Com, Ou Sem Mim [Valu] - HIATUS

XI. Recomeço

Vocês não sabem o prazer que é estar de volta!
Acharam que eu nunca mais ia voltar, né? Pois demorei, mas cheguei. Desculpe-me por ter demorado tanto para atualizar essa fanfic. Quero dizê-los que não desisti dela e que por mais que eu demore, saibam que eu sempre volto!
Ah, só mais uma coisa... Essa fanfic não vai ser focada em hot. Haverão alguns, óbvio, mas o foco principal é no enredo e no desenvolvimento dos personagens.
Agora sim... Amo vocês! Boa leitura, amorecos, e me perdoem por qualquer erro.

Beijos,
Pedrinho.

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"Pra você, guardei o amor
O amor que tive
E nunca soube dar"

Pra Você Guardei O Amor
— Cazuza

Valentina, tomada por uma irritação latente, rolava inquieta na cama, seu corpo agitado buscando uma fuga do vazio que a cercava. A ausência de ocupação a atormentava profundamente. Seus movimentos eram bruscos, uma perna batendo impacientemente contra o colchão enquanto os dedos tamborilavam nas cobertas.

A monotonia impregnava o ar, e Valentina suspirava pesadamente, ansiando desesperadamente por qualquer coisa que pudesse quebrar o ciclo de inatividade que a afligia.

— Isabella? — A de olhos claros chamou, de forma irritadas.

Seus timbres normais, suaves e melodiosos, desapareceram completamente quando a irritação tomou conta. Em vez disso, surgiu uma qualidade afiada e áspera, tornando cada sentença uma admoestação contundente. A voz daquele jeito era impossível de ignorar, deixando claro que algo a incomodava profundamente e que sua paciência estava à beira do limite.

— Oi?!

A mulher, com a voz distante e ligeiramente abafada pelo banheiro, a respondeu enquanto terminava suas tarefas lá dentro.

— Você pode devolver meu celular? — Bufou.

Assim como com as outras repetidas solicitações de Valentina para pegar seu celular, ela continuou aproveitando o momento no banheiro para tirar suas fotos no espelho. Concentrou-se na pose e no ângulo perfeitos, tirando várias selfies enquanto a voz continuava ecoando no fundo, pedindo o telefone que emprestara.

— Isabella! — Exclamou.

— Que saco, Valentina! — Arquejou.

Isabella, visivelmente irritada com as repetidas solicitações, revirou os olhos com exasperação enquanto saía do banheiro. Sua expressão carregava um misto de frustração e impaciência, e ela não conseguia esconder sua irritação diante da insistência da amiga.

Ela se aproximou de mostrando seu desagrado pela interrupção em seu momento no banheiro. Pegou o celular e jogou-o ao lado dela na cama com um gesto brusco.

— Morreu de ficar sem ele? — Ironizou.

— Quase.

— Egoísta viciada. — Resmungou.

— O celular é meu. — Afirmou — A culpa não é minha de você ter se relacionado com um louco que jogou o seu do sétimo andar.

Isabella ficou boquiaberta, visivelmente chocada. Seus olhos se arregalaram e seu semblante de irritação transformou-se em uma expressão de espanto e incredulidade.

— Você seria cancelada no Twitter muito fácil com essa frase.

As duas se encararam por um momento e então, quase que simultaneamente, elas desabaram em risadas.