chapter II

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boa leitura :))

Sirius e Remus foram os escolhidos para cuidarem do pequeno príncipe quando descobriram sobre a morte do rei e da rainha. Sirius era parte da nobreza, sendo um dos herdeiros para o Mar Black, o que fazia dele uma ótima escolha para seu trabalho. Quando ele e o falecido rei, naquela época o príncipe, eram crianças, os dois eram inseparáveis. E, quando o rei faleceu, Sirius ficou arrasado. Sua cauda preta perdeu cor, e acabou ficando cinza-claro. Remus, que era seu noivo na época, era o que mais cuidava do pequeno tritão, que estava tão traumatizado e arrasado que não falava mais nada, e continuou não falando por muito tempo depois. O príncipe apenas se libertou do transe por completo aos onze anos, quando conheceu uma certa sereia de cabelos ondulados e cauda azul-safira e um tritão de cabelo vermelho como o fogo das histórias de sua mãe e cauda laranja e amarela como alguns dos peixinhos que passavam pelo palácio, mais ou menos de sua idade, que eram moradores da vila. Sirius, já meio recuperado, e Remus ficaram mais do que contentes.

Sempre que tinha a oportunidade, o príncipe perguntava se poderia ir para a superfície. Mas isso era muito além dos limites que o oceano proporcionava, e ainda mais dos limites de sanidade dos tios. A superfície ainda os aterrorizava. e a resposta sempre era a mesma: não. Mas Harry tinha esperanças de que dessa vez a resposta seria finalmente diferente. Seria um sim. Ele encontraria a... como eles chamavam lá em cima? A corargem? Coragem! Ele encontraria essa tal coragem e mostraria seus tesouros da caverna aos seus tios, e eles diriam sim à pergunta que Harry tanto fazia.

Já dentro do palácio, Harry ainda procurava a tal coragem que ele tanto pensava sobre. Ele passou pelos guardas até a sala de refeições real, onde mais guardas o deixaram entrar.

- Vossa alteza. - Uma voz o chamou, o tirando de seus pensamentos e o fazendo olhar para a direção da voz - Harry. - seu Tio Sirius o chamava, com um sorriso no rosto e o olhando. Harry o responde com outro sorriso nervoso, e se senta em seu coral. Põe o enrolado de lagosta na boca, mastigando devagar, e pensando em como falar com seus tios.

- Tio Sirius - ele chama com nervosismo, e seu tio olha para ele - Estava pensando em convidar Rony e Hermione para a minha festa na Lua Coral.

- Os habitantes da vila? - tio Remus pergunta. Harry assente - Certo. Eles são legais, não é, pads? - Ele pergunta à seu marido, que estava brincando com sua comida pensativo

- Oi? Ah, sim - Tio Sirius gagueja, envergonhado - Claro. Eles fizeram nosso Harry melhor. - ele responde, e Remus e Harry abrem um sorriso - Prepararei os convites de pronto.

- Tem outra coisa - Harry diz baixinho - Eu vou ser maior de idade, não é? -Ele pergunta, e recebe acenos com a cabeça dos dois tios - Eu quero ir para a superfície. - Ele diz, abruptamente. Tio Sirius para de mastigar, e tio Remus deixa cair seu cálice. Tudo estava silencioso então. Todos estavam em choque.

- Você ficou louco?! - Sirius grita, de repente, após um momento que parecia ser de processamento - Já conversamos sobre isso, e, agora que vai ser rei, é ainda mais perigoso ir para lá! - Harry se assustou. Tio Sirius nunca tinha levantado a voz para ele daquele jeito. - Não. - ele abaixou a voz - Não, Harry.

- Mas os guardas podem ir comigo! Eles me protegerão! Vocês não têm ideia de o quanto lá é de tirar o fôlego!

- Ah, nós sabemos - Tio Remus diz - Eu era amigo de sua mãe. Ela sempre que podia me levar até lá, ela o fazia.

- E olha no que deu - Sirius o interrompe - Vá para seus aposentos, vossa alteza. - Ele finalmente diz. Seu tio só usava esse termo quando estava totalmente bravo com Harry. Harry olha para Remus, que evita contato visual. Sirius o encara com desapontamento no olhar, então Harry se levanta de seu coral e sai da sala. Remus acaba fazendo o mesmo, segundos depois, claramente desapontado com o marido.

Harry, ainda obedecendo seu tio, parte para seus aposentos. Daqui a dois dias ele seria o rei dos mares! Seu tio não tinha o direito de negar algo à ele. e ele certamente não iria ficar preso nessas águas. O príncipe finalmente se decide e vai para sua caverna, bem longe do palácio, onde felizmente não havia ninguém no momento. Sua caverna, cheira de tesouros. Livros, coisas estranhas, curiosas. Preciosas e maravilhosas, sim.

- Mas para mim ainda é pouco, quero mais! - O príncipe começa a cantarolar, usando seu canto mágico, se dirigindo a um peixe amarelo que passava por ali.

- " Eu quero estar onde o povo está

Eu quero ver um casal dançando

E caminhando com suas... como são mesmo? Ah, pés!

Poder andar, poder correr

Ver todo dia o sol nascer

O que eu daria para ser humano

Fazer perguntas e ouvir respostas

O que é fogo? O que é...como é? Queimar!

Quero viver, quero morar

Naquele mundo cheio de ar

Quero viver, não quero ser

Mais deste mar..."

E então, de repente, como um milagre, surgiu uma ideia naquela cabeça real, a melhor que ele já teve até agora. Rony havia o avisado sobre uma bruxa mágica do mar, que tinha o poder de realizar qualquer desejo, e fazer qualquer coisa. Harry iria à sua procura, e iria a pedir para que o transformasse em um humano, nem que seja só por um dia. Ele finalmente realizará seu desejo de anos! essa era certamente a melhor ideia que já havia lhe ocorrido em muito tempo. E ninguém irá saber, portanto ele não tem ninguém para impedi-lo!

O príncipe então prontamente começou a arrumar suas coisas e partiu à procura da bruxa do mar.

the little mer(man?) • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora