PRÓLOGO

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Olá, me obrigaram a parar de escrever só pra mim e escrever "para o povo".

E aqui estou eu. Boa leitura, yeah?

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(Louis)

Fazia cerca de duas horas que eu estava caminhando, mas eu não tinha algum relógio ou algo que comprovasse isso. Estava escuro e eu enxergava embaçado em meio as poucas iluminações que vinha dos postes e da lua. Estava frio e minha roupa não colaborava para que eu pudesse me esquentar. Tudo o que eu tinha era a droga de uma camisa preta com uma frase que eu não parei pra ler, uma fina blusa de frio, calça jeans clara que agora observando estava escura e um tênis que eu nem me dei o trabalho de amarrar.

Andava por fora da estrada perto das árvores e de braços cruzados. Já havia corrido e caminhado tempo demais, então meus passos agora eram lentos vindo com o cansaço e prevejo que em poucas horas ou minutos o sono.

Não faço ideia de como esteja meu cabelo ou rosto, mas tenho certeza que estava em uma situação tão deplorável quanto meu psicológico.

Senti que vinha algo atrás de mim, parei para olhar mesmo não achando a melhor das opções e via de longe um carro se aproximando. Tudo se embaçou mais com o farol, voltei a olhar pra frente continuando o mesmo percurso.

Eu precisava de ajuda pra chegar na cidade ou em qualquer lugar que me leve pra longe daqui, e se no carro fosse algum pervertido? Nenhuma pessoa estaria dirigindo a essas horas.

Ouvi o motor do carro, ele se aproximava cada vez mais me fazendo encolher junto a cada passo.

-Hey! - ouvi uma voz próxima e só agora notei que o carro estava tão próximo que eu podia visualiza-lo se eu virasse o rosto para o lado. Não respondi oque fez outro "Hey" vir mais uma vez como um grito.

Olhei na direção da possível voz e vi alguém na janela do carro. A porta fora aberta revelando um homem não muito alto sair por ela, com certeza maior que eu. Ele se aproximava e eu não fazia absolutamente nada. Droga porque eu não me movia!?

-Você precisa de ajuda? -falou enquanto se aproximava e eu dei um passo para traz - Não responda, obvio que precisa, venha deixe-me lhe ajudar.

Eu iria protestar, desistir quando senti um casaco maior sendo colocado em mim. Porque merda essa pessoa estava fazendo isso!?

-Venha vou te levar até a cidade. - sinalizei um não com a cabeça enquanto sentia uma mão em minha cintura me puxando rumo ao carro. Mas oque !?

Parei quando estávamos próximos ao carro tirando a mão e o casaco da pessoa de mim e praticamente jogando nela que voltou a coloca-lo em mim.

-Não tire, está frio. Não tenha medo, só quero ajudar. Por favor venha, não posso deixar você aqui. - abriu uma porta do passageiro e fez sinal para que eu entrasse.

Eu queria negar e voltar o que fazia antes mais eu realmente precisava de ajuda e naquele momento era aquilo ou aquilo. Se eu negasse eu ficaria na situação de antes e tudo que eu queria naquele momento era não voltar para ela. Concordei com um sinal de sim me aproximando e tenho quase certeza que ele sorriu.

Ele fechou a porta entrando na parte do motorista e começou a dirigir. Aqui é tao quente!

-O que estava fazendo na rua a essas horas? - pronunciou e senti ele me olhar. Eu não retribui. Fiquei apenas observando através do vidro o escuro da estrada. Não respondi. Afinal, oque eu estava fazendo?

Parece que ele percebeu que não queria falar então ficou quieto. Apertei mais o casaco no meu corpo sentindo um cheiro tao bom entrar pelas narinas que por um momento me deu vontade de não tira-lo mais. Isso era perfume ou alguém roubou o cheiro de todas as Jasmins que existem? Ah, Jasmim, esse cheiro é tao bom. Me lembro de sentir esse cheiro em algum lugar que eu ia, não consigo me recordar qual.

IMPOSSIBLEOnde histórias criam vida. Descubra agora