Marília narrando
–Bom dia, pequena! Acorda, já está na hora — escosto meus lábios em sua testa dando um beijo carinhoso.
–Bom dia, Lila! Hora de quê?—ouvir aquela voz de sono dela causava arrepios no meu corpo, era uma das melhores sensações que eu já senti.
–De ir pra casa, o médico te deu alta. —dou um sorriso sincero ao vê-la dar um salto da cama. –Ei! Você ainda precisa tomar cuidado.
As enfermeiras que estavam cuidando dela fizeram todo o processo de retirar os fios que estavam ligado numa máquina. Em poucos minutos estava pronta pra ir pra sua casa.
– Ei!! Minha casa não fica por aqui, você está indo em direção ao seu condomínio. —ela arqueia as sobrancelhas como se esperasse uma resposta.
–Surpresaa!! Você vai ficar uns dias comigo, vou cuidar de você.
...
Há uma semana que a Maiara está comigo em casa. Nesse tempo conseguimos nos resolver e tivemos uma longa conversa sincera. Pontuamos o que queríamos e deixamos claro uma pra outra o que estava nos incomodando. Nesse momento, estamos esperando nossos amigos pra jantar.
—Marília! Maiara! Estamos entrando, por favor não estejam peladas na sala se agarrando. —Essa Maraisa não tem jeito, né?
—Pelada ainda não Isa, só mais tarde! –Entro na brincadeira dela.
Cumprimento todos, e os acompanho até a sala. Ficamos um bom tempo jogando conversa fora, e jantamos.
—Eu não sei tocar muito bem ainda, gente! – O Henrique me entrega o violão.
—Eu não sei tocar de jeito nenhum. –Ouço a Maiara dizer, e só consigo reparar no quão a voz dela é linda quando está com sono.
—A Maiara nem toca, tô de boa. –Todos caem na risada.
—Essa que eu vou cantar agora, é pra um alguém, vamo ver se vocês adivinham pra quem é. – Digo olhando em direção a Maiara, e vejo a confusão em seu rosto. — “ Foi só te ver de novo pra eu perceber
Que o meu coração, só sabe te querer
Bateu uma saudade, uma louca vontade de amar você
Se eu pedir 'cê volta pro meu coração
Pelo amor de Deus não me diga não
Vem que tá na hora 'tá aberta a porta pra você entrar"
—Eu volto, cê sabe que eu volto. – Maiara sussurra em meu ouvido, e nos olhamos. Eu amo o brilho que os olhos dela emite ao se encontrarem com os meus. Transmite amor, tesão, paz, admiração e um mix de sentimentos. Todo mundo que estava a nossa volta percebeu o que estava rolando ali, e a Maraisa tratou logo de fazer graça.
—Esse povo pensa que a gente é burro. Beija logo e parem de fazer cu doce. – Ela levanta e começa um coral de "Beija, beija, beija!". A Maiara não disfarça a vergonha, e seu rosto fica vermelho igual tomate.
—Eu não sabia que a Maiara era tão tímida, o que você fez com essa nanica Marília? –Agora é a vez da Luísa brincar.
...
—Lila, dorme comigo? –E tem como negar?
—Durmo, pequena.
—Posso te perguntar uma coisa? –Ela se senta na cama e me encara. Eu confirmo com a cabeça. —Você ainda sente vontade de me beijar?
Confesso que fui pega de surpresa.
—Bom, sinto...
—E por que não me beija? –Seus olhos agora alternavam entre meus olhos e a minha boca, enquanto passava a língua nos seus chamando a minha atenção para eles.
—Eu não sei se você iria gostar, sabe? Não quero parar invasiva. –A vontade que eu tinha de atacar aquela boca era incontrolável, ela era extremamente atrativa, e eu sentia falta dela na minha.
—Marília, cala a boca e me beija, por favor! –Eu sentia desejo em seu tom de voz. Não exitei nenhum minuto a mais, em questão de segundos juntei os meus lábios nos lábios carnudos e doces da Maiara. Era um beijo apressado, cheio de saudade. A cada suspiro que saia de sua boca, mais eu queria senti-lá. Sensação de borboletas no estômago, corpo quente, coração acelerado...nossa noite estava apenas começando.
Oii, gente! Demorei né?? Mas estou de volta. Um capítulo pequeno pro cês, mas em breve estarei postando mais. Bjoo 💗
