Não entre.

×Only One×

— Não entre, está escrito na porcaria da porta. -Jisung disse de dentro do quarto.

— Jisung, o Felix chegou. -Changbin entrou no quarto.

— Que bom, depois eu vou ver ele. -Jisung disse, sorrindo.

— Sai desse quarto, Ji... eu sei que sente falta do Minho... mas você sabe que ele precisava ir. -Changbin o olhou.

— Eu sei, Changbin, era o sonho dele, mas por favor, me deixe sozinho. -Jisung suspirou.

— Tudo bem, eu te amo, não esqueça. -Changbin sorriu para o amigo, saindo do quarto e fechando a porta.

— Também te amo, Binnie. -Jisung sorriu, logo desmanchando o sorriso quando Changbin fechou a porta, voltando a focar em seu computador.

Jisung e Minho eram a dupla perfeita do grupo de amigos, que se entendiam e respeitavam de uma maneira única, linda de se ver.
Jisung sempre gostou do Lee, mas nunca aceitou que gostava de seu melhor amigo, até que o deixou ir embora sem lhe contar seus sentimentos, e se arrependeu amargamente ao deixar o amigo no aeroporto.
Minho havia ido embora para  trabalhar com dança em uma das melhores universidades de dança da Austrália, com a ajuda de Bang Chan, se mudou para o país junto de Felix, seu irmão.
Mas depois, Felix começou a voltar para Seoul frequentemente para visitar os amigos.
Minho nunca voltou.

Claro que, ainda trocava algumas mensagens com Jisung, mas era apenas com o Han, e eram tão poucas...

Jisung aceitou que não teria de volta o único que deixava entrar e permanecer consigo.
Saiu de seus pensamentos ao escutar a porta abrir.

— Por que as pessoas não podem só ir embora? Eu disse pra não entrar, Changbin. -Jisung suspirou, levantando da cadeira e tirando os fones, logo sentindo braços rodearem sua cintura, e sinceramente, reconheceria aquela pulseira, que completava a sua, até de muito longe.

— Senti sua falta. -Minho disse no ouvido do Han, deixando um beijo na bochecha do garoto.

— Minho... -Jisung sorriu.

— Todos devem ir embora? -Minho soltou o Han, que virou de frente para si e sorriu.

— Exceto você, você pode ficar. -Jisung abraçou o mais velho, sentindo o cheiro tão gostoso que o garoto tinha.

— Fico feliz. -Minho sorriu, abraçando o Han, deixando um beijo nos cabelos do mais novo.

— Você não cresceu nada. -Jisung debochou, agora olhando para o Lee.

— Como se você tivesse crescido, querido. -Minho cruzou os braços.

Ah... aquele apelido que Jisung tanto sentia falta de ouvir.

— Por que decidiu vir nos visitar do nada?... -Jisung o olhava.

— Seu Lee Minho está de volta em Seoul, e agora, definitivamente. -Minho o olhava.

— Por quê? Por que voltou? -Jisung o olhava.

— Por você. -Minho suspirou.

— Hm? -Jisung o olhou confuso.

— Não consigo viver sem você, Hannie, meu contrato terminou e decidi voltar pra casa, voltar pra nós. -Minho dizia tímido.

— Minho... -Jisung acariciou o rosto do mais velho, o segurando com as duas mãos.

— Me desculpa, querido, eu tentei tantas vezes te ligar e conversar com você... mas não conseguia tirar as palavras da boca sem chorar de saudade. -Minho o olhava nos olhos.