O que há de errado comigo?

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A fundo do inferno, um lugar em chamas que trazia uma ar de crueldade, pois se escutava o grito das almas condenadas, comandava um demônio maior chamado César, cuja personalidade era impiedosa e rancorosa. Mas quem pode culpá-lo? Viver em um lugar assim, onde se tem que comandar, causa certas mudanças.

César era um tirano e um torturador profissional. Não se passava um dia em que as almas não o implorassem por misericórdia. Certo dia, uma nova alma foi mandada para o Abismo. Seu nome era Arthur, um rapaz jovem e simpático, totalmente o oposto de seu torturador. Quando César recebeu essa pobre alma, sabia que algo estava errado. Aquele não era seu lugar, mas ele não podia levá-lo dali.

Diga-me seu nome, alma perdida! - Exclamou o demônio.

Arthur, senhor. Eu me chamo Arthur.

O demônio de repente sentiu algo formigar dentro de si. "O que é isso?" Ele se perguntava, enquanto encarava o rosto angelical de Arthur.

Você não será torturado, mas também não poderá sair daqui até que venham te buscar. Está livre para ir onde quiser, apenas não me incomode. - César falou com todo o seu ego.
Arthur se arrepiou de medo, mas obedeceu o demônio. Enquanto caminhava pelo lugar, se esbarrou com um demônio menor.

O que faz aqui fora, seu verme? - Perguntou o demônio com ar de superioridade.

Me disseram que eu não pertenço aqui e que eu deveria esperar até que alguém me tire. - Respondeu a alma, recuando de medo.

O demônio menor sorriu, abriu suas asas e retirou uma espécie de chicote com lâminas, se preparando para atacar aquela alma.

Você acha mesmo que me engana? Isso será para você aprender onde é seu lugar.
Mas antes que o demônio menor pudesse fazer algo, César o segurou pelo pescoço e o levantou até sua altura.

Está questionando minhas decisões? - Perguntou César.

Se... senhor, eu jamais faria isso.

Então por que diabos você estava causando pânico nessa alma?

O demônio menor se preparou para se explicar, mas o tirano não quis saber e o destruiu ali mesmo, na frente de Arthur. César não tinha muita paciência para perdoar erros, então o destino de todos era o fim.

Ao olhar para Arthur, era notável sua expressão de pavor e tristeza.

Por que só não o repreendeu? Era necessário mesmo matá-lo? - Perguntou a alma.
Essas perguntas ecoaram pela cabeça de César. Ele não tinha uma resposta, nem mesmo uma reação. Como essa alma podia fazer ele questionar sua própria autoridade? César sem uma resposta, virou-se de costas e saiu. Após o ocorrido semanas se passaram e pouco a pouco César foi baixando sua guarda para Arthur.

- Sera que eu realmente não deveria está aqui? Perguntou a alma meio desapontado. Já se passaram tanto tempo e ninguém veio, talvez eu não seja importante.

César olha para ele e com um gesto de carícia em sua cabeça responde:

- Bom se ninguém vir, você bem cuidado aqui isso eu te garanto.

Arthur olha nos olhos de Cesar e sorri, é notável que dentro daquele corpo demoníaco havia gentileza e bondade. Arthur se levanta e segura a mão de César que no mesmo instante sente as corpo quente mas não por conta de todo aquele fogo, rapidamente ele puxa sua mão o que faz com que Arthur se assuste com a reação.

- O que está fazendo comigo? Pergunta o demônio.

- Eu apenas segurei sua mão eu não tinha intenção de te assuntar. Respondeu Arthur.

- Não... Não me assustou, sinto muito eu não sei o que aconteceu.

Arthur meio desconfiado se aproxima de César bem lentamente, segura sua mão novamente e direciona sua outra mão no rosto dele. No mesmo instante ele percebe o demônio corando e sorri.

- César algumas vez você já se apaixonou ?

- Eu? Por que essa pergunta tão repentina ?

- Bem você age como um apaixonado de primeira viagem. Arthur responde enquanto sorri.

César se levanta e vai embora, a pobre alma sem intender se questiona se teria feito algo errado ou disse algo que possa te-lo chateado. Dias se passaram depois do ocorrido e Cesar parece cada vez mais distantes, Arthur não consegue entender aquele Grade demônio teimoso. Bem parece que Cesar está tendo o mesmo problema em relação a Arthur, talvez eles realmente nunca consigam entender um ao outro pois são totalmente diferentes, mas isso não era uma opção para Arthur determinado a saber o que Cesar realmente quer e espera ele vai em busca de encontrá-lo em meio a todas aquelas salas. E por sorte a primeira que ele entra encontra Cesar sentado que desvia o olhar rapidamente para a entrada onde Arthur se encontra.

- Cesar precisamos conversar! Exclama a alma com um tom de firmeza.

- Tem razão, eu não posso mais fugir de você ou evitar tudo isso. Responde o demônio.

César começa a se explicar para Arthur, contando como tudo tinha começado e os motivos pelo quais ele fujia desse assunto.

- Arthur eu não sei o que há de errado comigo, eu não consigo mais controlar isso.

De repente o demônio e interrompido por uma luz que invade o local.

- Está na hora Arthur. Uma voz Angélica ecoa pela sala.

Os dois se olham e sabem exatamente o que vai acontecer, mas césar corre na direção de Arthur e tenta segura-lo .

- Eu... Eu preciso te contar. Arthur por favor fique! Eu tenho que dizer. O demônio diz já sem saber o que fazer.

- César eu tô com medo, eu não quero ir! Responde a alma.

E então Arthur lentamente vai sumindo daquele plano e sendo levado para o paraíso. César já desesperado grita.

- EU TE ...

Era tarde, Arthur já havia sido levado. Em desespero o demônio começa a surta e chorar, estavam rolando sentimentos dentro de si que nem ele mesmo sabia que era possível.

César não estava pronto a abrir mão de Arthur ele tinha que contar, ele precisa contar.





Parte 2.....

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⏰ Última atualização: Jun 16, 2023 ⏰

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