Era uma vez um serial killer que atormentava as ruas de uma pequena cidade no interior do país. Ninguém sabia o nome do assassino, tampouco o seu rosto. Suas vítimas eram escolhidas a dedo e, sempre que atacava, ele deixava um símbolo em suas vítimas: uma tatuagem de um escaravelho. A polícia há anos estava tentando capturá-lo, mas sem sucesso.
O serial killer era um artista. Ele acreditava que a beleza estava na morte e, assim, transformava suas vítimas em obras de arte que durariam para sempre. Ele esculpia seus corpos em posições impecáveis, como se fossem estátuas, e os armazenava em uma sala secreta de sua casa. Mesmo com a fama de sua crueldade, muitos comentavam sobre a perfeição dos corpos e como o assassino era habilidoso em modelar as expressões faciais das vítimas.
A primeira vítima foi encontrada em uma praça da cidade, envolta em um manto vermelho e com a marca do escaravelho tatuada na testa. O corpo estava como uma obra de arte, numa posição de dança, com as mãos estendidas e um sorriso pintado na face. A segunda vítima foi encontrada na igreja, envolta em um manto branco e com uma marca na testa. A pose era como uma oração, os joelhos curvados e as mãos unidas. A terceira vítima foi encontrada em frente ao cinema, um lençol azul cobrindo o corpo e um escaravelho tatuado na bochecha. A pose era como se uma mão invisível estivesse segurando o seu pescoço.
A cidade estava apavorada, sem saber quem seria a próxima vítima do serial killer. A polícia já tinha feito várias prisões, mas nenhuma delas havia resultado em alguma pista concreta. O que a polícia sabia era que o assassino não escolhia suas vítimas aleatoriamente, mas sim com algum propósito. Dessa forma, eles começaram a investigar se havia alguma ligação entre as vítimas.
Enquanto isso, o serial killer continuava a matar. A quarta vítima foi encontrada em um parque, envolta em um manto verde e com a marca do escaravelho tatuada no ombro. A pose era uma saudação, o braço levantado como se estivesse cumprimentando alguém. A quinta vítima foi encontrada em um beco escuro, envolta em um manto marrom e com a marca do escaravelho tatuada na sobrancelha. A pose era como se tivesse sido abraçada, os braços em volta de si mesma.
A polícia estava cada vez mais perto de descobrir a identidade do assassino, mas o serial killer encontrou sua próxima vítima antes. A sexta vítima foi encontrada na praça principal, envolta em um manto preto e com a marca do escaravelho tatuada no lábio inferior. A pose era enigmática, parecia que a vítima tinha algo importante a dizer, mas não conseguia.
Após a descoberta da sexta vítima, o serial killer sumiu. A polícia continuava sua caça pelo assassino, mas sem sucesso. Até que um dia, dois anos depois, o serial killer foi preso. Ele não lutou contra a polícia e não negou a autoria dos crimes. Ele havia se apaixonado por uma mulher e, por isso, parou de matar.
O serial killer passou o resto de sua vida na prisão, mas a sua habilidade artística continuou a fazer parte da cultura da cidade. As estátuas humanas do serial killer continuam a ser apreciadas por muitos como obras de arte incomparáveis, apesar da crueldade envolvida na sua criação. Mas o mistério que envolve o escaravelho e o porquê da sua escolha de vítimas, permanece sem resposta até hoje.
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a arte serial
General Fictionuma curta história sobre um serial killer com um dom lindo, que aceita seu destino