01: One side of the coin

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Tradução do título do capítulo: Um lado da moeda

Aviso: Eu me chamo Isadora e postarei um capítulo por dia até que ela termine! Espero que gostem. Aceito críticas construtivas!

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  Finalmente, quando Harry Potter rastejou até a varinha roubada de Draco Malfoy e a agarrou; sangrando, machucado, abalado e sem mais forças, com as roupas rasgadas, ele tomou coragem e se levantou, sentindo todos os ossos de seu corpo doerem e sua respiração oscilar.

Piscou, sua visão meio turva por conta da sujeira do óculos e seus olhos embaçados por conta da cegueira e da sede que tinha para matar Voldemort. Tão perto...

As pessoas assistiam em sua volta, não tinham coragem para mexer nenhum músculo, só estavam paralisadas olhando. Um dos dois morreria, e naquele momento tão trágico, ninguém conseguia raciocinar quem ganharia.

Não deu tempo para pensar, quando o raio de luz verde surgiu da varinha de Voldemort o eleito conjurou um feitiço sem nem dizer uma palavra e as magias se chocaram, soltando faíscas para todos os lados. Se não fosse algo ruim, seria extremamente belo.

As luzes se misturavam, os raios estavam cegando Harry, mas ele estava lá, quase lá.

Sentiu suas forças voltarem para seu corpo, nem que fosse por míseros segundos, quando percebeu que sua luz vermelha estava ofuscando toda a luz verde de seu adversário.

E enfim o atingiu, a varinha das varinhas voou da mão de Voldemort até a de Harry. A guerra estava ganha, Voldemort estava morto.

Após tantos anos de dor e sofrimento, acabou.

Gritos dos alunos e alguns professores e outros começaram a ressoar de dentro do castelo e fora dele, Harry estava atordoado demais para escutar qualquer coisa, um zumbido ecoava em seu ouvidos. Os restos mortais de Lord Voldemort voavam pelos ares.

— Potter ganhou, o eleito conseguiu!

— Vitória, viva ao Harry Potter!

O moreno viu sorrisos alegres, apesar dos inúmeros machucados que todos tinham em seus corpos. O sorriso permanecia nos rostos de muitos. Alguns comensais fugiam, quase todos, mas ele não pode deixar de notar uma cabeleireira loira que se afastou de seus pais quando os mesmos aparataram. Mas isso não vinha ao caso agora.

Harry Potter, apesar de tudo, apesar da vitória, não sorriu, por que nem sempre a vitória significava só algo feliz.

Ele não lutou aquela guerra por ele, lutou pelos outros, para fazê-los felizes, pois pensou que assim, quando ele ganhasse, quando ele matasse aquele que o infernizou desde pequeno, desde quando ele era uma criança, ele se sentiria feliz, mas acabou se enganando.

Os outros agora estavam felizes, e isso era ótimo! Mas ele não estava feliz. Os sobreviventes só sorriam e gritavam de alegria por que Voldemort estava morto, mas, quando tudo passar, eles irão se lembrar de que perderam pessoas que amavam durante a guerra, e os gritos e sorrisos passarão a se tornar gritos de angústia, sentirão depressão e solidão.

Então, uma pergunta percorreu pela mente de Harry. Tu que ele fez esses anos nunca foi por ele.

Harry Potter era quem ele era por ele? Ou ele era quem ele era pelos outros?

Desde pequeno, Harry sofreu uma vida infernal, começando pela perda de seus pais com um ano de idade, depois os dursleys, que mais os maltrataram do que o cuidaram, e a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sim ela também. Apesar de ter feito amizade com Rony e Hermione, as pessoas em que ele mais confiava, ele não fora feliz, não por completo, nem nela e nem fora dela.

A Second Chance to Love - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora