~Capítulo 1~

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 Meu nome é Lee Kim-hyun, tenho 19 anos. Desde que me lembro, eu e meus pais não temos uma convivência boa e a pouca convivência que tínhamos piorou quando me assumi gay. Meus pais sempre quiseram controlar minha vida, com quem eu iria me casar, que faculdade eu faria ou até o trabalho que eu teria. Com 17 anos, eu consegui sair de casa, eu e meu pai brigamos naquele dia e minha mãe não fez nada. Depois daquele dia, meu pai não falou comigo, nem uma mensagem ou ligação... nada, minha mãe mantinha um mínimo contato comigo, para ela, uma ligação por semana era o bastante pelo menos para saber se eu estava vivo.

Depois de uma semana, minha tia ficou sabendo do acontecido com meus pais e eu, então começou a mandar uma boa contia de dinheiro por mês. Após um mês, eu entrei na faculdade que eu queria, arquitetura, o apartamento que eu tinha era confortável e assim por dizer bonito. Minha tia não podia ter filhos, então, quando nasci, ela se responsabilizou de me criar, já que minha mãe estava ocupada cuidando de si mesma. Minha tia nunca se importou com minha sexualidade, ela foi a única que me apoiou. Um dia, minha mãe e minha tia brigaram, e no mesmo dia, minha tia foi embora da nossa casa, então eu e minha tia tentamos manter o máximo de contato possível, porque até isso minha mãe tentou cortar.

Na faculdade, fiz dois amigos, Kwan Woongyn e Bin Seo-yun. Em menos de dois meses, viramos melhores amigos, eles sempre foram festeiros, engraçados e um pouco estranhos no olhar de outras pessoas, mas nunca me importei, os dois cresceram juntos. Desde que viramos amigos, eles sempre me apoiaram, até mesmo nas maiores burradas que já fiz. Eles viraram meu porto seguro. Como eu sempre estava lá por eles, eles também estavam lá por mim.

[𝟎𝟖:𝟎𝟐]

Atrasado! Estou simplesmente atrasado para a primeira semana de aula depois das férias, ótimo e, para piorar minha situação, Woon falou que a nossa primeira aula é com a professora mais rígida da faculdade e ela simplesmente detesta atrasos.

Peguei minha mochila e as chaves e saí trancando a porta do meu apartamento, indo em direção ao meu carro. Chegando na porta da minha sala, suspirei fundo e, antes de abrir aquela porta, pensei em uma boa desculpa para o meu atraso. Fechei meus olhos com força e mordi meu lábio inferior, colocando minha mão na maçaneta e abrindo a porta.

Ao abrir a porta da sala, o som das conversas cessou abruptamente, e todos os olhares se voltaram na minha direção. Por um momento, o silêncio foi ensurdecedor, e pude sentir o peso dos olhares curiosos e julgadores sobre mim. A professora pausou sua fala e o tempo pareceu congelar quanto eu senti seu olhar furioso me fuzilando enquanto eu buscava com meus olhos desesperadamente por um lugar vazio entre as fileiras de carteiras, minha vontade era de correr e sentar no primeiro lugar que eu visse e fingir que nada aconteceu, porém, isso era impossível e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ouvi sua voz ecoar pela sala silenciosa.

— Está atrasado! Você é novo aqui por acaso, Sr.Lee? — Ela diz, olhando para mim com fúria por atrapalhar sua aula — Presumo que não, então deveria estar ciente de que não tolerarei atrasos como nunca tolerei!

— Me desculpe, essa será a primeira e última vez...— Falo quase em um sussurro, por causa dos olhares direcionados a mim

— Como nunca tive problemas com você, deixarei essa passar, mas lembre-se de que se voltar a acontecer, nem entre em minha aula, agora sente-se em um lugar, já atrapalhou minha aula o suficiente.

Vejo Woon rapidamente e vou em sua direção, já que o mesmo guardou um lugar para mim em sua frente. Está tudo calmo e silencioso, até porque quem iria se atrever a falar na aula da professora mais rígida da faculdade?

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⏰ Última atualização: Aug 27, 2024 ⏰

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𝐓𝐡𝐞 𝐛𝐥𝐢𝐧𝐝 𝐬𝐩𝐨𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora