Ready or Not | PEDRO SAMPAIO

1.

Estou a 30 minutos repondo os refrigerantes de latinha na geladeira mas com a sensação que a horas nunca passam.

Trabalhar em uma conveniência de posto de gasolina a noite é muito tediante, mas também era bom, aqui é calmo por ser em um bairro de gente rica e esse horário dava pra contar quantos clientes entravam aqui.

Eu sou Ayla Rodrigues, tenho 24 anos, moro no Rio de Janeiro mas sou de São Paulo, a 4 anos atrás meus pais decidiram vim morar aqui por uma proposta de emprego e a 1 anos e 6 meses eu trabalho aqui na conveniência, como eu trabalho no horário noturno das 21h até as 6h ganho um salário até que legal o que me ajudou agora ir morar sozinha, como já havia terminado minha faculdade de audiovisual não precisa me preocupar mas até o momento não tive nenhuma proposta na área.

Sou muito reservada, no sentido de prefiro ficar em casa ao invés de ir pra uma balada, não tenho tantos amigos já que os meus ficaram em São Paulo, sou tímida demais, gosto de colocar meu fone e ouvir as músicas que eu gosto, de desenhar, editar vídeos e fotos etc mas ao mesmo tempo que sou assim me imagino conhecendo o mundo, viajando e aproveitando as coisas mais lindas desse mundo.

Como eu havia dito, o posto de gasolina fica em um bairro de classe alta, já conheci muita gente famosa por aqui mas nunca me importei os tratos bem como pessoas normais, já as meninas que trabalham de manhã sempre tem fotos com a galera famosa que vem aqui. Tento ao máximo deixar tudo organizado e limpo para que elas não se preocuparem no horário de muito movimento aqui.

Havia terminado de colocar os refrigerantes e fui jogar os plásticos no lixo, olho no relógio em meu pulso e já era 01 da manhã, vou até o caixa para ver se estava organizando também e escuto o barulho da campainha que faz deteção para informar que a porta foi aberta, indicar que alguém chegou.

Olho para ver quem é e o reconheço de algum lugar, estava de calça moletom, chinelo e uma regata, ele me olha e eu apenas dou um sorriso como faço sempre e ele vai direto para a geladeira.

"Quem é você mesmo?" Penso.

Ele abre a geladeira e pega um chá gelado e um toddynho, logo fechando a geladeira.

"Puts lembrei quem é você, Pedro Sampaio o Dj que fez a música 'dançarina'...porra um toddynho?" Penso novamente.

- Boa noite moça, tudo bem? - ele diz chegando no balcão.

- Boa noite, tudo e com você? - pergunto e ele sorri

- Estou bem...é...você faz algo na hora pra comer?

- Faço sim, o que você gostaria?

Ele fica me olhando e sorrindo de lado, me pergunto se ele é assim o tempo todo.

- Qual lanche você me indica? - ele sorri novamente

- Olha, eu gosto de coisas mais leves pra comer nesses horário então eu gosto muito do lanche frio, vai pão integral, queijo, presunto, alface, tomate e requeijão - falo com sinceridade

- Eu vou querer um desse então - ele sorri e se afasta do balcão, senta em uma mesa.

Faço o lanche rapidamente e levo até sua mesa, estava tão concentrado no celular que nem percebeu minha chegada.

- Moço, gostaria de um copo pra poder beber seu chá? - ofereço e ele tira o foco do celular me olhando sorrindo

- Não, magina, muito obrigada viu!

- De nada, qualquer coisa só me chamar - saio e vou de volta pro balcão.

Guardo as coisas que havia utilizado e sendo um pouco no banquinho que tinha no caixa, mexo no celular para ver se tinha alguma mensagem importante e ver o Instagram.

- Você não fica com sono aqui? - escuto uma voz e levanto a cabeça, percebo que era ele falando comigo.

- Ah, as vezes da sono sim, mas estou acostumada a ficar de noite - respondo e guardo o celular.

-  Também sou da noite...acho que você sabe - ele solta uma risada nasal e eu confirmo com a cabeça sorrindo - mas as minhas são agitadas, aqui me daria um baita sono.

- No começo foi difícil mas agora estou acostumada, até nas folgas eu fico acordada de madrugada.

- Sei bem como é, estou tirando só uma semana de férias mas não consigo dormi a noite de tanto que estou acostumado.

Depois de uns 10 minutos ele termina seu lanche e tomar seu chá, se levantando e vindo até o balcão.

- Obrigada viu, estava muito bom! Vou levar o toddynho pra tomar no caminho - ele sorri

- Eu que agradeço, tudo ficou 33 reais.

Ele faz o pagamento e fica ali parado me olhando, me fazendo ficar com cara de sem entender nada.

- Você não vai pedir nenhuma foto? - ele pergunta

- Eu? Não, eu não faço isso com ninguém famoso e sei que vocês estranham isso, não consigo nem imaginar como deve ser chato ir em um lugar pra comer e ficarem pedindo foto

- Vou vim aqui mais vezes - ele solta uma risada e sai

"Que menino doido, eu eim" penso comigo e saio pra limpar a mesa.

[...]

Maaaais uma fic e agora com esse gato ❤️

Me digam, o que vocês esperam desses dois?

Me ajudem nessa galera, curtindo e comentando por favor, amo isso e me faz ter vontade de escrever mais e mais.

(Desculpe os erros ortográficos, depois faço uma revisão)