shut up, we're not talking

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A visão de cima era linda e excitante. Os olhos dele fixos em cada reação dela, sua língua acordando cada nervo sensível da área mais sensível que ele já conhecia tão bem. As mãos de Changbin mantinham o quadril dela imóvel, principalmente quando ela se agitava com as vibrações de sua risada e grunhido, deixando-a cada vez mais descontrolada.

Liv se encontrava numa altura maior do que podia lidar e já sentia o formigamento que indicava a inevitável queda. Levou as mãos até os cabelos suados dele e se firmou lá, sorrindo quando notou que pela primeira vez naquela noite ele permitiu que ela assumisse o controle.

***

Já era o terceiro banho que Liv tomava e seu corpo ainda parecia quente como o inferno. A verdade é que sentia uma imensa falta do namorado, mas ainda estava chateada mesmo após dois dias desde a discussão.

Basicamente, ela havia sido a última a saber sobre a promoção que ele havia recebido no trabalho. O lado ruim dessa notícia é que ele iria para outra cidade e ela só ficou ciente disso porque um amigo do casal deixou escapar numa conversa. Nas primeiras horas, Changbin tentou esclarecer toda a situação, até perceber que o cérebro dela não tinha a mínima vontade de absorver suas tentativas no momento. Por esse motivo, o silêncio estava reinando no apartamento que dividiam, tornando o clima ainda mais desconfortável.

Contudo, pelo fato de parceria e compreensão serem características fortes do casal, era extremamente difícil passar horas, quanto mais dias, sem se falar. Liv estava frustrada porque sabia que tinha razão e precisava de espaço para pensar, mas naquele momento tudo que ela menos precisava era de distância do corpo dele. Seus hormônios estavam a flor da pele, chegava a ser humilhante.

- Olha o tipo de coisa que você me faz passar, Seo Changbin! - ela sussurrou e abafou um grito na almofada, levantando determinada a caminho da sala.

Changbin se encontrava sentado confortavelmente no sofá, assistindo uma série qualquer que havia acabado de ir para o intervalo comercial. O cabelo escuro e macio que ela tanto sentia falta de acariciar estava jogado num pequeno travesseiro posicionado sob o pescoço dele. Liv, então, respirou fundo e foi até a frente da TV, chamando a atenção do que estava distraído até segundos atrás.

As sobrancelhas se ergueram e os olhos dele a encararam com expectativa, mas a próxima ação dela nunca teria lhe passado pela cabeça. Liv simplesmente se aproximou com dois longos passos, se ajoelhou e se apressou em desatar os nós da calça de moletom que ele usava.

- O que você pensa que está fazendo? - As mãos do rapaz pararam as dela quando fez a pergunta, confuso.

- Eu ainda estou chateada, mas tem uma coisa embaixo das suas calças que pode me ajudar muito agora - ela respondeu, séria.

- Você passa quase dois dias sem me dizer uma palavra e do nada aparece querendo me chupar? É isso que está me dizendo? - Ele estava chocado, mas uma pequena vontade de rir começava a criar força dentro de si.

- É isso mesmo, gênio. - Rolou os olhos. - Agora pode calar a boca e me deixar fazer o que quero?

Changbin deu um sorriso de lado ao notar a impaciência e fingiu desaprovação, dando permissão em seguida. Liv apenas o encarou por um breve momento antes de voltar a se livrar de tudo que a atrapalhava e iniciou seus carinhos suavemente.

Com os olhos grudados aos de Changbin, ela passou a língua desde a base até a ponta da glande, sentindo-o tremer sob seu toque. Pressionou os lábios na cabeça sem um pingo de pressa e deu a devida atenção àquela parte; colocou o comprimento na boca aos poucos e se moveu lentamente para cima e para baixo, como numa dança sensual. Usou a mão livre para passear as unhas pela coxa até a barriga dele, aproveitando para arranhar o local, sentindo o movimento causado pela respiração trêmula e descompassada. Fechou os olhos e se deixou levar pelo prazer de tê-lo na boca; tão vulnerável, tão gostoso e na medida certa.

Changbin jogou a cabeça para trás quando sentiu a pressão em seu membro aumentar na cavidade úmida e apertada. Liv conhecia seus pontos fracos como ninguém, então ele não podia evitar se render ainda mais cada vez que tocava a garganta dela. Assim como ela, ele também tinha a sensação de que aqueles dias haviam passado devagar demais, como uma tortura, então ser pego de surpresa dessa forma o deixava totalmente sem defesas. Não que ele estivesse reclamando, é claro, ele não ousaria.

Liv desceu a língua até as bolas, dando a atenção merecida enquanto movimentava a mão pelo comprimento. Logo depois, acariciou o quadril do namorado e aproveitou para lhe dar um aperto na bunda, chamando a atenção dele novamente, o incentivando a rebolar e criar o próprio ritmo dentro de sua boca, relaxando a garganta.

Changbin não precisou de muito para gemer alto e murmurar palavras desconexas, indicando que estava perto. A mulher decidiu pressionar os lábios fechados na ponta do membro enquanto continuou a usar a mão freneticamente, criando uma pressão diferente no rapaz que puxou os próprios cabelos para trás, parecendo não ter controle de seus nervos por ver a mulher mais sexy do mundo daquela maneira em sua frente praticamente ordenando, com aquela voz doce, o orgasmo dele.

Não demorou para que a sala fosse preenchida por um gemido sôfrego e rouco, e que pequenos jatos estivessem nos lábios e nos seios dela. Liv o encarou, orgulhosa e excitada pela cena que havia criado.

Ver Changbin respirando pesado, com o pescoço suado e exposto a motivou a levantar para sentar no colo dele, conectando os olhares nublados de desejo outra vez. Então, num ato despreocupado, passou um dedo pela área ainda molhada em seu corpo e levou até os lábios, sugando até que estivesse limpo. Ele estava tonto e mal podia acreditar no que assistia, pois com certeza era mais uma cena imaginária dentro de sua mente que tanto sentia falta da companheira.

Sentiu beijos sendo distribuídos pelo seu pescoço e aproveitou para apertar os dedos nas coxas e na bunda empinada da mulher. Sorriu largamente, a admirando.

- Ainda estamos de mal? - perguntou.

- Sim, precisamos conversar melhor - respondeu, sincera, fazendo desenhos aleatórios no peito dele. - Mas agora eu tenho outro problema para resolver... e você não vai me deixar fazer isso sozinha, né?

O sorriso de Changbin diminuiu e seu olhar mudou, dando a entender que suas energias haviam se recuperado o suficiente. Envolveu a cintura dela com firmeza e a jogou para o lado, deitando completamente no sofá, ouvindo-a gargalhar.

- Sabe, era uma tortura te ouvir sonhando e não poder fazer nada - ele confessou, descendo os beijos pelo corpo arrepiado. - Mas não se preocupe, amor, eu vou fazer a realidade ser mil vezes melhor.

***

n/a: é isso, galera. tenham um bom dia onde quer que estejam!  🕊️

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