O PADRE PARK ERA UM DOS ÚNICOS QUE ESPALHAVA A FÉ CRISTÃ NO PAÍS. Por mais que a Coreia do Sul não fosse para lá de cristã, havia sim mais do que uma religião, não sendo tudo seguindo Buda, e apenas tinha que se aceitar que todos podíamos ter uma religião diferente, ou mesmo sequer ter uma, e ainda, muito menos acreditar em Deus; o Senhor.
Todos conheciam o padre Park. Park Seongjun estava sempre fazendo missas e pregando a palavra do Senhor em sua igreja, entre conversas e línguas desconhecidas que dizia ser dos anjos.
Ele continha um filho, um único filho. Park Seonghwa, um rapaz de rosto angelical e fiel à palavra de Deus, sempre indo à ingreja do seu pai para orar e agradecer pelo pão de cada dia servido na mesa, ou pelo ar que poderia respirar e pela sua saúde.
Sempre foi assim e destinava-se a ser, crescendo ali e continuando a orar por tudo de bom e de melhor, sendo um filho obediente, sendo um completo orgulho para Deus, nunca o querendo desapontar.
Tudo ocorria bem, sem nenhuma falha, mas isso até conhecer Choi San, o "filho de Belial" — palavras de seu pai, Seongjun — em pessoa, que lhe ensinou sobre o homossexualismo e como as palavras eram permissivas, mas o homem havia as alterado.
San era cristão também, de facto era, mas sempre falava que mesmo sendo cristão, a sua homossexualidade não deveria ser problema algum. Se Deus os fez com toda a dedicação, claramente também queria que eles a tivessem para viver e serem feliz, e San era orgulhoso de dizer que, mesmo sendo de tal religião e falando que o homem havia alterado as palavras, ele era homossexual e não tinha vergonha de falar o óbvio.
Era uma noite de domingo e Seonghwa se encontrava com seu pai, orando junto dele, pronto para tornar da sua vida futura no novo padre daquela igreja. No entanto, no final, quando seu pai se foi embora e deixou o carro para o filho ir dar uma volta — já que não proibiria dele fazer coisas que gente da idade dele faz — o carro ali se permaneceu, e Seonghwa se colocou atrás da igreja com Choi San. O Choi estava ajoelhado na frente do Park, fazendo o que não se devia fazer atrás da igreja e, por mais que Seonghwa olhasse para o céu e pedisse desculpa pelo que estava a fazer naquele ambiente, os estímulos de prazer não o deixavam se arrepender, e muito menos San permitiria tal coisa.
Seonghwa tinha o ajoelhado como a Santa Maria na cruz, e não se arrependia.
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Mary on a cross | sanhwa
Fanfiction[sanhwa ! ver] [CONCLUÍDA] Todos conheciam o padre Park, por mais que a Coreia do Sul não fosse para lá de cristã, Seongjun estava sempre fazendo missas e pregando a palavra do Senhor em sua igreja, entre conversas e línguas desconhecidas que dizia...