Um psicanalista, uma advogada e uma verdade em comum.
Stenio se vê preso na incerteza assim que coloca os olhos sobre ela, sua paciente. Quebrar o código de ética não era o melhor caminho para seguir, ou será que era?
Freud tem muito a explicar-lhe.
Recado: Gatilhos podem ser ativados, esse capítulo contém relatos de problemas familiares complexos e ansiedade.
Por fim, quem estiver apto a ler, desejo uma boa leitura. Espero quegostem, xero!
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Raízes se mostram presentes em pequenos detalhes, leia por entrelinhas às emoções que jazem neste pequeno espaço, habite o céu, as constelações são vastas.
Áustria, 2023
Heloisa saiu da sessão sentindo-se aérea, a hora havia passado como um rápido raio, fazendo clarão e indo embora logo após.
Havia passado por diversos profissionais de saúde mental, não era uma imensa novidade em nada, mas Stenio a fez se sentir verdadeiramente livre em suas falas, estranhava a maneira como ficava confortável perto do homem, que até então, era um desconhecido.
Era bom não se sentir patética, para variar.
A advogada chamou um táxi que passava, era hora de voltar para casa, naquela noite fria. O aconchego de uma boa lareira era necessário naquele instante.
Casa.
Era o que aquele lugar se tornaria.
Mostrou o endereço ao motorista e seguiram caminho, graças à tecnologia não passaria grandes vergonhas, apenas mostrou e o homem acenou com a cabeça, confirmando que iriam para o lugar pretendido.
Alemão era um belo idioma, o difícil mesmo era falar e entender, ou seja, tudo.
Sorriu lembrando-se como foram as primeiras horas que chegou no país, parecia uma criança de cinco anos quando se perde da mãe no supermercado.
Quando o moço a olhou confuso, foi a deixa para se manter quieta.
Pouco tempo depois, chegaram ao destino. Helô não tardou ao entrar em seu apartamento, era aconchegante, estava em processo de decoração, deixaria o espaço com mais detalhes que sejam de seu gosto e sejam parecidos à ela.
Se direcionou ao banheiro, um banho quente a deixaria relaxada após um longo dia, muitos acontecimentos para pouco tempo de estadia.
Saiu do box de roupão, sentou-se na cama, afundando nos lençóis macios que havia posto pela manhã. Pegou o notebook, olhando seus e-mails, afinal, amanhã começaria o que tanto pretendia.
Respondeu o máximo que pôde sobre as instruções de Alessandra, que seria quem estaria lado a ela no processo de adaptação, seria um certo tipo de intérprete e secretária. A respondeu confirmando os horários e a reunião de boas vindas que teria durante a tarde, como um sinal de hospitalidade, já que, o trabalho seria árduo.
