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Pov S/n

As vozes da plateia ecoavam por toda minha cabeça, talvez fosse pelo nervosismo, talvez pelas tantas pancadas que levei outrora...

Eu me aquecia 'pra disputar mais um lugar na final de mais um campeonato, dessa vez era realmente diferente, era uma luta extremamente importante.

Como disse seria disputado um lugar na final, isso seria crucial 'pra minha carreira. Eu esperava por esse momento a anos.

Um de meus maiores sonhos era conseguir conquistar um grande reconhecimento nacional e internacional por todos.

Me sentia extremamente feliz por estar conquistando cada pedacinho dele, cada vez mais.

Quando me dei conta mais uma vez estava ali, ansiosa. A adrenalina tomou conta do meu corpo, pulava e me esticava para me aquecer. Além de me alongar também ajudava a distrair a ansiedade que tomava pouco a pouco meu corpo.

Isso pode ter seus contras, mas eu devo admitir que aquela sensação era maravilhosa, a angústia antes do entrar no ring, a rivalidade entre dois oponentes, aquilo era o que me fazia feliz.

Eu como sempre antes das lutas, estava nervosa, aquela seria uma competição acirrada, uma das mais importantes para minha carreira. Eu teria que me sair muito bem, ou bye bye contratos.

Havia olheiros em toda a parte, muitos jornalistas, e uma plateia enorme. A luta seria transmitida pela minha primeira vez na TV, ao vivo. Isso me deixava extremamente feliz, pois ganharia a visibilidade que eu tanto almejava.

Sempre desejei ser reconhecida pelo meu talento, não quero me gabar, eu sou boa no que faço. Eu tenho orgulho da mulher forte que me tornei.

Com tantas batalhas diárias que as mulheres sofrem, ter uma grande visibilidade em esportes como este, são de grande ajuda... Uma forma das mulheres ganharem voz eu diria!

Treinei o máximo que pude, participei de diversos campeonatos. Aprimorei minhas técnicas, meu movimentos, cada dia me dedicando mais e mais.

Por muito tempo me senti fraca, mas depois de tanto esforço eu realmente me via como uma grande mulher - Ironicamente, eu não passava dos 1,60 de altura.

[...]

Voltando minha atenção para agora, aquele era o meu momento, a minha hora de brilhar.

Entrei no ring, o juiz então indicou o início da luta.

A minha marca registrada era sempre deixar a oponente atacar primeiro, ou pelo menos tentar. Assim que eu consigo desviar de seu primeiro golpe tento também a acertar. Ela desvia do meu golpe e me desfere dois, em cheio na cabeça.

Não deixei barato, desferir quatro golpes seguidos também na lateral da cabeça. Estava começando a achar interessante.

O caos estava instalado ali, a melhor parte do meu dia, a hora de lutar. Minha vocação era isso! Algo que me angustiava e ao mesmo tempo trazia minha paz.

Pessoas concentradas, muitas comemorando meus golpes na adversária, e outros comemorando os golpes dela em mim. Aquela adrenalina toda me deixava mais ágil casa vez mais, porém também estava ficando mais esgotada.

A luta permaneceu, digamos... Empatada! Minha adversária era realmente boa, até que enfim uma que chegue ao meu nível de competição. Sempre fui uma das melhores, então nessas situações me sentia desafiada pelo dobro.

A luta se estendeu por um período razoável, já estava duvidando se eu iria vencer ou não. Como disse estava realmente acirrada, além do mais, eu estava nervosa também. Isso me fazia ficar preocupada, e por consequência me distrair, muito mais do que eu deveria.

NOCAUTE | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora