Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]

Nunca foi tão fácil sair do armário

Embora estivesse se contendo e lutando arduamente para esquecer aquele assunto, Tzuyu não conseguia parar de pensar sobre a tal fofoca em que estava metida com Sana. Sem pensar muito, pegou seu celular, abrindo o blog de fofocas de Jihyo e atualizando a página de novo e de novo, esperando ver algo que a explicasse toda aquela patifaria.

Lá estava!

Tzuyu deslizou os olhos pela página vendo o título da última postagem, publicada há exatos dez segundos. No centro da página, a foto de Tzuyu e Sana no armário de vassouras. Abaixo, uma matéria totalmente tendenciosa.

"Nunca foi tão fácil sair do armário! O que está acontecendo entre Chou Tzuyu e Minatozaki Sana? Aqui você encontra um guia completo com todas as teorias possíveis!"

Tzuyu imediatamente pensou em se levantar e ir tirar satisfações, afinal, era um absurdo que seu nome estivesse envolvido em uma fofoca totalmente sem fundamento. Mas sua curiosidade era maior. Pensou em ler todas as teorias e especulações sobre o que havia entre Sana e ela. Porém, algo ainda não saía de seus pensamentos. Por que diabos as pessoas pensariam que poderia existir algum interesse entre as duas?

— Não, não mesmo! — Tzuyu balançou a cabeça em negação, falando consigo mesma. — Eu já deixei claro que isso não existe. Sana e eu? Que bobagem!

— Estava falando de mim? — a rosada puxou a cadeira ao lado da Chou, logo sentando-se no local de sempre.

— Você não é o centro do universo, sabia? — a garota fez sua melhor careta. — Eu estava falando de outra Sana.

— Outra Sana? Na mesma faculdade? — ela revirou os olhos. — Enfim, preciso das folhas corretas.

Tzuyu soltou o celular sobre a mesa, virou-se até sua mochila, tirando um envelope, desta vez com o verdadeiro conteúdo solicitado por Sana. Entregou a ela, vendo os olhos da rosada brilharem.

— Não vai me agradecer?

— Você não merece — Sana resmungou. — Não depois de quase ferrar meu primeiro flerte com a Nayeon.

— Não foi proposital. Eu não teria motivos para afastar você da Im.

— Não teria? — a Minatozaki largou o envelope sobre a mesa, concentrando seus olhos na garota à frente. — Certeza?

Tzuyu sentiu suas mãos ficarem geladas. Seus pés tremerem. Sua garganta secar. Por que Sana estava a olhando daquele jeito? E por que se sentia tão desafiada e pressionada?

Mais que depressa, Tzuyu desviou seus olhos para as próprias mãos.

— Não tenho nenhum interesse na vida amorosa de clientes. Na verdade, eu te considero uma pessoa qualquer, apenas isso.

— Ótimo! — Sana assentiu, passando a mão sobre o envelope de modo violento. — Eu te considero o mesmo.

Sana se levantou, mas antes que pudesse dar as costas à Tzuyu e sair dali com o sangue fervendo, viu de longe os outros alunos descendo para o refeitório após o sinal do intervalo. Algo comum, se não fosse por um detalhe. A faculdade toda estava vestindo azul e roxo.

— Tá de sacanagem! — Tzuyu desacreditou, boquiaberta diante do mar de alunos com camisas iguais. — Essa é a fofoca?