Nick e Charlie

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Nick era tão romântico que as vezes eu quase sentia culpa por não ter criatividade pra inventar programações tão melosas quanto as dele. Nós tínhamos aproveitado a ausência da mãe do Nick pra passarmos um tempo sozinhos em sua casa e ele estava fazendo um segredo danado de algo que planejava me mostrar lá. Quando cheguei e toquei a campainha, o loiro abriu a porta com um sorriso no rosto como sempre me recebia, mas eu conseguia notar algo de diferente.

- Oi, gatinho. -Falei.

Nick me agarrou com força e afundou seu nariz no meu pescoço, o que me fez arrepiar e sentir leves cócegas.

- E aí, a viagem foi longe até aqui? -O mais alto brincou.

- Nossa, eu quase perdi o avião.

- Cala a boca. -Entre risos, Nick me puxou pela minha blusa ali no meio da sala, encostando seu corpo no meu e me roubou um beijo de língua.

Apesar de repentino, é lógico que eu gostei. Mas enquanto minha língua sentia sua língua quente, não pude deixar de notar os sorrisos largos de Nick entre o beijo.

- O que tá rolando, Nick Nelson?

- Vem, você vai ver. -Ainda sorrindo, meu namorado me pegou pela mão e me conduziu até o seu quarto.

Assim que pisei no cômodo, percebi o que ele tinha preparado. Literalmente tinha um forte de travesseiros em cima de sua cama, com lençóis cobrindo por cima como uma cabana e havia pisca-pisca no topo iluminando sua criativa construção. Ali já tinha seu notebook aberto, um potinho com snacks e na cabeceira ao lado da cama tinha duas taças de vinho cheias.

Da Alexa na prateleira saía uma música ambiente bem tranquila.

- Uau. -Eu realmente estava impressionado.

- E aí, gostou?

- Sim! Queria ter um pingo da sua criatividade. -Confessei. – Mas caramba...dá até pena de dormir num lugar desses. Da vontade de só ficar olhando.

- Quem disse que vamos dormir? -O loiro sorriu de um jeito malicioso. Mas logo ele percebeu sua própria fala e envergonhado, tentou se corrigir rapidamente: – Q-Quer dizer, se você quiser dormir tudo bem! É o seu forte de travesseiros, construído exclusivamente para você e tal. Você faz o que quiser com ele. Eu só fui o engenheiro.

- Você não existe, Nick. -Rindo a toa, me aproximei dele lentamente e segurei em sua mão, o fitando em seus lindos olhos claros.

- Será? Ia ser estranho se eu fosse só seu amigo imaginário... -Respondeu, ainda com as bochechas avermelhadas, mas seus olhos não desviavam da minha boca.

Fiquei na ponta dos pés e beijei seus lábios. Poderia pensar em diversas combinações de sabores pra descrever o gosto doce da sua boca, mas eu nunca iria conseguir achar uma descrição perfeita para comparar. Ele se rendeu fácil ao meu beijo e logo suas mãos firmes encontraram meu rosto e minha nuca. Aproveitei para segurar nos seus grandes braços e deslizei meus dedos sob seus músculos. Era engraçado pensar que antes eu fugia de qualquer tipo de garoto atleta do colégio e agora eu amo sentir e usar seu corpo atlético. Amo o fato dele ser todo grande e forte. Que doce e gostosa ironia.

Meu pau duro começava a pressionar contra o dele como sempre acontecia quando nós pegávamos. Quanto mais o beijo se intensificava, mas Nick encostava seu pau contra o meu na calça e apesar de meus medos e inseguranças, eu morria de curiosidade de enxerga-lo por completo, o que nunca tinha acontecido antes.

Nosso beijo se cessou quando nossas línguas se afastaram uma da outra e Nick já estava fazendo malabarismos para esconder seu volume, envergonhado.

Ele pegou nossas taças de vinho e me deu uma.

Entre lençóis e travesseirosOnde histórias criam vida. Descubra agora