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── capítulo quatro
" Bad day. No, terrible day. "

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Todos tem dias ruins. Aqueles dias em que você acorda atrasada, não acha seus tênis e acaba caindo enquanto amarrava os cadarços. Nesses dias, normalmente você é a nova "Miss World", porquê todo mundo quer ver você em um estado deplorável e ridículo. Mas e quanto aos dias péssimos?

Bom, eu estava em uma dia desses.

Minha cabeça doía e eu tenho suspeitas de que essa está sendo a minha primeira ressaca. Não me lembro de quase nada de ontem e tudo o que sei é que meu primo que me deixou no quarto.

Como eu sei? Quando acordei pela manhã, com os cabelos embaraçados e a cara amassada, encontrei o loiro jogado no tapete do meu quarto. Eu gritei bem alto, minha tia achou que eu tinha caído da janela. Quando Chase acordou com meus berros, ele parecia estar flutuando e em outra dimensão. Acho que ele quis me dar "bom dia, Sum" mas isso saiu mais como um resmungo sonolento.

Agora, vamos comentar sobre tomar um banho gelado enquanto você está lutando contra o seu cérebro pra ficar acordada. É horrível. Pensei que tomar um banho iria me ajudar a organizar as ideias e relaxar um pouco, mas tudo foi ralo a baixo (literalmente) quando minha irmã disse que o meu chuveiro estava com defeito. Ah, e uma informação: ela me disse isso depois de me ver toda molhada e tremendo enrolada em uma toalha.

Minha pior escolha com certeza foi pensar que meus tios não perceberiam o meu estado se eu fingisse estar totalmente sóbria. Soube que isso tinha sido uma ideia ruim quando eles me encararam como se eu fosse uma louca em algum estacionamento no Texas  – isso foi específico porque sim, eles tem uma história com isso. – Minha tia revirou os olhos, discretamente, e me deu um sorriso por educação. Kaio riu da minha situação e me deu uma coisa verde horrorosa para tomar, nas palavras dele: "isso cura até osso quebrado!"

E, graças a gororoba milagrosa que meu tio me deu, agora me encontro em forma para correr pela orla da praia. Minhas roupas esportivas, tão coloridas que poderiam ser vistas da Oceania, me destacam do meio da multidão. Enquanto eu me esforçava para cumprir minha meta, vi algumas amigas locais. Lola e Jessie me abraçaram animadamente e começaram a me atualizar de algumas coisas que tinham acontecido enquanto eu estava em Atlanta, na primavera.

Confesso que não prestei atenção em nenhuma palavra que elas falavam. A adrenalina ainda estava em meu corpo e era difícil me manter sentada e concentrada na conversa, meus pés se mexiam e eu inclinava a cabeça toda vez que elas olhavam para mim. Os turistas hoje estavam mais "calmos" (Se é que podemos falar isso, ainda são onze da manhã) e isso nos permite ver a praia de onde estávamos.

A imensidão azul parecia me chamar para um mergulho, mas acabei de perceber que mais alguém queria minha atenção ali. Jessi tocou no meu ombro, me trazendo de volta a terra.

THIS SUMMER' Javon WaltonOnde histórias criam vida. Descubra agora