Hope sabia que o seu pai lhe pedira para não brincar no sótão da casa. Mas que criança resiste a um sítio onde há tanta coisa por explorar?
Afinal, fora graças ao soldadinho de Marcel, que ela o descobrira e se tornaram amigos. Aliás, mais tarde percebeu que Marcel a via como uma irmã mais nova. O que iria descobrir desta vez?
Haveria brinquedos antigos esculpidos pelas mãos talentosas do seu pai, quadros antigos ou outros objetos que não lhe ocorriam neste momento? Enquanto pensava nas mil coisas diferentes que podia encontrar, decidiu explorar. Afinal não se podia demorar. O pai não gostava muito que ela estivesse ali e ela percebia que era para a sua segurança, pois a Hollow, como Inadu era conhecida ainda representava um perigo para ela. Mas era isso que a fazia ficar aborrecida. Por causa dela não podia sair daquela casa e aquele sítio era o que mais se assemelhava a diversão.
Após brincar um pouco com os soldadinhos de Marcel e de procurar em vão por mais peças esculpidas pelo seu pai, encontrou alguns quadros. Um dos quadros era uma linda mulher loura de olhos azuis, com um sorriso angélico, num vestido branco e asas de anjo. Será que o pai conhecera um anjo? Afinal ela própria era mais do que humana, era meio bruxa, meio lobo e seria vampira quando morresse. A única tribida de que havia conhecimento! Se ela existia, os anjos também.
O quadro estava encostado a umas caixas, que depois de lhes retirar o pano que as cobria Hope percebeu que pertenciam a alguém chamado Cami O'Connel.
Não resistiu. Abriu os caixotes, menos um que dizia para só ser aberto por Hayley quando Hope tivesse dezoito anos.
Deixou esse de parte na dúvida se o devia abrir ou não. Abriu outro caixote onde encontrou roupas simples mas bonitas. Vestidos leves que transmitiam uma boa energia. Tão boa que faziam Hope sorrir e achar que se calhar aqueles vestidos tão leves alegres pertenciam a alguma fada. Ou seriam do anjo do quadro?
No meio das roupas estava um Livro. Era um Diário! O diário estava fechado a cadeado e sem chave. Hope sorriu. Isso para uma bruxa como ela, não era problema. Preparava-se para abrir magicamente o cadeado, quando ouviu passos.
- Hope, o teu pai já não te disse para não vires para aqui? - ralhou suavemente Hayley aliviada por ver que a filha se encontrava bem.
-Desculpa mãe, estou aborrecida por não poder sair. - respondeu Hope com sinceridade.
A mãe lançou-lhe um olhar carinhoso
- Mãe quem era Cami O'Connel?.
Uma sombra de tristeza perpassou os olhos de Hayley. Há muito que naquela casa não se falava nesse nome. Klaus já tinha sofrido demais. De certeza que nunca a esquecera. Haylley achava mesmo que quando Klaus passava muito tempo calado se recordava das conversas que tinha com ela e não só.
- Anda, vamos sair daqui e eu conto-te sobre a minha amiga Cami.
-Ela é o anjo do quadro? - Hope não resistiu a perguntar.
- Que quadro? -perguntou Hayley que nunca o tinha visto.
Hope mostrou-lho e Hayley reconheceu o rosto de Cami que klaus pintara vestida de anjo. "Ela ainda era mais linda do que me recordava.", pensou Hayley ao ver o quadro. Uma lágrima ameaçou rolar-lhe pelos olhos, mas não queria chorar à frente de Hope.
- Sim querida, Cami é o anjo do quadro. E o que tens tu na mão? - questionou Hayley reparando no pequeno livro que Hope não largava.
- O diário de Cami.
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O Diário Secreto de Cami O'Connel
FanfictionQuando a família Mikaelson regressa a New Orleans para ajudar Hope, esta tem sete anos. Ao explorar o sótão da casa, encontra umas caixas com o nome de Cami O'Connel. Ao abrir uma das caixas , descobre escondido entre vários objetos um diário e deci...