Two

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Esse capítulo está bem água com açúcar. Me desculpe qualquer erro.

💗💙

O quinto ano começou bem movimentado, às oito da manhã alguns alunos já se encontravam no Salão Principal, fazendo suas refeições, outros conversando com os amigos. Taehyun terminou sua refeição, olhou para o relógio e tem meia-hora até o início da primeira aula. Como nada tinha para fazer, seguiu para as masmorras e logo chegou na sala do mestre em poções.

Foi o primeiro a chegar e sentou em uma das mesas próximas da parede. Ficou lendo os conteúdos do livro. Lentamente os alunos foram chegando. Um cheiro fraco que lembra uma flor que não faz parte de seu conhecimento, mas pelo aroma é bem gostoso. Quando virou o rosto e viu Beomgyu sentado ao seu lado, sorrindo docemente. Olhou ao redor e viu que ainda tinham mesas vazias, óbvio que não reclamaria, mas não sabia controlar seu nervosismo.

— Olá, bom dia! – Grifinório falou sorrindo, com aquelas lindas covinhas amostra, fazendo o coração do corvino bater descontrolado, como sempre ocorre. Sem contar os olhos acastanhados chamativos tão de perto. Choi Beomgyu é perfeito por completo. — Animado para as aulas?

Taehyun não conseguiu controlar seu sorriso, o que derretia Beom também. A resposta saiu em um tom baixo.

— O-oi... – Se repreendeu por gaguejar e continuou: — É, até que sim, e você?

— Sim. Mas, por que não está animado?

Kang coçou a nuca um tanto envergonhado pelo que veio a seguir.

— Poções não é minha matéria favorita, sendo sincero. – A surpresa não foi essa, mas sim a resposta que se seguiu. — Bem, é que não sou um dos melhores nessa matéria. – Beomgyu arregalou os olhos, não conseguiu conter. Taehyun sorriu e baixou a cabeça, falando na sequência. — Sei o que está pensando. Um corvino com dificuldade em uma matéria... Não somos os melhores em tudo!

O grifinório sentiu as bochechas esquentarem e tentou argumentar o mal-entendido pela expressão em seu rosto de segundos antes.

— Não foi exatamente isso o que pensei – é mentira, mas ele não queria admitir que julgou mesmo não querendo. Então uma brilhante ideia surgiu em sua mente e ele aproveitou a oportunidade. — Posso te dar algumas aulas, não quero me gabar, mas sou muito bom. Se quiser, não será incomodo algum.

Taehyun sentiu seu coração acelerar novamente, apenas com a possibilidade de precisar passar mais tempo ainda com o loiro. Era demais para seu pobre coração. O amor realmente deixa as pessoas bobas. Beomgyu o olhava fixamente e o corvino sustentou o olhar. Tae sentiu suas bochechas ganharem leves tons de vermelho, discretos, e balançou a cabeça em confirmação. Beomgyu sentiu uma coisa acender dentro de si, mas não sabia o quê exatamente. Olhou para os olhos acastanhados e desceu para os lábios finos e chamativos do Kang, engoliu em seco em decorrência dos seus pensamentos.

Pobre Taehyun, nem sabia como ainda conseguia olhar para o outro. Foram retirados daquela tensão super notória, quando Slughorn adentrou a sala. Nem notaram que Han Jisung, corvino também, estava sentado na mesma mesa e sorria observando a cena.

— Bom dia, bem-vindos há mais um ano! – Horácio falou e os alunos responderam em coro. — Começaremos a aula falando de uma porção interessante, podem me dizer qual é?

Beomgyu levantou a mão e Slughorn fez um gesto para o rapaz aproximar-se da mesa que o caldeirão contendo a poção estava. Horácio tirou a tampa e todos puderam sentir vários cheiros diferentes. Choi respirou fundo e arqueou a sobrancelha quando entendeu do que se tratava, então limpou a garganta e respondeu.

— Amortentia... É a poção do amor mais poderosa do mundo, – suspirou em decorrência aos cheiros deliciosos que sentia — tem um cheiro diferente para cada pessoa, dependendo do que a atrai.

— Muito bem! E o que está sentindo? – O professor perguntou animado.

Beomgyu pensou um pouco e continuou.

— Sinto o cheiro do bolo de morango que minha mãe faz, cheiro da primavera e Caramel Frappuccino. – Franziu a testa e olhou para os alunos, um deles questionou o que era o último, então o grifinório respondeu — é uma bebida gelada bastante vendida no mundo trouxa.

O professor aproximou-se do rapaz e falou novamente.

— Interessantes cheiros. Sr. Choi, três pontos para a Grifinória. Essa é uma porção perigosa, então por precaução irei deixá-la fechada. Irei ensiná-los a fazer, vamos ao trabalho.

Se o Kang criou expectativas quando descobriu que seu futuro namorado sentiu o cheiro de uma das coisas que gostava? Com cem por cento de certeza. Jisung zoaria bastante o rapaz, depois.

(...)

Os dias foram passando e todas as noites tinha uma novidade entre os quatro amigos, ser monitor era trabalhoso, mas tinha suas recompensas. Naquela noite os monitores se organizavam para começarem a patrulhar, o que não demorou a acontecer.

Yeonjun estava chegando no corredor do segundo andar e Soobin estava mais adiante, haviam discutido novamente. Geralmente as brigas eram por motivos bobos e essa não era diferente.

— Sinceramente não entendo qual o teu problema comigo. – Soobin se virou e falou, parando na frente do sonserino, o fazendo parar também. — Sempre rebatendo o que falo, ou fazendo brincadeiras bestas. Seu sonserino idiota.

O moreno o olhou e em um momento de coragem arrastou Soobin para um canto um pouco escuro do corredor e o prensou ali. O lufano é a própria definição de Afrodite, rosto delicado, mas delicadeza ele pouco tinha. Os lábios cheiinhos, sorriso doce, olhos em um azul-escuro único, as bochechas com as covinhas que surgiam com um mínimo sorriso o deixavam mais lindo ainda.

O lufano o olhou surpreso e mordeu o lábio em sinal de nervosismo. Seu coração batia rápido, ele queria aquela atitude mais vezes, só não demonstraria. Sentiu um arrepio quando o sonserino sussurrou em seu ouvido.

— Sabe, não tenho nada contra você. Talvez eu faça para te deixar com raiva, é fofo te ver assim.

Yeonjun passou o nariz pelo pescoço do Choi e depositou um rápido selar ali, fazendo Soobin arrepiar-se e conter um suspiro. No momento que ele ia se afastar, Soobin passou a língua pelos lábios e o puxou rapidamente, encostando os lábios no do sonserino. Yeonjun nem teve tempo de entender o que aconteceu, o lufano rapidamente se afastou e correu.

— Bin, não brinque com os meus sentimentos...

Yeonjun falou com um fio de voz, encostado na parede, tentando controlar a sua confusão de sentimentos. Respirou fundo e se recompôs, continuando a rota sozinho. Sua cabeça estava a mil e só queria terminar o trabalho e desabar em sua cama.

Perto dali.

Beomgyu conversava animadamente com Taehyun e estavam se dando bem. O corvino estava se soltando um pouco mais, ele descobriu que o Choi também é tímido até fazer amizade com a pessoa.

Viraram o corredor e estavam quase chegando na entrada da comunal da Grifinória.

— Está entregue! – Taehyun falou, enquanto observava a entrada de longe.

— Não precisava, mas obrigado mesmo assim.

Beomgyu falou um pouco tímido. Taehyun é bem interessante! Choi depositou um selar na bochecha direita do corvino e seguiu o resto do corredor rapidamente, parando em frente ao retrato da mulher gorda. Falou a senha e viu a passagem abrir, antes de adentrar o local, olhou para trás e viu que Taehyun continuava o observando, agora com as bochechas avermelhadas. Viu o rapaz corar mais ainda e sair rapidamente. Riu baixinho sentindo uma sensação boa em seu coração, então seguiu para seu dormitório.

Taehyun voltou com um sorriso bobo nos lábios. Chegando no salão comunal da Corvinal viu algumas pessoas conversando, falou rapidamente com elas e logo seguiu para o quarto. Queria ser menos tímido e se abrir mais ainda com o grifinório, se tudo ocorresse bem, faria isso, quem sabe conseguiria algo a mais. Nada como um dia após o outro, tem muito chão pela frente.

Be Mine - Taegyu.Onde histórias criam vida. Descubra agora