Capítulo 3: Lírio

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Voltando devagarzinho. Mais difícil do que eu imaginava. Tenho só a agradecer pelo apoio!

Devido ao seu formato fálico, o lírio é muito conhecido como a flor do erotismo e da sexualidade.

Boa leitura. ❤️

Jimin

Hyungwon contava alguma história sobre alguma viagem que havia feito no verão passado, na qual eu deveria estar prestando atenção e concordando sobre como ele era ousado em suas aventuras ou elogiando seu bronze. Eu olhava em seus olhos enquanto ele me abraçava pela cintura e estávamos encostados na porta da pick-up de Jessie. Ele era popular, bonito, cheirava bem e era um interesse meu. Mas naquele dia, nada conseguia limpar meus pensamentos do choro baixo que vinha do quarto de Jungkook, do cheiro amargo que se misturava com a sua essência e pelo fato dele não ter aparecido no gramado do campus cercado pelos seus amigos hoje.

Jungkook sempre estava lá com os amigos, apesar de ter chegado a pouco, já tinha feito seu próprio grupo.

– Hey, baby. Você não prestou atenção em nada que eu disse. – Hyungwon diz com um bico chateado, passando a mão suavemente sobre o meu rosto. Ele era carinhoso, um lado de Hyungwon que ninguém conhecia pela popularidade que ele tinha. Eu suspiro apertando meus olhos com força, sinto que deveria fazer algo urgentemente e nem sei porque tenho essa urgência dentro de mim.

– Desculpe-me. Eu não dormi direito essa noite. – E realmente não dormi. O quarto de Jungkook era ao lado do meu e eu pude ouvi-lo resmungando a noite toda. Nos poucos períodos em que ele parecia dormir, acordava logo com a respiração ofegante. É bem essa noite meus sentidos pareciam mais aguçados do que nunca. O olfato estava quase me dando nojo e meu ouvido... minha cabeça parecia que ia explodir com qualquer barulho.

– Hm... percebi pelas suas olheiras. Quer conversar sobre isso?

– Não é nada demais... – Sorrio e o puxo pela cintura, tentando me distrair da minha própria cabeça que gritava: Jungkook, Jungkook, Jungkook.

– Vamos naquele restaurante que você havia prometido semana passada?

Por um segundo meu cérebro entra em colapso e eu não consigo processar o que Hyungwon queria dizer. Fico com raiva de mim mesmo, há meses eu estou tentando conquistá-lo e bem agora que ele está abrindo uma brecha... minha cabeça não consegue pensar em outra coisa.

– Sim, claro!

– Jimin... – Ele nota que eu havia esquecido.

– Desculpe-me, eu acho que estou preocupado com o trabalho de amanhã, não estou nem na metade... — É lógico que a desculpa não cola. Ele revira os olhos.

– Ji, quem que se preocupa com trabalhos e faculdade? – Ele zoa comigo. Eu sei que a turma dele não está nem ai com o desempenho da escola, mas eu me importava... pelo menos um pouco.

– Wonie, eu preciso ir, não estou muito bem hoje, desculpe-me mais uma vez. — Deixo um beijo em sua testa e saio às pressas, seguindo em direção a nossa república, sentindo uma urgência enorme em meu peito. Saio xingando o enorme movimento no trânsito, os faróis que pareciam demorar 5 anos para mudarem de cor e, até mesmo a pobre senhora que tinha dificuldades em atravessar a faixa de pedestres.

Mal puxo o freio de mão, e, como se meus pés tivessem vida própria, vou em direção ao quarto de Jungkook por instinto, então abro a porta sem sequer bater.

Um ômega em processo de sofrimento intenso era definitivamente a coisa mais assustadora de se ver, primeiro porque o cheiro se modificava e se intensificava de uma maneira que queimava minhas vias aéreas, como se quisesse me lembrar a cada respiração de que era errado um ômega sofrendo. Ômegas eram independentes, sempre foram, mas quando decidiam doar parte de si para outro alguém - principalmente alguém que amava muito - sempre aumentava o sofrimento quando o sentimento de abandono persistia.

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⏰ Última atualização: Jun 22, 2023 ⏰

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