A fic "Uma Nova Chance ─ PS. Eu ainda preciso" se passa dois anos após o fim da grande quarta guerra ninja, quando todos estão mais que dispostos a recomeçar, reerguer as forças e enfrentar o medo da rejeição.
Pelo menos em relação à algumas...
Cá estou eu de novo <3 E meu deus! Quase que não volto, hein. Estou passando por um sufoco com relação a tempo e escrita.
Estou muito feliz a cada leitor (a) que comentou, votou e me incentivou a persistir, vou tentar desenrolar e me organizar para voltar a trazer semanalmente capítulo desta e outras histórias. Mas admito que as coisas não estão fáceis, estou cruzando os dedos para conseguir me mudar em breve e começar a fazer minha faculdade. E vocês? Como estão? Espero que estejam com uma rotina menos puxada que a minha ou com mais tempo.
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"Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser partido e continuar batendo?"
HINATA
Depois de semanas o turno de ontem é um dos mais difíceis.
Por causa das horas extras pela folga solicitada de Sakura, o trabalho triplica no hospital, e quase não tenho tempo, exceto para atender os pacientes que por algum motivo chegam aos montes no Hospital de Konoha.
Noite passada, ao caminhar em um corredor em minha ala, ouço um comentário de uma das enfermeiras do plantão noturno. E, em um canto, presto atenção enquanto ela explica sobre uma organização criminosa que está tentando se unir à uma outra que ataca à Vila da Areia. Pelo que entendo, também atacam os shinobis da folha e mercadores na fronteira.
Quase não acredito. Depois de tudo que aconteceu, esqueceram o horror na Quarta Guerra? Me pergunto várias vezes. Isso ainda está cravado em minha memória e no meu coração. Lembrar disso — de todos os acontecimentos durante a terrível batalha — me faz engolir seco, sentir as mãos tremerem, e, sem querer, apertar as mãos e encará-las. É desesperador.
Neji.
Por mais que tente afastar os pensamentos assombrosos de sua morte, não consigo extingui-los por completo.
É doloroso demais lembrar. É doloroso tentar esquecer. É doloroso sentir saudade, e não quero — nem consigo — continuar.
Seu sorriso é uma tortura, e o seu rosto, assim como sua voz, permanecem se alastrando em meio aos meus sonhos corrompendo com a dor da perda e o sentimento de não ter feito bastante. Mas, no fundo, sei quais são os verdadeiros motivos para ele ter escolhido me salvar e ter tomado a decisão que mudaria seu destino para sempre.
── Eu escolho a minha liberdade. E como um pássaro, eu vou em busca do céu. ── Eu o ouço dizer ao final de cada uma das partidas, ao final dos sonhos. Acordar é mais uma reação impulsiva do que um hábito.
Minhas mãos tremem; meus dedos se entrelaçam uns com os outros, roçando unha com unha, e puxando uma cutícula teimosa. A confusão está sobre o meu peito, posso ouvir meus pulmões se enchendo mas não consigo ouvir a voz da minha colega do outro lado. Felizmente, a voz de Ino me alcança em meio a nuvem escura que me suga e serpenteia como um vazio.
