Sob Álcool ─ Seungchan

──「0.0」─ Prólogo.

Seoul, Coreia. ─ 03:55 da madrugada.

Nunca se passou por sua cabeça que seu batimento cardíaco estaria em comparação com a velocidade de sua moto. A velocidade que não era um problema agora, podia continuar indo o mais rápido que pudesse na pista em que a única luz viva era de seu farol. O céu era chuvoso, assim como sua mente nublada, o asfalto era úmido assim como suas bochechas. Estava quebrado, destruído. Partido.

A única cura para si era continuar acelerando até que chegasse a lugar nenhum.

Raiva, impulsividade e tristeza tomaram a sua mente. O amor podia ser cruel.

A brisa do vento lhe trazia melancolia, e o levava algumas horas atrás no passado. Só 'Deus sabe quanto tempo ele estava com o traseiro sentado no banco daquela Kawasaki. Christopher não entendia o porquê, mas se culpava pelo termino com sua amada. Tão repentino e precoce, como ela pode ter coragem disso? Ele sempre tomou todos os cuidados dentro do relacionamento. Entretanto, tudo foi em vão. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi sair de seu dormitório às pressas, subir em sua moto, e dar partida a rodoviária. Sozinho.

A incredualidade ainda grande por 'sua' garota terminar com ele por telefone com a desculpa esfarrapada de; "você está muito ocupado ultimamente".

Sendo dominado pela angústia e deixando toda - quase toda - a mágoa para trás, Christopher arrancou com os pneus no asfalto molhado, diretamente de volta para seu dormitório. Na sua cabeça, se afogar em álcool seria a melhor forma de lidar com toda a situação.

⃟🕊⃟

Com lágrimas já secas em suas bochechas de tanto chorar no caminho, sendo de ida e vinda, o garoto de estatura alta e cabelos tão pretos quanto de uma pedra Ônix, adentrou sem cuidado algum, o dormitório do colégio que dividia com seu 'inimigo de quarto'. Como o outrem lhe chamava. Nessa hora seu companheiro já deveria estar no décimo quinto sono, mas o garoto não dava a mínima e não se importava se ele estaria acordado ou não, tudo que queria era andar até a geladeira e tomar todas as garrafas de álcool que particularmente não eram de sua posse. E então, andando de forma desengonçada até a cozinha que era junto da pequena sala, foi isso que ele fez quando chegou a pequena geladeira.