Prólogo (Relação entre pai e filho)

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- Porque fez isso? - Wungjae gritava na sala, fixando seu olhar nos olhos do filho que mantinha sua cabeça baixa. - Como ousa novamente, me desafiar diante de todos os sócios da nossa filial?

- Se está envergonhado, você deveria parar de me levar para a droga das suas reuniões públicas. - Wooyoung retrucou o pai, ainda mantendo sua cabeça baixa.

- Onde eu errei com a sua crianção Wooyoung, onde? - o pai se aproximou do filho cambaleando e o empurrou com os próprios punhos. - Já não bastava toda a vergonha que eu passei com a sua arrogância? Agora você me faz uma besteira dessas e simplesmente rejeita a oferta de relacionamento com a filha dos Byeon?

- Não vou casar com uma garota que se quer sinto atração, só porque você quer, Wungjae. - o que é verdade, nenhum humano deveria ser obrigado a ter relações com alguém que não quer. Mas essa fala irritou ainda mais o Jung mais velho.

- Eu não quero saber, amanhã você irá pessoalmente na casa dos Byeon e pedirá desculpas pela forma que tratou a menina, e lhe levará flores. - Wooyoung apenas ignorou seu pai, levantou-se e saiu da sala, como se ninguém estivesse falando.

Subiu as escadas e caminhou até seu quarto, que ficava no terceiro andar da grande mansão, continuou ouvindo os gritos de seu pai chamando por seu nome até que finalmente ele parou.

Algumas pessoas podem achar que Wooyoung é uma criança mimada, metida, soberba que tem tudo o que quer na hora que quer, mas isso nunca foi verdade.
Wooyoung perdeu sua mãe quando tinha apenas 4 anos de idade e desde então foi criado por babás, mais velhas, jovens, homens e mulheres de diferentes formas e criações diferentes e seu pai quase não ficava em casa por causa da vida social que tinha nas empresas, nunca tinha tempo pra ficar ao lado do filho.

Desde então ficou sem o amor paterno, sem o amor materno, sem amigos, sem família, sem ninguém para poder buscar ele na porta da escola com um sorriso feliz no rosto, vendo seu pai se relacionar com inúmeras mulheres diferentes a cada semana e ainda apresentá-las como suas "Futuras mães", o menino odiava isso com todas as forças, parecia que a todo custo aquele homem queria ocupar o espaço da mulher incrível que ele teve com uma qualquer.

Wooyoung começou a nutrir raiva, receio, nojo e principalmente antipatia por Wungjae se afastando a cada dia que passava, até não sobrar mais um pingo de compaixão.

Depois da morte da sua mãe o menino desenvolveu episódios com Crise de pânico e raiva, sempre que via seu pai trazer outras mulheres para casa, gritava, tentava agredir e quebrava as coisas e foi ignorado, seu pai nunca tentava entender o porquê e sempre lhe culpava, sempre apontava seus erros e castigava, até ele definitivamente descidir trancar o menino em casa sem poder sair pra brincar com outros garotos, tirando o filho da escola e colocando para ter aulas em casa, e apenas sair quando fosse necessário, esse foi apenas um gatilho para que Wooyoung então resolvesse se trancar no quarto e nunca mais tentar socializar com ninguém nem se quer os empregados e babás que seu pai contratava, e cresceu assim, sendo considerado apenas um filhinho de papai, rico que não gosta de conversar com pessoas de baixa qualidade.

Wooyoung estava sentado na cama, depois da pequena discussão que teve com seu pai, segurando uma foto de família que guardava escondido de seu pai, onde sua mãe estava emanando um sorriso lindo, ele deixou suas lágrimas caírem, grossas, lágrimas de uma criança que não aguenta mais ficar longe da mãe, e chorou, chorou como se não ouvesse amanhã, chorou até cair no sono, abraçado com o pedaço bem feito de papel em suas mãos.





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Oiê, esse é o primeiro prólogo que conta a história de Wooyoung, o relacionamento dele com o pai e com as pessoas ao redor.
Só pra deixar claro, essa historia pode acabar deixando algumas pessoas com muita raiva dos personagens, mais eu juro que ao desenvolver da história muita coisa vai mudar, inclusive as relações do Wooyoung, então por favor não fiquem com raiva do Wungjae, vocês vão entender depois o porquê de muitas coisas acontecerem.

Tchau tchau, até o próximo prólogo que será a convivência de San com sua mãe ❤️





I Don't Hate You, Jung Wooyoung. (WOOSAN)Onde histórias criam vida. Descubra agora