4- Rafe Cameron 2/3 (OBX)

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O plano era terminar tudo em um capítulo, mas não consegui me conter e as coisas passaram um pouco do planejado 😔. Eu preferi dividir, então cá estamos.

Os mesmos avisos do capítulo anterior se aplicam a este aqui.

__________☁️__________Foi ano passado que Rafe enfiou um canudinho no meu peito e começou a sugar os fragmentos de bom senso que compunham o meu caráter, deixando apenas o melhor do pior de mim, extraindo uma versão de mim mesmo que se harmonizava...

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Foi ano passado que Rafe enfiou um canudinho no meu peito e começou a sugar os fragmentos de bom senso que compunham o meu caráter, deixando apenas o melhor do pior de mim, extraindo uma versão de mim mesmo que se harmonizava com a dele, ao mesmo tempo em que era tão reativa e corrosiva.

Somos parecidos, temos o combo do psicológico trincado, com problemas similares que espelham nossas personas. Encontrei nele, alguém que sabe bem como é ter uma cabeça fodida e entende o peso infernal disso.

Mas, no fim das contas, somos um caso perdido; juntos, só fazemos mal um ao outro. Ser parecido nem sempre é um bom sinal, às vezes, a equação de um mais um é igual a 'ele me machuca e eu machuco ele'.

Conheci o lado insano de Rafe após o nosso primeiro beijo. Ele era minha carona para uma festa na praia dos Pogues. Foi um período especial, pois estávamos no último ano do colégio, faltava pouco para a formatura e festejar nunca foi tão gostoso. Após virarmos copos e mais copos de álcool garganta abaixo, foi necessário apenas um olhar mútuo para concretizar o que já estava evidente. A encarada cruzada nos levou até o carro estacionado. A intenção de dar fim ao desejo que assolava a pele, estava fixada em nossas mentes embriagadas.

No banco traseiro, fizemos o carro balançar, transamos como se aquele tempo acalorado fosse o nosso último lapso de luxúria.

O toque intenso de Rafe deixou marcas, infelizmente nem todas foram literais. Olhar para os vergões nas minhas coxas e os roxos no pescoço era o de menos quando minha mente insistia em relembrar das sensações que me assolaram enquanto Rafe coloria minha carne.

Muito antes desse dia, um sentimento avassalador apunhalava meu peito. Minha paixão estúpida foi confirmada naquele domingo de verão festeiro, mas para Rafe, ele estava apenas bêbado.

Na segunda ficada ele estava chapado, na terceira foi por ele não ter achado ninguém, na quarta foi por eu ser o buraco mais próximo e a partir da quinta foda, ele já não tinha mais desculpas para disfarçar seu interesse vicioso em mim.
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— É, tô sim. Sua irmã é boa organizando festas e JJ é uma ótima companhia. – meu tom apático maqueia a mágoa raivosa que faz meu interior borbulhar. Encaro Rafe com indiferença, enfrentando seu olhar determinado que batalha contra meu disfarce de quem não quer nada. — Agora, se me der licença, vou voltar a me divertir. – elevo a voz no "voltar", insinuando que com Rafe, qualquer bom sentimento é substituído pelo oposto extremo.

Imagines - H o t | male readerOnde histórias criam vida. Descubra agora