❝Temos que procurar o melhor
de uma situação
ruim❞
- O Menino do Pijama Listrado,
John Boyne
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Muitas vezes lhes perguntava se passar dias confinado naquele quarto (que nem disso era digno de ser chamado) e as respostas eram sempre as mesmas.
Chegou a um ponto, onde ninguém entrava lá, nem seu filho, nem seu melhor amigo. Demasiado era o lixo no chão, papeis e arquivos para todo lado, alguns potes de macarrão instantâneo, saquinhos de café em barra abertos e embalagens de outras porcarias que comera durante os primeiros dias confinado lá, alguns copos já vazios de café e garrafas de água jogadas aos pés da escrivaninha, sobre esta, haviam algumas listas empilhadas, um pote que seria de utilidade, se as canetas estivessem depositadas nele, e não em qualquer canto por ai, também havia o notebook, que no caso, era a única fonte de luz daquele lugar. O brilho da tela, estava iluminando o rosto pálido do homem, que há dias não comia, dormia ou bebia algo a não ser água.
Não haviam janelas, pelo escritório estar localizado no subsolo. Quase não era mais possível ver o papel de parede vintage que havia sido posto – contra a vontade do moreno – por seu filho, o melhor amigo e o pai, eram anotações, fotos, imagens, provas tudo, coladas, só havia um espaço vazio, a parede que era paralela com a escrivaninha, onde se situava o desenho feito pelo pequeno garoto, no qual fora confiado uma porcentagem de paternidade para si.
Enigmas, serras, ursos... Aquilo estava o enlouquecendo.
Se ele passasse mais tempo lá... Ele iria ficar louco.
Não...
Ele já estava louco.
Noites em claro, seu estado era deplorável, tanto seu físico quanto mental estava abalado. Sua cabeça parecia explodir lentamente de forma dolorosa. Seus braços magros apoiados na escrivaninha, a destra estava no mouse, enquanto a canhota segurava uma lista, onde seus olhos passavam de vez em quando... Os nomes de todos, características, gostos, tudo estava presente, as vezes ele se sentia culpado por estar traindo a todos daquela forma. Mas se lembrava daquele monstro, e sabia que um de seus amigos também estava com aquilo. Sempre que isso vinha à tona, sua cabeça ficava pesada, sua visão desfocava, suas costas doíam. Ah sim, o machucado em suas costas, feito pela criatura, na qual todos confiavam, menos ele e alguns outros, a ferida era um corte de serra, que atravessava seu lado de traz do tronco todo, desde os ombros até o dorso. Mas ele não tinha tempo de se cuidar.
Ele precisava provar para todos quem era o culpado, precisava provar que não estava louco..., Mas agora, nem ele mais sabia se estava louco ou não, já era algo incerto.
O pensamento de que seu filho estava em perigo constante o fazia ter a cabeça latejando, nem cogitava mais levar uma das mãos até ela, pois um simples toque, era como um soco.
Nessa altura do campeonato, ele nem mais piscava, a não ser quando ia lavar seu rosto para se manter acordado.
Estava concentrado, os orbes verdes corriam por toda tela, procurando detalhes, jogou mais algum papel amassado fora, a lata de lixo, já estava cheia, estava transbordando. O carpete estava manchado de sangue, parte do tecido de sua camisa fora jogado em qualquer canto por aí também, a luminária que deveria estar presente na escrivaninha, estava no chão, quebrada.
De repente, olhara para frente.
Vira a entidade branca, alta...
Ouviu o choro de seu filho.
Sua visão vacilou, se levantou num pulo, ou pelo menos tentou, pois logo suas pernas cederam, o fazendo cair no chão. Ouviu a risada psicopata.
Ouviu a serra.
Ele surtou, levou as mãos tremulas aos fios loiros, os orbes azuis já não tinham foco, estavam marejadas, a respiração era irregular, foi rastejando e se escorou na mesa de centro, que estava entre o sofá verde exército e a porta. Assim, soltando um grito agoniado. Não aguentava mais.
"Um minuto de paz... Só isso, eu imploro..." Murmurou, não... Pensou? Nem ele sabia distinguir, porém ele estava aterrorizado. Isso era uma certeza.
Estava sendo observado. Essa era outra certeza.
Nada que é bom dura para sempre. Não, essa ele não tinha certeza, não ainda.
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Espero que tenham gostado, não usarei o "q!" porque acho que fica feio :)
Já digo que não vai ser algo safe nem nada, é minha primeira história e estou aprendendo a mexer aqui no site.
Só isso!
Bye~~
- LK, LizKuga
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Hasta mi ultimo aliento - Guapoduo!
Romance[ ... ] "Hasta mi ultimo aliento, gatinho!" Sorriu reciproco. . . . E então, como um bom marido faria, ele cumpriu a promessa. "Há amores que só podem viver em seu coração, não em sua vida." - Jojo Moyes Não sei o autor do desen...
