CAP.59

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Pov's Tom Kaulitz

É sério que a Selena disse que se sentiu usada por mim? Que porra. Eu nunca fiz ou tentei fazer algo que ela não quisesse, nunca forcei a mesma a nada que não fosse da vontade dela e o respeito que eu tenho por ela é maior do que o respeito que eu tenho por qualquer outra pessoa. Eu nunca vi ela só como um corpo, nunca usei ela só pra me satisfazer e nunca usaria, eu sei que eu não sou o cara mais romântico do mundo mas ela também nunca foi romântica comigo, é sempre eu que vou atrás, eu que peço desculpa, eu que digo que amo e ela só foge e não demonstra porra de sentimento nenhum, eu nunca cobrei por que queria que isso partisse dela e já tá mais que na hora disso acontecer né?

Depois da conversa que tive com Selena no bar eu voltei para o hotel, fui o caminho todo pensando e repensando em absolutamente tudo. Quando chego no hotel os meninos já vem pra cima de mim.

— Eai? Falou com ela? - Bill pergunta.

— Falei. - digo.

— E ela disse oque? - Gustav pergunta.

— Sei lá, nem lembro. - respondo.

— Ih já vi que a conversa não foi boa. - Georg diz e eu deixo eles e vou para meu quarto.

Caio na cama igual pedra e sou consumido pelos meus pensamos novamente. Eu sei que quando éramos mais novos eu era um babaca escroto e filho da puta com ela, nunca dava a ela a atenção que ela merecia e ainda fazia aqueles joguinhos de desinteresse que fudia com tudo, mas eu só fazia isso por que ela também fazia e nenhum dos dois era maduro o suficiente pra enxergar o quão idiota nós éramos. Minha adolescência foi a época mais problemática da minha vida e eu só fui dá valor pra ela quando ela foi embora, eu só percebi o quão ela me fazia bem quando a perdi. Esses 3 anos dela longe foram os anos em que eu mais mudei, mudei o estilo, mudei a personalidade, mudei até o jeito de falar, eu fiquei muito mal quando ela se foi e nem disse o motivo ter ido, na época eu pensei que a culpa fosse minha por nunca ter falado a ela o quão importante ela era pra mim e pensei que nunca mais fosse vê-lá já que a mesma não dava nem sinal de vida.

Aí ela voltou e eu não sei nem expressar oque eu senti quando a vi de novo depois de todos esses anos. No início eu tentei agir de forma ignorante com ela por que não queria deixa a minha vida voltar a ser uma bagunça e meu irmão me avisou disso, mas como eu poderia ignora-lá? Mesmo depois desses 3 anos longe o que eu sinto por ela nunca mudou e é impossível olhar pra ela e não sentir nada. Eu sei que a Selena ainda me vê como um escroto que só pensa em mulher, mas eu mudei e mudei muito, nem meu irmão me reconhece mais e eu mudei por causa dela, só queria que ela enxergasse isso e parasse de fugir.

(...)

O relógio marcava 15h da tarde, não dormi nada de madrugada só fui pegar no sono quando o céu já estava claro e só fui acordar agora, não estava com a mínima vontade de sair da cama, mas eu e os meninos vamos dar uma passada no studio mais tarde e eu preciso ir. Saio do quarto e vou até a sala, mas apenas Bill estava lá.

— Cadê o outros? - pergunto.

— Saíram, o Gustav queria comprar uma baqueta nova e o Georg foi com ele. - Bill responde e eu me aproximo da mesa para comer algo. — Não vai me dizer oque conversou com a Selena? - ele pergunta.

— Já disse que não lembro. - respondo.

— Por que você não para de esconder as coisas de mim? Você sabe que eu posso ajudar se me explicar oque tá acontecendo. - ele diz e eu o encaro.

Eu sou o irmão mais velho, mas o Bill é o mais responsável, nós éramos muito mais próximos quando éramos mais novos e o motivo de termos nos distanciado foi por culpa minha, sinto falta de contar as coisas para ele e nem eu sei o motivo de eu ter me fechado, não quero que as coisas continuem estranhas entre a gente.

𝙲𝙾𝙽𝙵𝚄𝚂𝙴𝙳 𝙷𝙴𝙰𝚁𝚃 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora