denis, number 89 please - assim que disse o endereço, o motorista fez um joia e começou a dirigir
ele parecia ser um fofo, tinha cerca de 60 anos, então não hesitei em perguntar se ele conhecia alguém que dava aulas de francês, pois necessitava urgentemente saber ao menos o básico
- I know an awesome young teacher for you mademoiselle, she's my neighbor since some time and I think you both will love to meet! - a vizinha dele era professora de francês? as coisas estão ótimas de mais para serem verdades.
Quando chegamos, eu o paguei e ele me entregou um papelzinho com o número de telefone da professora e agradeceu, assim agradeci de volta a forma tão agradável que ele falou comigo paciente e a paciência daquele senhor
eu tirei minhas malas do carro peguei a chave dentro de minha bolsa e entrei no prédio, a alguns outros prédios ao lado tinha uma lojinha de conveniência 24 horas, o que seria além de útil até em me acostumar com o fuso horário
estava dispersa até que me deparei com uma tonelada de escadas que teria que subir e um pequeno elevador que não cabia 3 pessoas agasalhadas. Respirei fundo e fiquei confiante, estava no 5 e último andar, não era lá grande coisa subir tudo aquilo né?
era sim grande coisa, mas eu tinha que convencer a mim mesma que subir aquilo não me mataria, então foi isso que eu fiz e decidi subir todas as malas de uma vez naquela estreita escada, péssima decisão.
quando finalmente consegui subir tudo, uma garota também parecia estar enfrentando a mesma dificuldade, porém ela tinha definitivamente muitas malas a mais do que eu, ela loira com um cabelo enorme e os olhos castanhos
- oii! qual seu nome? - a loira tinha a fala mais doce do planeta, parecia muito simpática
- meu nome é liz! e o seu? mas como vc do nada reparou que eu era brasileira? - respondo amigávelmente
