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— eu já te falei — a voz de San fez com que meus pensamentos voltassem para esse plano — se você estourar um plástico bolha que foi feito na China, você estaria respirando um pouco do ar chinês
— já parou para pensar o quão louco você é por ficar pensando isso? — Mingyu respondeu
— não sou louco, apenas desocupado — San respondeu
Olhei para os garotos, notando a falta de outra cabeça de cabelos castanhos. Dei uma volta completa no lugar, vendo se conseguia encontrar Sunghoon
O estacionamento estava cheio ainda, mas muitos carros já havia saído de lá. Uma onda de alunos seguia até a saída de pedestres. Era um pouco engraçado como todos eles estavam andando do mesmo jeito, sempre com os olhos vidrados no telefone
— onde está Sunghoon? — perguntei, interrompendo a discussão sobre plástico bolha
— armário do zelador — Mingyu falou, com um sorriso meio maligno no rosto — com a Nari
San se escorou em seu carro. Ele é o único que conseguiu guardar dinheiro o suficiente para conseguir comprar um carro. Depois disso, o garoto virou nosso motorista particular. Era um jeep azul antigo, provavelmente mais velho que nossos pais, mas era basicamente nosso mascote
— só percebeu agora? — San provocou — onde estava com a cabeça?
—provavelmente na ruivinha metida — Mingyu colocou a mão no bolso de San para pegar a chave do carro, o que causou uma expressão meio confusa do mais baixo
— ela não é ruiva, idiota — resmunguei — e além do mais, somos apenas amigos
— sim, sim — San colocou a mochila no banco de trás do carro — e Mingyu é virgem
— ei! — o mais alto basicamente gritou — eu estou me guardando para a minha alma gêmea
Nós três começamos a rir, sabendo que isso era a maior mentira do mundo. Já vi tantas coisas que daria tudo o que tenho para desver, e sempre envolvendo os três patetas
