prólogo.

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2008

.......

O peito de giovanna subia e descia, freneticamente. Não podia acreditar em que seus
olhos estavam vendo, suas mãos trêmulas, sentada no chão do seu banheiro recém adquirido. lágrimas importunas desciam por sua bochecha e encontravam os seus lábios, isso não poderia estar acontecendo.

Com o teste de gravidez em mãos Giovanna chorava,
desolada. Descobrir uma gravidez quase que ao mesmo tempo em que o homem que até 2 meses atrás ela acreditava fielmente ser o homem de sua vida se casava com outra mulher a exatamente 8136 km de distância, também grávida dele, era torturante.

Memórias da última vez que se encontram vinham em sua mente.

" O corpo nú de Giovanna repousava no de Alexandre, também nú. Giovanna por cima abraçava o corpo do homem com força, tentando se fundir com o homem abaixo de si. O sorriso em teus lábios revelavam a felicidade da mulher em estar ali, com seu amado.

- Olha coração. - sorriu - Eu não sabia que uma crise de ciúmes te faria tão bem. - passeava a mão por toda a costa nua da mulher, como um gesto de carinho. - você ficou tão inspirada.

- Eu não tava com ciúmes, eu não tenho ciúmes de ninguém, na verdade. - giovanna levantou o corpo, ficando com uma perna de cada lado do quadril do homem, posicionando as mãos no abdômen de Alexandre.

- Ah estava sim - riu, exausto. - Mas fico feliz que você demonstre seu ciúmes fodendo comigo e não fodendo com meu psicológico. - levou as mãos a cintura da mulher. - é bom você ter ciúmes do que é seu mesmo, coração.

Depois disso tudo foi um caos, o telefone de Alexandre começou a tocar sem parar, e a ex de Alexandre do outro lado do telefone teve a pachorra de dizer que estava grávida dele. A mocinha nunca se dá bem mesmo. Com uns papos estranhos dizendo que se ele não se casasse com ela, ele nunca iria ver essa criança, e o otário foi atrás.

Em momento nenhum Alexandre se importou com os sentimentos de giovanna.

Ver o homem de sua vida se casando com outra era pior que qualquer tortura da Idade média, a pior das torturas.

O homem que lhe jurou amor, engraçado, ele se esqueceu rápido desse amor.

Com as mãos tremendo a primeira coisa que pensou foi em enfiar algo que parecesse ser mais mortífera dentro de si, na intenção de arrebatar a vida que crescia dentro de si, afinal, o sonho de ter uma criança sempre foi de Alexandre, não dela. Ela sempre odiou crianças.

As idéias mais loucas de morrer passaram na cabeça de giovanna, encher uma banheira de água e jogar o secador dentro foi umas das primeiras, em homenagem a Tiffany.

Giovanna era uma grande fã da bonequinha loira e gostosa, cujo amava matar pessoas.

Estava prestes a cometer uma loucura quando o telefone tocou, era Alessandra, sua melhor amiga.

- Oi amor da minha vida, adivinha só onde é que eu estou? - Alessandra disse, com um sorriso maléfico em seus lábios.

- Onde você esta Alessandra? - falou, desanimada.

- Nossa que voz triste amor, zero animação.

- Fala logo Alessandra! - alterou o tom de voz, irritada por ter sido tirada de sua auto depreciação.

- nossa bem Nossa agora que você esta aí na Espanha esqueceu os amigos né dona Giovanna. - revirou os olhos. - Eu estou aqui em frente a igreja, onde seu amado esta se casando. - riu - o que você acha de eu invadir o casamento dele com essa puta? - mordeu os lábios.

- Alessandra se você fizer isso pode me esquecer, para todo sempre! - gritou do outro lado do telefone.

- Ai gio, que mau humor! eu quero lhe ajudar e é assim que você me trata?

- Alessandra para de ser louca. - gritava, mais alto ainda.

- Olha gio, a gente tenta te ajudar e você trata a gente mal, brincadeira! - ouviu a voz de sua irmã, Andreia. do outro lado do telefone, incrédula.

- Vocês duas estão loucas, só pode! Vão embora daí agora, andem.

- Ale, deixa ela. essa mal humorada, fala pra ela que eu também não to nem aí pra ela. - Andreia falava, ofendida.

- Eu te ouvi! - Giovanna não esperou uma resposta e desligou o telefone, deixando duas mulheres incrédulas do outro lado do telefone.

Os meses foram se passando, a barriga de Antonelli crescendo e uma giovanna ansiosa aí aparecendo, não que ela já não fosse meio ansiosa, mas só estava piorando aos poucos. Crises existenciais era oque giovanna mais gostava de fazer, seu passatempo favorito quando não estava se matando de trabalhar na empresa em que estava era chorar. Chorar até toda a água que tinha em seu corpo sumir.

Giovanna só ficava mais triste quando se lembrava que a outra... espera, ela era a outra! Que a mulher de Alexandre estava tendo uma vida de princesa, Alexandre devia estar lambendo o chão que a piriguete pisava. Perdia horas do seu dia pensando em como Alexandre estava se saindo como pai, tinha certeza que ele era do tipo pai babão, pai do ano... ficou sabendo que a filhinha dele, sim uma menina, tinha nascido a pouco mais de um mês, o nome da menina era Luana. Cabeludinha pequeninha, parecia um bichinho. Pedia perdão a deus toda vez que se lembrava que desejou muito mal a essa criança quando descobriu que a vagabunda da Jéssica estava grávida, mas a criança era tão linda. Ela não tinha culpa da mãe dela ser uma vaca maldita.

Giovanna nunca citou sua gravidez para ninguém, nem mesmo para os parentes mais próximos. Tinha certeza que se eles soubessem, principalmente Alessandra, ficariam irados, iriam atrás de Alexandre querendo até as cuecas dele.

Mas ela não queria Nada dele, se ele estava feliz com a família de comercial de margarina dele, ela quem não iria interferir.

Alexandre nunca irá saber nem da existência dessa criança.





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