Capítulo XVI- O discurso dos Mikaelsons

65 7 11
                                    

Notas de autora: Pessoalmente acho que a personagem da Cami tinha muita história para explorar além do que foi mostrado na série. O lado negro da personalidade dela. A relação com o irmão, o que aconteceu com os pais que que acho teria sido giro terem explorado com uns flashbacks. Há ainda uma altura em que o Klaus lhe diz que ela tem mais que um coração partido, alguém tinha quebrado a sua confiança, de forma que tentarei explorar todos estes pontos da história que ficaram no ar, nos próximos capítulos.


(Por narrador)

Rebeca indicou os aposentos a Déborah. Antes de se retirar olhou-a nos olhos dizendo:

- Todos nós gostávamos da Cami, era como se fosse da nossa família e o meu irmão tinha uma ligação especial com ela. Mas aviso-a desde já para não planear qualquer esquema que faça o meu irmão sofrer e qualquer traição. O meu irmão não perdoa e eu também não.

Déborah sorriu segura, estava bem informada da personalidade de cada um dos vampiros Originais.

- Pode ficar descansada, pretendo apenas cumprir uma promessa à minha prima, jamais a trairia. Afinal nós miúdas devemos manter-nos unidas não acha? - respondeu num estudado tom de desafio.

Rebeca sorriu, respondendo:

- Concordo totalmente. Gostava muito da sua prima e acho que vou gostar de si também. Parece que as respostas afiadas estão no sangue dos O'Connell. Vou deixá-la descansar. – E saiu.

Déborah começava a arrumar as suas coisas quando Freya também bateu à porta. Freya trazia uma bandeja com um sumo de laranja e uma tosta mista.

- Os meus irmãos são vampiros só comem comida desta por prazer, achei que pudesse querer comer algo. Não cozinho muito bem, por isso as tostas tornaram-se a minha especialidade quando não tenho tempo de encomendar o jantar. - Disse Freya pousando a bandeja na pequena mesa de apoio ao lado da poltrona antiga forrada em tons de verde-escuro que se encontrava num dos cantos do aposento que lhe tinham destinado.

Déborah agradeceu a gentileza.

- Obrigada por se lembrar. Está com bom aspeto. Suponho que não contenha nenhuma das suas poções. Desculpe-me a franqueza mas nós bruxas sabemos que devemos ter cuidado com isso não é verdade?

Freya fez um esgar cínico. Déborah tinha-a deixado entre a fúria e a admiração pela franqueza.

- Pode comer descansada. A sua comida não tem veneno nem poções mas se magoar ou trair a minha família, acredite que veneno ou poções serão a menor das suas preocupações. - respondeu-lhe Freya com um olhar muito sério e um sorriso sarcástico.

Déborah revirou os olhos:

- A sua irmã teve um discurso parecido. Vocês os Mikaelsons têm alguma espécie de livro de discursos, onde decoram todos o mesmo??? Pode ficar descansada quero honrar a vontade da minha prima, ajudá-la e ajudar-vos.- ripostou pensando que naquela família todos tinham grandes problemas em confiar em alguém, mas depois de tudo o que tivera conhecimento pela prima, não era de admirar.

Freya limitou-se a responder com um ar sério e triste-

-A última vez que confiei minimamente num estranho para mim, o meu irmão Finn e a sua prima acabaram mortos e quase toda a minha família. Mas creio que já deve saber da história.

- De facto sei. -limitou-se a responder Déborah.

- Vou deixá-la descansar. Amanhã temos um dia complicado pela frente. Boa noite.

- Boa noite, Freya. Mais uma vez obrigada pela comida. - Retribuiu Déborah.

Depois de Freya sair sentou-se enquanto apreciava a tosta mista.

- Não devo estar no meu perfeito juízo. Como deixei que me arrastasses para esta loucura Cami...

O espírito de Cami que se encontrava junto a Déborah sorria. Fez-lhe sinal de que a ouviriam. A Bruxa fez um pequeno feitiço para que apenas as duas se ouvissem.

-Eu avisei-te que eram uma família disfuncional mas muito unida em caso de crise e querida prima, és uma O'Connel com tudo o que isso implica. Incluindo a loucura de me trazeres de volta ao mundo dos vivos. - Cami sorriu-lhe.

-Foi impressionante a forma como Klaus olhou para Hope quando ela correu para te abraçar. A histórias da crueldade dele são imensas entre as bruxas. Não conseguia acreditar que era a mesma pessoa. Ele aceitou todas as condições

Cami acenou positivamente coma a cabeça e depois acrescentou:

-Só não lhe contei que havia possibilidade de esquecer tudo sobre ele quando voltasse a vida. É uma possibilidade apenas, pode nem acontecer. E eu quero pensar que vai correr tudo bem.

Déborah olhou a prima com empatia.

-Não tiveste coragem de lhe dizer mas, se ele está disposto a morrer mesmo que temporariamente para te trazer de novo á vida merece saber. Posso ser eu a dizer?

Cami anuiu silenciosamente a prima tinha razão. Ela não tivera coragem de lhe dizer.

---------------------------------------------------x---x----x-------------------------------------------

Klaus estava sentado na poltrona do seu quarto com o Díário de Cami na mão. A imagem dela ainda estava bem viva na sua recordação destes inesperados momentos. Ficaria ela furiosa que ele lhe lesse o Diário. Se ela fizera com que Hope o descobrisse então talvez quisesse mesmo que ele tivesse acesso ao Diário

Tragou dois goles do seu Bourbon simples e puro como ele gostava. Ganhou coragem e abriu o Diário na última entrada onde ficara.

"NOLA 15 de Novembro de 2011

Ontem lembrei-me do Sean porque naquele dia que tive aquele encontro na praça Jackson Square com aquele homem com quem senti uma curiosa e misteriosa conexão o cliente dos cem dólares, também tive um encontro interessante com outro cliente no Rosseau's, mas mais cedo. Era um cliente bastante educado e bem parecido vestido com um smoking impecável. Tinha uns modos antiquados que contrastavam com a sua aparência jovem. Falámos um pouco e contou-me que procurava o irmão que tinha um temperamento difícil e tendência para se meter em problemas e pelos vistos este irmão tinha um longo historial de o ajudar a sair dos problemas em que este se metia.

( Klaus sorriu e sussurrou "Elijah!"

Lembrei-me de mim e do Sean, só que eu era a que se metia em problemas, eu era a rebelde e Sean era o meu salvador. Eu devia a Sean ter estado do lado dele, ajudá-lo a lutar contra os seus demónios como ele sempre me ajudou a conter os meus. Sinto tanto não o ter ajudado. Mas como ia dizer descobri que ambos os clientes são irmãos. E é claro que eu me iria sentir atraída pelo irmão rebelde.

Klaus não resistiu a sorrir, ele sempre conseguira ver a rebeldia nela e isso também o atraíra, ela desafiava-o e enfrentava-o de uma forma que ele próprio ás vezes se reconhecia na rebeldia dela e fora que inicialmente o que o fizera admirar a coragem dela).

A forma como a mente dela funcionava sempre o fascinara.

Notas de autora: Desculpem tardar a atualizar mas ando com muito trabalho e muito cansada. Este capítulo não saiu exatamente como queria pois o meu filho interrompeu-me muitas vezes mas espero que continuem a gostar.

O Diário Secreto de  Cami  O'ConnelOnde histórias criam vida. Descubra agora