CAPÍTULO 2

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EUA. Domingo. 22:00.

Joe's pov

Estou voltando da cafeteria pois preciso de um tempo longe de casa, todo dia meu pai chega bêbado em casa e isso é muito chato, quando ele não me bate ele fica gritando até cansar.

Ele não me deixa sair de casa nem por um segundo, como se tivesse medo de algo, não sei...ele ficou cada vez mais estranho desde que minha mãe faleceu, ela morreu de câncer quando eu tinha 10 anos, e desde então sou só eu e ele, e ele ficou muito estranho.

Ele me esconde coisas, nunca sei onde ele está, e quando ele entra naquele porão é uma eternidade pra sair de lá e ele me impedi de descer lá, ele sempre traz pessoas pra cá e nunca vejo elas indo embora, mas não me meto na vida dele.

Estou agora tentando andar o mai rápido que posso pois já está quase passando do meu horário de voltar pra casa, estou tão distraído que nem percebi que tinha um garoto vindo na minha direção e acabamos esbarrando.

Percebi que o garoto que estava ao seu lado me olhava de uma forma tipo fazendo cara feia pra mim e revirando os olhos, não entendi nada nós se conhecemos tem alguns minutos e esse cara já tá me olhando de cara feia? euhein.

O garoto de cabelos ruivos se ofereceu pra poder pagar outro café pois o meu caiu inteiro no chão, porém estava com pressa então disse que não tinha problema e que eu estava com pressa, nós se apresentamos e logo fui embora.

Cheguei em casa morrendo de medo, entrei em casa e vi meu pai no sofá com uma cara de bravo, percebi que me fude na hora.

Pai: onde você estava?

Joe: desculpa pai, a fila do café estava enorme e me esbarrei com um garoto no caminho.

Pai: não está mentindo não é Joe?

Ele se levanta e caminha até mim.

Joe: não pai, eu juro pra você que eu não fui a outro lugar.

Pai: saia da minha frente, vai pro seu quarto antes que eu acabe com sua cara.

Não digo nada apenas sai dali e corri pro meu quarto e tranquei a porta.

Ele me assusta...eu tenho muito medo do que ele pode fazer, ele me proibi de fazer tudo, nem pra escola fui, tive que estudar em casa e isso fez com que eu não tivesse amigos..

[...]

Acordei de madrugada com um barulho que vinha do andar debaixo, me assustei e fiquei com medo de ir até lá, vai que é um assaltante.

Tomei coragem e sai do quarto e desci as escadas com uma lanterna, tá eu sei não vou conseguir me defender com uma lanterna, porém qualquer coisa só tacar na cabeça do considerado e foi.

Desci as escadas com cuidado e sem fazer qualquer barulho, olhei para a sala e vi meu pai com uma pessoa.

Joe: pai?

Pai: tá fazendo oque aqui muleke?

Joe: quem é esse homem?

Ele olha pro homem e pensa, os dois parecem estar bêbados, só que o cara deve estar mais.

Pai: é um amigo.

Joe: entendi, oque ele faz aqui essa hora?

Pai: não te interessa, vai pro seu quarto agora!

Joe: mas-

Pai: VAI! AGORA.

Não disse mais nada apenas obedeço e subi as escadas, me deitei na cama e tentei dormir, o barulho do andar de baixo me assusta...

[...]

Sozinho novamente, estou limpando a casa e meu pai na rua como sempre, passei pela porta que vai direto para o porão é estava um cheiro horrível.

Joe: minha nossa, que fedor é esse.

Tentei abrir a porta porém não consegui pois estava trancada, é um fedor sem explicações direto aí dentro, deve ter bem algum bicho morto aí.

Escutei a porta ser aberta e vi meu pai entrando, e assim que ele me vê na frente da porta seu tom de voz mudou por completo.

Pai: EI, SAI DAI.

Joe: oi pai, desculpa eu não iria entrar..

Pai: quantas vezes vou ter que te dizer, FICA LONGE DAQUI PORRA.

Joe: desculpa..

Pai: viado filho da puta, você só me dá dor se cabeça Joe, por que não morreu junto com sua mãe hein, não iria fazer falta.

Joe: se me odeia tanta por que ainda não me colocou em um orfanato?

Pai: hm, quem é que vai querer um imundo igual você, ninguém quer um viadinho em baixo do seu teto.

Joe: ...por que me trata assim?

Pai: não vou nem da atenção pra você, vai fazer oque eu te mandei logo.

Apenas concordo com a cabeça e limpo as lágrimas que insistiram em cair, nunca entendi o por que ele me trata assim, eu queria saber como é a sensação de ter uma família feliz.

Eu sinto muita falta da minha mãe, ela foi a única que se importou comigo de verdade, foi tudo tão rápido..eu nem pude me despedir, meu pai disse que iria levar ela pro hospital e tempo depois ela faleceu.

Foi a pior notícia da minha vida, nunca vou esquecer dos bons momentos que tive ao lado dela, nunca mais pude sair de casa e nem ir pra escola, vivi igual a própria rapunzel porém sem seu enorme cabelo mágico brilhante.

Com o tempo que acostumei mais com a solidão, passei todos os aniversário sozinho e sem presentes no Natal, eu aprendi muito da vida com a dor, não tive uma infância feliz..mas quem saiba quando eu tiver 18 anos eu posso fazer isso mudar por completo, e ter uma vida saudável e feliz, é só oque eu queria...é pedir muito...?



Espero que gostem, beijinhos e até o próximo cap 💋❤️‍🩹

✧ ೃ༄𝑴e apaixonei por um 𝘢𝘴𝘴𝘢𝘴𝘴𝘪𝘯𝘰*ੈ✩ 𝐊it and 𝐉oeOnde histórias criam vida. Descubra agora