Essa história ñ é um romance clichê e muito menos colorida, é a história de uma menina quebrada e perturbada que sofreu traumas por uma vida inteira, sem Familia e perdida.
Nix só queria paz, e pensar que seu passado estava trancado foi seu maior er...
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- Está atrasada senhorita Miller.
- Desculpe senhora Magno não irá se repetir.
A porcaria do meu despertador decidiu não tocar, e estou exatos 18 minutos atrasada no meu primeiro dia do último ano da faculdade, e pra piorar não tomei café, já percebi que meu dia será uma merda, droga de segunda-feira pior dia da semana impossível.
Após o término da aula me dirigi ao refeitório, meu estômago não para de reclamar de fome e minha cabeça não para de doer pelo mesmo motivo.
- NIX - me chama Trina ao me encontrar na fila - Amiga do céu, você viu os alunos novos, são perfeitos.
- Bom dia pra você também Trina, como você está Nix ? A eu estou ótima e você Trina ? - disse sarcasticamente e a mesma virou os olhos.
- Engraçadinha, como foi a primeira aula? - me pergunta enquanto caminhamos para nossa mesa - a minha foi um porre se eu não tivesse esbarrado naquele Deus grego.
- Cheguei atrasada, meu despertador n me acordou, já sabe o que isso significa.
- Você é essa sua paranoia de novo Nix? - Diz Agustina se sentando a mesa - Bom dia meninas.
- Bom dia Tina - dizemos em uníssono.
- Você sabe que sempre acontece alguma coisa quando o despertador não toca, é como se ele estivesse me avisando - além de estar sentindo um pressentimento ruim logo quando acordei.
- Nem adianta tentar mudar o pensamento dela Tina, mudando de assunto, você viu os deuses gregos que entraram aqui na faculdade?
- Eu ouvi dizer que eles já moraram aqui é que conhecem a maioria das pessoas, pelo visto são bem famosos.
E lá estava novamente o pressentimento ruim, é como se estivesse me avisando que a parti de hoje a minha vida iria se tornar um inferno e nada e nem ninguém me salvaria da desgraça.
- Bom meninas, preciso ir, encontro vocês no almoço, beijos - me despeço dirigindo-me a próxima aula.
Ao sair do refeitório acabo me esbarrando em uma menina, ao me virar e desculpar-me encontro um par de olhos verdes bem conhecidos, e me assusto, não pode ser, não é possível que ela esteja aqui, ela foi em bora junto com todos eles, se ela está aqui eles também estão, isso não pode estar acontecendo
- Como vai Nix, quanto tempo - diz Ayla me oferecendo um sorriso amigável - como está ?
- Be-bem - digo gaguejando pelo surto interno em que minha mente se encontra - tenho que ir - digo tentando me afastar
- Até logo - diz a mesma se retirando
Sabia que não era coisa da minha cabeça, o universo me avisou hoje de manhã que tudo daria errado quando o despertador não tocou, minha vida estará acabada se ele estiver aqui, crio um pensamento ilusório de que Ayla criou independência e não vive mais debaixo das asas de seu irmão é decidiu sozinha que era uma boa ideia voltar, sem ele.
Passo o resto da manhã tentando não surtar com o fato de que minha vida pode virar um inferno da noite para o dia e que tudo vai ficar bem, nada de ruim irá me acontecer, repito tantas vezes é tá mim mesma que por um momento eu acreditei.
Após o término das aulas me dirijo ao refeitório, depois do encontro com a Ayla perdi toda ou qualquer vontade que sinto de comer, me dirigi a mesa onde sempre me encontro com as meninas e elas já estavam me esperando
- Não vai comer? - pergunta Trina, nego com a cabeça e a mesma me olha estranho - logo você não vai comer? Você tá bem? - apenas concordo com a cabeça
- Isso não é normal - diz Tina
- Apenas não me sinto bem, então meninas novidades? - pergunto trocando de assunto
- Descobri que os novatos vão dar uma festa nos deveríamos ir - Diz Trina animada
- Quando será? Até agora só conheci um deles, se todos forem gostosos como ele eu estou dentro - diz Tina sorrindo maliciosamente
- Vai ser nesse fim de semana no sábado as 22h
Após Trina responder uma voz grossa que eu reconheceria até morta ressoa atra de mim
- Falando sobre a minha festa gatinhas? - não me atrevi a virar, preferia pensar que era apenas um pesadelo e que eu estava apenas sonhando e que logo acordaria
- Claro que sim - diz Tina sorrindo amigavelmente - meninas esse é o Henrique, fazemos algumas aulas juntos, Henrique essa é a Trina e essa é a - Tina foi interrompido antes de dizer meu nome
- Nix Ernandes Miller, quanto tempo pimentinha - diz Henrique em tom de deboche
Ao olhar para as meninas reparo no espanto presente em seus olhares e em como estão chocadas
- Pimentinha - diz as duas em uníssono
- Henrique Portelos, que desprazer em revê-lo - digo controlando o tom e o olhar de desespero
- A minha querida, sabe que seu problema não é comigo então não me trate como se eu fosse ele - diz com o semblante tão neutro que foi quase impossível lê-lo, se não o conhecesse tão bem, seria impossível dizer o que passa em seu olhar, mas reconheço o tom de recentimento em seu olhar
Sem palavras, apenas me levanto e quando estou recolhendo meu material para me retirar Henrique diz
- Eu disse que ele voltaria, e eu tinha razão - ao olhar para o mesmo ele diz - quer um concelho? Não vá a festa, se for saiba o que lhe espera.
Sem dizer mais nada me retiro do local segurando todas as lágrimas que segurei durante cinco anos, derramando cada uma assim que entro no banheiro, o desespero me bate assim que percebo o que vai me acontecer, que o todo o inferno vai voltar e não terá ninguém pra me segurar desta vez é que estou sozinha mais do que nunca.
Sem cabeça para assistir outra uma decido ir para casa, no estacionamento assim que encontro meu carro, vejo uma pessoa encostado no mesmo ao me aproximar mais um pouco percebo quem é, o dono dos meus pesadelos mais sombrios
