capitulo único

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Já estava cansado por aquela caminhada gigante, que não chegava a lugar nenhum e parecida a mesma paisagem, mas claro como ele está dizendo "confia em mim que chegamos lá" mas não chegamos em lugar nenhum até agora. Olho para os lados mato, para a frente matos, olho para trás susto pessoas feias e mais mato, estou tão cansado.

    Mais vinte minutos de caminhada, foi o que ele falou a meia hora atrás. Demos um tempo na caminha enquanto esperávamos algumas pessoas nos acompanhar, o povo que não sabe andar. Um grito feminino, corremos para ver o que era mas do nada uma grande neblina e nada de ninguém, eu tinha certeza que não estávamos tão longe assim deles. Paro para descansar mas ninguém passou por mim, será que corri sozinho? Não eu tenho certeza que vinham comigo.

    Quinta vez que chamo o nome de todos meus amigos onde nenhum me respondia. Que droga. Após alguns minutos de caminhada e exaustão vejo uma pequena casa, com medo eu estava, assistir João e Maria. Continuei andando para a casa mesmo assim, casa longe era essa que eu não chegava nunca. Olhei para o lado por um momento por conta de um barulho e quando voltei a olha para frente novamente onde estava ela?

    — Cadê a casa? Não, não ela estava ali eu sei que estava— olho todo ao redor e nada da casa, sinto uma picada em meu pescoço só para piorar a situação, eu estava em meio a uma florestas que eu não sei onde fica, sem ninguém e estressado. Tarde de mais para me arrepender.

    Volto a andar e logo sinto fraqueza nas pernas e ao mesmo tempo vejo um alguém vindo em minha direção, grito o nome de um dos meus amigos e então vem mais rápido em minha direção, volto a gritar o nome dele tentando o acompanhar e quando estamos perto um do outro, não vejo o seu rosto por conta da visão pesada e escura.

    Levanto assustado olhando para os lados, era meu quarto, como assim? Saio da cama e vou até a janela, observo e vejo o mesmo de todos os dias, crianças correndo a vizinha aguando as plantas e...

    — Não pode ser — corro para a sala e lá estão eles.

    — Porque ainda está vestido dessa maneira, vamos nos atrasar

    — Você sempre faz isso não é? Cuida em se trocar antes que seu pai de a doida — Ela fala passando por mim, levanto a mão para tocá-la — Quer um abraço? Tudo bem, mas tem que se arrumar rápido —Aquele sorriso que ela deu antes do abraço, um abraço, ela estava ali me abraçando.

    Entro no carro onde passava a música que ela não para de escutar Marry You - The Rose, nunca vou esquecer dessa música, muito menos do sorriso que ela dava ao escutar e cantar no mesmo momento era lindo. Ela me olhou com aquele sorriso e me perguntou o que estava acontecendo e percebi que deixei algumas lágrimas caírem, eu e minha fragilidade. Respondi rápido que não era nada e limpei o rosto, cantei junto a ela a música e quando pensei que nada ia acontecer percebi que pensei errado. Naquele momento pude ver novamente o desespero dela quando tudo acontecia em câmera lenta ao meus olhos mais uma vez. Fecho os olhos com força e sinto as pancadas do carro capotando na pista.

    Abro meus olhos e não me vejo ferido, nem mesmo eles, onde foram para onde estou dessa vez? O que esta acontecendo? Entra uma mulher no quarto sorrindo por mim ver ali? E antes que eu possa falar algo ela me abraça.

    — Tive tanto medo de perder você — Ainda não consigo entender mas reconheço a voz — Você esta bem? Me diz que sim — Sinto tristeza em sua voz mas ela parecia feliz, então apenas concordo com a cabeça — que bom. Então levanta logo para poder ir, o pai ele esta nos esperando para irmos visitá-la — ela diz levantando e sai do quarto. Visitar quem?

    Chego na sala e vejo o pai e ela lá, jugando ser minha irmã então saímos, vamos até a casa da minha vó entramos e várias pessoas gritam surpresa e todo aquele dia vem em minha mente, foi o meu primeiro aniversário depois da morte de minha mãe. Comemoro com ele aquele dia onde eu já sabia o que ia acontecer, decidir não mudar nada nem mesmo o momento em que toca aquela música.

    A noite chega e eu me sinto inquieto, levanto para andar um pouco, mesmo sabendo que aquilo não tinha acontecido antes, no caminho paro em uma das máquina de comidas que tanto sentia prazer em comer, era muito gostoso. Vejo que em um parque tinha crianças brincando, então não seria tão tarde assim. Pego o celular após vibrar com uma mensagem dos meu amigos para que nos encontrássemos no restaurante perto de onde estava, confirmei então fui, chegando perto os avistei e um deles gritou parabéns me fazendo rir, corri para atravessar e logo ouvir bem no fundo meu nome e uma luz muito grande perto de mim e então mais nada.

    Levanto a cabeça e vejo várias pessoas junto comigo em um banco, estavam rindo e brincando muito, enquanto comiam várias comidas. Olho para o lado da janela e vejo neve, me surpreendo pois onde moro não tem neve

    — Onde estamos?

    — Dormiu tanto que esqueceu onde estamos — ele falou em um tom de brincadeira e para todos ouvirem onde riram.

    — estou falando sério

    — Cara nos estamos na Islândia passando nossas férias de fim de ano, que sono pesado foi esse?

    — Foi bem a bebida que o fez ter amnésia temporária — Todos riram, a agora sou um palhaço além de não está entendendo nada. Eles levantam depois de um tempo e vou os seguindo.

    Entramos em uma área de patinação, primeiro digo que não quero mas eles me conseguiram me convencer a entra, esta tudo tão bom para ser verdade, todos se divertindo. Uma garota bate em mim caindo e vou ajudá-la a se levantar, mas logo vem um homem muito grande para cima de mim, eu não sou bom de brigas e tentei explicar o que aconteceu, que droga de inglês que não saiu na hora. Tudo novamente em câmera lenta, meus amigos vindo para perto tentar me ajudar e o punho do cara em meu rosto.

    Acordo de susto onde faz minha cabeça doer e vejo todos os meus amigos sentados em bancos de frente pra cama com cara de preocupados.

    — O que aconteceu? — Perguntei, eles me olham sorrindo e vindo para perto

    — Cara você quer nos mata?

    — Como assim? — Reparo mas roupas que usavam

    — Quando estavamos chegando no acampamento você desmaiou do nada nos deixando preocupados

    — Como assim? Você sumiram do nada depois que alguém que vinha atrás de nos gritou e...

    — Acho que você bateu com a cabeça quando caiu. Mas em fim, levanta ai que esta na hora de irmos comer — Eles me fazem levantar rápido e então saímos do quarto indo para o refeitório com eles tirando onda de minha cara. É parece que esta tudo bem.

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⏰ Última atualização: May 15, 2023 ⏰

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