Sol em Natent

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Estava correndo por uma floresta, a qual era tão linda que até se parecia com o paraíso. Haviam árvores bonitas e altas, flores coloridas e cheirosas e a grama era de um verde estonteante. Continuo o trajeto até que, como um flash, tudo fica escuro. Com o susto caio para trás, sentada na grama. Levanto e tento tocar em algo, mas não havia nada a ser tocado. Dou um passo à frente e tudo escurece novamente, mas desta vez, percebo que a floresta é iluminada pela lua.

Aflita, decido explorar o local. Percebo que entre as árvores havia um lago onde a luz refletia. Me aproximo da água e a cada passo a luz fica mais e mais forte. Quando chego próximo a beirada, vejo pequenas cinzas saírem do lago, como se algo tivesse pegando fogo.

Me abaixo para ver melhor e logo percebo que o lago havia se transformado em algum tipo de portal, o qual me mostra a paisagem parcialmente borrada de um castelo iluminado pela luz do que parecia ser o sol poente. Me aproximando um pouco mais, vejo uma cena quase pós-apocalíptica. O reino que o portal mostrava era o chamado Natent, meu reino, e ele estava sendo completamente destruído. Homens com armaduras negras e lanças correm até o castelo gritando algo que não consegui entender. De repente, a luz se intensifica e eu me levanto assustada em minha cama, com raios de sol batendo em meu rosto.

-Era um sonho?- pergunto para alguém inexistente, olhando um ponto fixo em meu quarto.

-Do que está falando, princesa?- Uma voz feminina pergunta ao meu lado.

-Meu Deus!- Com o susto, dou um grito e caio da cama.

-Está tudo bem, alteza?- fala Margareth, minha governanta, estendendo a mão com uma expressão preocupada.

-Sim, você só me assustou um pouco.- Digo estendendo minha mão para alcançar a dela, rindo pelo susto. Ela me ajuda a levantar e limpa minhas vestes com leves palmadinhas, apenas para remover o pó. Quando termina, olha para mim com seu sorriso gentil e acolhedor de sempre.

-Que bom que está bem. Seus pais estavam preocupados com você.- ela avisa colocando um vestido em minha cama.

-Ah, sim, está bem. Por favor, avise que eu já vou descer.

-Sim, querida, eu estou torcendo por você!

-Obrigada, Margareth.- Vejo ela sair pela porta e respiro fundo.


Junto meus lençóis do chão e os coloco na cama. Levantar de manhã cedo e vestir um vestido grande e bufante é difícil mas, infelizmente, é a roupa padrão para ser vista pelo povo, e já faz um bom tempo que pedi para as criadas abrirem mão dessa tarefa e me deixarem eu me vestir sozinha. É mais rápido que me vistam mas é bem vergonhoso para mim e minha independência. Como deixam tudo pronto para me vestir, não demora muito para que eu possa descer e ir comer com minha família.

Assim que chego todos olham para mim, eles sabiam dos meus planos para hoje, todos menos o meu pai que olha para mim somente para sorrir.

-Bom dia- Digo me sentando em minha cadeira ao lado de meu pai.

-Bom dia Emma, fizeram torta de amoras- Minha mãe fala ainda sorrindo.

-Acho que querem nos agradar filha- Meu pai fala com o que parece ser seu segundo pedaço de torta no prato.

Fico aliviada que as criadas seguiram o plano e olho para minha mãe que estava sentada em minha frente e parecia me mandar forças por telepatia. Já recebi vários "nãos" do meu pai, então todos meio que esperam pelo dia do sim.

-Então filha, já decidiu sua roupa para o festival? Isso é quase que um evento entre as criadas- ele fala em um tom humorado e eu gelo, talvez nervosa demais para falar.

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⏰ Última atualização: May 14, 2023 ⏰

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