XXXIV

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Eu to me sentindo estranha... como sempre... já sentiu a sensação de não se encaixar em lugar algum? Que você não tem nenhum lugar que se sinta bem, em um lugar que as pessoas te queiram lá? Pois é, eu me sinto assim, como se fosse jogada aqui pra qualquer coisa, só existindo a cada dia que passa no qual não posso fazer nada a não ser existir, cada dia que passa eu só existo... como um nada.

Olho pro teto me perguntando do por que? Por que eu tô aqui? Sério... por que? só pra sofre? Ter um vazio no peito pelo qual não pode ser preenchido por nada? Ser humilhada na frente de todos, ser tratada como lixo, é pra isso que estou vivendo? Pra ser tratada como lixo pelos outros que se dizem melhor que eu? O que eles tem de melhor? Eles são normais? Bom eu nasci com um pinto não sei o que é ser normal mesmo.

A única coisa que sei é odiar meu corpo, me sentir inferior aos outros, sentir que não vou ganhar nada além da humilhação... eu já estou farta disso, estou farta de ser humilhada e não fazer nada!

Levanto da cama pegando meu saquinho com minha maconha, pego todas as sedas que restaram junto com o isqueiro, coloco no meu bolso e vou até a janela, decido subir até o telhado então eu tomo muito cuidado pra não cair, assim que subo eu me sento no canto no qual consigo ver a lua junto com as estrelas, hoje a noite está mais linda do que todas as outras.

Bolo meus baseados acabando com toda a minha maconha, guardo o saquinho no bolso da minha bermuda, pego um e deixo o restante no outro bolso, levo até a boca o baseado o acendendo puxando uma tragada dele..

E assim passo a noite, fumando minha maconha admirando o céu e pensando, só que dessa vez com a cabeça calma, a maconha parece organizar todos os meus pensamentos, a minha ansiedade quase não existe quando fumo, lógico que isso me deixa diferente do meu dia a dia.

Vejo o sol nascer e posso dizer que é uma coisa maravilhosa de se ver... uma coisa eu admito, sou uma admiradora do céu... ele expressa tanta coisa sem fazer nada, ele transmite uma paz enorme, tranquilidade, liberdade...

Meu celular desperta e noto que já são 06:00 da manhã, eu nem dormi.

Saio do telhado entrando pela janela do meu quarto, vou até meu closet pegando algo pra usar, pego uma regata branca junto com uma calça moletom preta e um conjunto íntimo qualquer. Vou pro banheiro tomar banho rápido e assim faço também minha higiene matinal, saio do banheiro já trocada, só pego meu celular e desço as escadas me sentando no sofá.

- já tá pronta?- minha mãe aparece na sala dando um beijo em meus cabelos, ela faz uma careta- você fumou maconha?- olho pra ela que já confirma sua própria pergunta- tá com isso desde quando?

- faz um tempo mas fica tranquila que já acabou, mas se quiser posso te arrumar coroa- ela dá um tapa na minha nuca- aí! Ou eu não fiz nada

- pensei que tivesse falado com você sobre isso meu amor- ela se senta ao meu lado pegando em minhas mãos.

- tive uma crise ontem, não do tipo que passou rápido, eu quase desmaiei se uma amiga minha não tivesse me ajudado- ela me olha preocupada- está tudo bem agora mãe- dou um beijo em sua bochecha.

- olá família linda do meu coração- diz Lauren toda saltitante. O que deu nessa doida?

- oi meu amor, deixei o café da manhã na mesa - diz minha mãe.

Me levanto indo até a cozinha e pegando um pão, abro ele é passo requeijão.

- te espero no carro- digo a Lauren e então eu saio indo até meu carro, entro dentro dele e começo comer meu pão enquanto espero Lauren. fico esperando minha irmã. Assim que Lauren entra, ligo meu carro e dou partida, percebo que o tanque está na reserva então antes de ir pegar os bocós, vou abastecer.

In love with the short girl? (Ariana/ you G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora