II. Castelo

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- e por que você correu pra cá? ー coloquei curativos em seu abdômen.

- por que você quer tanto saber!? ー rosnou.

- não se é todo dia que vemos um carnívoro de tigre de outro continente na sua orta, não? ー logo quando coloquei os curativos, fui pegar mais algodão com remédio e me direcionei ao seu rostoー posso?

- humf, tanto faz ー ele se virou e eu segurei delicadamente seu queixo.

Pude ver melhor seu rosto, estava sujo e machucado, no seu olho esquerdo havia uma grande citatriz, como se alguém tivesse tentado arrancar seu olho, sua pupila era fina como de gatos, e a pupila do olho esquerdo era mais branca que a do outro lado, talvez ele fosse cego deste lado

Ele bufou, e com isso eu saí do meu transe, peguei um pano molhado e limpei seu rosto parcialmente, logo cuidei dos seus ferimentos no rosto, botando os curativos

Ótimo, agora só faltava a orelha

- então, qual seu nome? ー perguntei preparando outro algodão para passar na sua orelha.

- por que eu deveria contar meu nome para um ser tão insignificante como você, herbívoro?

- pare de me chamar de herbívoro, eu tenho um nome sabia? ー falei irritado, me levantando e segurando de leve sua orelha, pude vê que ele se arrepiou com meu ato.

- e-ei, segure direito minha orelha! ー falou irritado.

- desculpe senhor, não sabia que tinha que segurar de um jeito mais sútil ー bufei e comecei a passar o algodão com remédio na sua orelha aberta.

A sua orelha estava bem feia mesmo, era como uma marca de mordida, alguém tentou comer sua orelha, as pessoas do oeste eram tão cruéis assim?

Fiz um curativo bastante reforçado, para tentar estancar o sangue, que agora era pouco que saía

- prontinho! ー disse sorridente, guardando os medicamentos dentro do kit.

- task, obrigado... ー agradeceu meio envergonhado.

- então, agora você poderia me dizer seu nome agora? ー direcionei meu olhar para ele, ele continuava sentado no sofá e eu no chão, com o kit no meu colo.

- eu me chamo Dylan ー ele coçou sua bochecha, suas orelhas estavam inquietas, juntamente da sua cauda, que se movia de um lado para o outro.

- oh, certo, eu me chamo Odara ー sorrioー espero que você não me coma até o final da sua estadia ー me levanto e vou andando até o quarto do meu irmão ー eu já volto, espere um momento

- Urf, quem você pensa que é!?

- eu sou o "herbívoro" que cuidou de seus ferimentos e farei sua comida, seu ingrato ー dei língua para ele e continuei minha trajetória.

- ora seu!

🦌

Tirei todas as medidas da garotinha, anotei todas em um pequeno bloco de notas e agora dei a permissão para que ela me amostrasse os desenhos de seus vestidos

- papai disse que eu deveria usar um vestido muito bonito para o baile ー ela dizia enquanto passava as folhas, com seus desenhos.

- hm? Que baile seria esse?

- um baile! É o baile pro meu irmão, é pra ele conhecer suas prometidas, já que ele já já ganha a coroa dele sabe, e ele tem que se casar pra conseguir dar herdeiros, pras próximas gerações

- oh, entendo, e quando será esse baile?

- daqui uma semana

- uma semana!? Mas isso é pouco tempo para fazer um vestido bem elaborado! ー falei nervoso.

O caçador e a sua presaOnde histórias criam vida. Descubra agora