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Victor Hugo
dias anteriores
Ele me encara com a cara fechada e eu o encaro também sem entender a situação.
Os cara foi bater lá na porta de casa logo cedo depois do baile de ontem assustando minha Coroa e me arrastando de lá de dentro.
Victor: qual foi Kauã?
Alemão: Pra tu é alemão. Agora eu quero que tu explique que porra deu na tua cabeça pra ir bater no Villa porra!! Ele podia te matar,e eu não poderia falar nada
Ele grita enquanto aponta aquele fuzil na minha direção. Engulo seco mas tento não demostra
Victor: Ele ia estrupar a mina,queria que eu fingisse que não vi?
Ele suspira e passa a mão na cabeça
Alemão: Deixasse. Tico é meu braço direito caralho,se ele quisesse meter bala em tu eu não iria me meter não em
Victor: quisesse? E se fosse tua irmã ali,tu iria falar a merma coisa?
Na merma hora ele fecha a cara. Toquei no ponto fraco
Alemão: Tu fica ligado,se tico te pega por aí tu tá ferrado, melhor não sair de casa tão cedo
Ele desconversa e novamente me lança um olhar duro
Victor: vou ter que ficar que nem pássaro na gaiola por causa daquele covarde do caralho? Tenho medo dele não pô
Alemão: Tô te dando o papo cabelinho,Tu da sorte que ele tá de cama pela parada que tu fez,mas isso não impede ele de mandar alguém te apagar
Ele mexe a cabeça como se realmente quisesse me avisar
Victor: já é, é só isso? Posso ir?
Ele mexe a cabeça para frente e para trás apenas uma vez e eu saio daquela salinha.
Como se eu tivesse medo de porra de tico,pra porra eles dois.
Desço o morro marchando de raiva até minha casa.
Sabrina: AONDE VOCÊ ESTAVA VICTOR?
Ela esmurra minhas costas assim que eu passo pela porta de casa
Victor: calma mãe! Alemão queria trocar um papo comigo, só isso
Ela me encara com raiva e eu dou risada tentando convencer.
Sabrina: Para de rir Victor,já falei que não quero você com esse homem.
Ela grita
Victor: Eu sei. Eu sei,mas foi só isso mermo
Ela respira fundo e passa a mão pela a cabeça
Sabrina: Não quero você envolvido com esse povo,eu te expliquei como as coisas funcionavam dês de que entramos aqui Victor
Sua voz cansada soa baixinho me fazendo a encarar preocupado.
Victor: mãe mas eu não estou envolvido em na...
Levo minha mão até seu ombro
Sabrina: Vamos sair desse morro, não está dando mais, não quero presenciar meu filho atrás das grades
Arqueio minha sombrancelha encarando ela
Victor: Mas por que? A vida aqui tá maneira,ou tá faltando dinheiro?
Ela me encara com o semblante triste e nega
Sabrina: Não tente me convencer,eu só não quero mais ficar aqui. Você deixou seus estudos pra trabalhar sendo que nunca nos faltou nada
Ela fala em alto e bom som e eu suspiro abaixando a cabeça.
Sabrina: escute meu filho,vamos voltar e você vai terminar seus estudos e cursar o que quer
Tiro o boné e cosso minha cabeça,por fim concordo arrancando um sorriso enorme dela.
Sabrina: Já contratei alguém pra fazer o carreto das nossas coisas,e aluguei aquela casa ao lado da Amanda,lembra dela?
Ele diz rápido e eu a encaro fazendo ela rir
Ela já tinha planejado?
Victor: e a senhora ia sem mim? Que isso em dona Sabrina
Ponho a mão na cintura e sinto ela me dar um tapa
Sabrina: deixa de ser besta menino,eu ia te contar
Victor: ahram.
(...)
Fabinho: Mas aí. Tu vai voltar mermo pra Realengo?
Cruzo os braços e encosto meu corpo no murrão
Victor: Tenho que ir cara,minha mãe que quis pra falar a real
Fabinho: e o alemão,pesou muito na tua ontem?
Ele me encara
Victor: o mermo papo,tu já sabe. Mas dou nem moral, não tenho medo do Villa
Fabinho: mas tem que ter,o cara é barra pesada,tu tá ligado já
Victor: É, É. Pode até ser,mas não ia deixar ele estrupar a garota. Tava perdida pô,e o filha da puta ia se aproveitar.
Ele não diz mais nada,apenas nega com a cabeça
Fabinho: E tu e a Tânia,tu sabe que a mina vai pirar quando souber que tu vai embora né?
Ele ri e eu reviro os olhos
Victor: Vai nada,nem tenho nada com ela. E é Tânia o nome dela
Ele ri jogando a cabeça para trás e eu dou um soquinho no seu braço
Fabinho: até parece que tu não conhece aquela garota,mais prepara uma explicação que convença...
Victor: porque?
Fabinho: Ela tá vindo pra cá
Ele dá dois tapinhas no meu ombro e saí rindo. Fodido do caralho.
Taís vem andando em minha direção exibindo seu corpo enquanto anda. Ela é gata,de corpo, rosto,mas quando abre a boca...
Taís: xuxuzinho!!
Ela agarra meu pescoço e ataca minha boca, retribuo seu beijo sem nem pensar,mas em seguida a afasto de mim.
Victor: já falei pra tu não ficar me dando apelidinho, aínda mais esses aí.
A safada sorri me encarando e volta a por seus braços em volta do meu pescoço.
Taís: Fiquei sabendo que você vai embora daqui, é mentira não é?
Ponho minha mãos em sua cintura e nego com a cabeça.
Victor: Falei pra tu não se apegar em mim,já falei que esse lance não é sério, odeio relacionamentos
Taís: mas...nem comigo gatinho?
Eu reviro os olhos
Victor: nem contigo Taís.
Digo firme enquanto encaro seus olhos cheios de lacrimas.
Taís: não quer que de vês em quando eu te faça algumas visitinhas
Ela me encara enquanto observo suas palavras carregadas de malícias.
Encaro seu rosto e dou risada,ela em encara confusa e então tiro seus braços de volta de mim.
Victor: melhor tu me esquecer gatinha, melhor pro teu coraçãozinho.
E saio andando a deixando parada com a maior cara de tacho.
