Forte colisão

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Como era se apaixonar verdadeiramente por alguém?

Talvez, quando bem jovens, todos já tenham se questionado isso. Estamos realmente apaixonados ou não passa de uma simples atração passageira?

Para Han Jisung, o amor poderia se assemelhar à colisão de dois planetas, forte e destrutivo. Poderia ser ruim ou bom, mas na grande maioria era ruim. Quantas vezes Jisung já não tinha se apaixonado por alguém para no final realmente ser algo destrutivo?

Se lembrava de todos aqueles pelos quais já havia se apaixonado, a grande maioria teve um final horrível. Términos nunca seriam bons, mas a maturidade era o que definia se tudo ficaria bem depois entre as duas partes. Definia se o término seria algo saudável, algo que não machucaria profundamente uma das partes.

Para ter um relacionamento, maturidade era algo indispensável.

E quantos namorados de Jisung não foram completamente imaturos? A grande maioria. Eles com toda certeza não estavam prontos para algo que também envolvia os sentimentos de outra pessoa.

Pode ter sido por causa da idade, namoro na adolescência era, na grande maioria, imaturo, ainda estavam novos demais para entender a importância por trás de um relacionamento e a importância dos sentimentos. E no início da vida adulta? Ainda estavam criando responsabilidade o suficiente para o que enfrentariam naquela fase da vida. Mas alguns eram simplesmente imaturos, não importando a idade, se recusavam a finalmente criar maturidade para criar relações saudáveis e duradouras.

Era por isso que o amor também poderia ser destrutivo aos olhares de Jisung. Podia machucar os dois envolvidos porque não sabiam o que sentiam verdadeiramente.

Então ele conheceu Lee Minho, a pessoa que para ele não parecia com um planeta, era uma bela estrela, que brilhava incessantemente aos seus olhos. Aquilo era diferente das "colisões" era mais calmo, Jisung se sentia olhando para um céu estrelado.

Todos os momentos que passaram juntos eram incríveis, Jisung poderia dizer que estava provando do amor, estava realmente sentindo o amor de outra pessoa. Minho queria que desse certo, ele se esforçava para que aquele relacionamento acontecesse. Jantares, passeios, presentes e atividades divertidas entre casais. Tinham gostos em comum, o que fazia aquilo dar ainda mais certo.

Jisung lembrava do dia em que foi levado à confeitaria que Minho era dono, onde ele provou o melhor cheesecake de chocolate que já havia provado em toda a sua vida. Onde Jisung pôde provar os lábios de Minho de forma mais intensa.

Minho era diferente daqueles com os quais Jisung já havia se relacionado.

Porém, dessa vez, o idiota imaturo havia sido Jisung e para que ele se sentisse ainda mais culpado, Minho não o tratou mal, ele não estava com raiva, estava decepcionado, o que era ainda pior. Ele tinha colocado sua confiança no Han, tinha confiado em seu amor, em sua lealdade.

E até mesmo quando Jisung chorou pedindo por seu perdão, ele não gritou ou o mandou embora, ele também chorou e não se desvencilhou do abraço do Han.

Aquilo realmente havia sido uma colisão, como ele sempre havia pensado, mas foi a mais dolorosa dentre todas as outras, dolorosa porque ele sabia que a culpa era toda dele e de mais ninguém. Aquela colisão destruiu de uma vez o pequeno planeta que era Han Jisung, e destruiu as chances que ele teve de ter aquele relacionamento incrível, com um homem incrível que o amava.

Agora estavam longes, os pedaços que sobraram daqueles dois viraram poeira. E Jisung via a cada dia, Minho se afastar mais, suas desculpas não valiam mais, não se podia reconstruir a confiança despedaçada de alguém, tampouco podia apagar o sofrimento que aquela traição causou.

Collision | Minsung centricOnde histórias criam vida. Descubra agora