•Dante Alighieri
Vou pagar meus pecados
Nos nove círculos fechados
Nunca antes aventurados
Pois bem, lá vem…
O primeiro, não se converte por inteiro
A punição eterna é ficar no limbo
Pois, não fostes recíproco
Com o amor de Cristo
O segundo devora alma
É o vale dos vento que te surra sem lástima
Às várias camas se entregou, à luxúria se deitou
Aguente firme, ainda não acabou
Terceiro círculo é turbulento
Pelo desejo insaciável e violento
Por se preencher de comeres e de beberes
Por um desejo infindável de prazeres
Quarto círculo exije esforço
Que à avareza deram muito apreço
Agora merecem somente desprezo
Carregam pedras sem destino ou endereço
No quinto há o rio da morte, o Rio Estige
Para sempre, em enterna cólera
E raiva os aflinge
Se afogam na lama, não irão embora
Sexto círculo queima e cheira a enxofre
Às heresias de um povo podre
Para sempre nas tumbas presos
Queimados pelas chamas do desespero
Sétimo, o antepenúltimo, sem prudência
Vale do Flegetonte, cometeram muita violência
Chuva e areia, centauros, cães e harpias
Violentos a Deus e à Sua criação, agressivas ideias…
Oitavo círculo é muito fraudulento
Reservando infindável tormento
Aqueles que se banharam em mentira
Passaram da verdade, passaram da fronteira
O último e o destino final
No frio e gelo brutal
Sem refúgio, somente arrependimento
Somente há lamento, somente há esquecimento
•Éden
Nos jardins do Éden meu bem
Eu sempre vou te falar a verdade
Onde Ele de tudo sabe
Como ninguém
Escalei o monte rochoso
Que meu final não seja penoso
Na luz busco o refúgio formoso
O caminhar foi doloroso
Mas o final será valoroso
Contigo vou estar
Nos jardins da luz que purifica
Não vou hesitar
Pois o calor Teu me fascina
Me instiga
A ser melhor, não pela sina
E sim pelas flores, pelos anjos e por Tu que aqui habita
O Éden mora em mim agora
A luz que tudo devora
A paixão no meu seio se ancora
Sem forma penosa
Nunca estarei lá fora
Contigo sempre estarei agora
Pois no meu peito o Éden mora
•Soneto Obliviano
Sinto uma enorme paixão
O oblívio desejado nunca vai acabar
Tu me fazes perder meu chão
Faz meu suspiro cessar, meu coração parar
Nessa vida de pecador
Vários amores eu tive
Que em tempos de outrora ainda vive
Meu soneto ecoa sem temor
Sinto meu fim aparente
Sem mais indício de amiúde
Mais nenhum desejo condizente
E mesmo que ao meu amor ele ofusque
Não será a morte para minha semente
Que germina em coração rude
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Oblívio
PoetryNesta segunda obra, não experimentei todas as situações e sentimentos que descrevi, a maioria foram imaginados por mim para englobar de melhor forma todos os significados que o amor me mostrou em minha imaginação. O segundo livro de total autoria mi...