Nem tudo na vida depende de esforço

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Ao comer seu chocolate, Tzuyu encarou fixamente o de Sana, largado ao lado de seus livros. Fugiram para a cafeteria após o estranho encontro com Myoui Mina na máquina de lanches. Ainda se perguntavam de que fama aquela garota estava falando, até porque, se lembravam perfeitamente de vasculhar o tal blog de fofocas e não encontrar absolutamente nada.

— Por que tudo isso é tão estranho? O que nós fizemos para ficar famosas? — Sana questionou, sentindo seus neurônios queimarem de tanto pensar em uma explicação. — Não faz sentido. Eu nem me esforcei.

— Nem tudo na vida depende de esforço. Vai comer o seu chocolate?

— Tzuyu, isso é sério. Se somos famosas, precisamos saber o porquê de sermos famosas, você não acha?

— Eu não vejo um motivo pelo qual você e eu, duas invisíveis, poderíamos ficar famosas. Aquela garota estava blefando, provavelmente tirando uma com a nossa cara — Tzuyu falou sem rodeios, não estava com tanta paciência para discutir hipóteses. — Vai comer o seu chocolate?

— Come logo essa porcaria! — Sana esbravejou, desfazendo-se sobre a mesa, um tanto frustrada por sua falta de respostas. — Não foi bem assim que eu planejei ficar famosa. E se for por algo ruim? E se nossos nomes estiverem envolvidos em um esquema de pirâmide? Ou em sequestro de bebês na maternidade?

— Pela santa paciência, Sana! — Tzuyu resmungou, furiosa, enquanto devorava ferozmente o chocolate da garota.

A Minatozaki, por outro lado, voltou a se debruçar sobre a mesa, inconsolada. Poucos passos dali, a figura caminhava em direção às garotas com um sorriso gentil nos lábios. Ao se aproximar delas, deixou a bandeja sobre a mesa, logo servindo um latte macchiato à Tzuyu e um milkshake de morango à Sana. Curiosamente, suas bebidas preferidas.

— Eu não pedi nada — Tzuyu proferiu de boca cheia, ainda saboreando o chocolate gratuito.

— É por conta da casa, querida. Não se preocupe. — a mulher lançou uma piscadinha nada discreta para a Chou. — Fiquem à vontade.

Sana levantou seu rosto imediatamente, vendo as bebidas ali, refletindo sobre o quanto aquilo estava absurdamente estranho.

— Precisamos descobrir o que está acontecendo, Tzuyu. O que fizemos de tão bom?

— Isso não importa. Logo passa, acredite, eles estão se enganando e logo vão perceber o erro. — Tzuyu puxou para si a taça de latte, sem qualquer preocupação. — Temos assuntos mais importantes. Você precisa se aproximar da Nayeon.

— Eu sei, é o que eu mais quero. Caminhar com ela no pôr do sol e esquecer essa confusão.

— Enfim, você certamente leu a ficha dela na pasta, então, já sabe como começar. É só fazer exatamente o que escrevi.

— Claro! — Sana assentiu. — Devo esbarrar sem querer nela durante o intervalo. Nayeon vai me ajudar a recolher meus materiais, vamos rir juntas e então eu vou elogiar seus olhos, porque é a parte do corpo que ela mais gosta em si. Quando sentarmos para conversar pela primeira vez, devo falar sobre o quanto sou dedicada aos estudos, porque ela gosta disso.

— Excelente. Colocaremos o plano em ação amanhã mesmo.

Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]Onde histórias criam vida. Descubra agora