Um lugar desconhecido

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A temperatura está mais fria que o normal, essa época de inverno é sempre o pior, principalmente quando seu Estado é um dos mais friorentos do Brasil. Já são 16 horas da tarde e por sorte toda a chuva que estava tendo desde o começo do dia já passou.

Elia caminha em passos curtos em direção as casas mais afastadas do bairro, a paisagem úmida e bonançosa a faz ficar calma consigo mesma. Com uma blusa de lã preta, calça legging, um sobretudo vermelho carmim e uma bota de cano curto, ela encontra-se perto de um bosque, muitas pessoas vinham para passear, brincar e fazer piquenique, mas com o tempo chuvoso ninguém parava para ir àquele lugar.

Conhecia uma senhora de 71 anos que morava por lá, ansiava encontra-la bem. Sua casa grande de madeira preta, rustica e alguns vasos de cerâmicas na porta de entrada se destacavam, era a única moradia naquele local. Os parentes da senhora moram no Rio de Janeiro tristemente eles nunca se importavam em ir lhe visitar, sendo a menina de cabelos ruivos acobreados sua principal diversão.

- Uma bela tarde, não é sra. Aline!? - Comentou Elia logo após de ser recebida com um longo e caloroso abraço da mais velha.

- Claro minha querida - A mulher de cabelos brancos e com um sorriso largo, intrigou depois de ter induzido a jovem a entrar em sua residência e se amparar no sofá de couro um pouco surrado.

- Não consegui vir aqui antes por conta das chuvas, mas gostaria de saber como está.

- Estou indo na medida do possível minha filha. Toda vez que te vejo eu fico mais feliz, você sabe que sou sozinha. - Respondeu a dona da casa. Com um deslumbre ignóbil, porém com um sutil sorriso, o que foi de partir o coração!

Depois de 2 horas conversando, Elia precisou ir para casa, como o sol já tinha ido embora e a lua já se encontrava no céu. No meio do caminho perdida em seus pensamentos viu-se em um ambiente desconhecido, cujo as árvores são escuras, e o ambiente gelado.

Depois de andar por muito tempo, ela decidiu parar para descansar, contudo estava rodeada de lama, o que cogitou em continuar andando. Nunca esteve naquela parte, pois pensava que todo o parque era fechado.

Não sabia por quanto tempo estava por lá, nem percebeu que tropeçou em algo grande e com um formato oval, a cor do mesmo era preto, depois de se levantar do susto, se deu conta que nunca o tinha visto antes. Ao perceber que não era um simples animal que abitava dentro daquela esfera, ou se algum bicho já esteve ali dentro, ficou atordoada se deferia o levar consigo, pois sabia do risco e a dor de cabeça que aquilo lhe causaria futuramente.  

Não queria se desfazer do que encontrou, então posteriormente o segurou com a sua mão direita e seguiu adiante.

A garota sentia sua barriga fazer barulhos estranhos que a incomodava, sua pele fria quase congelando, seu corpo necessitava de um lugar macio para repousar. A adolescente se aconchegou em cima de um pequeno monte de folhas secas, se cobrindo com seu sobretudo, e abraçando o desconhecido.

Já no mundo de Morfeu, a mesma não percebeu que se encontrava de manhã e na hora de achar o caminho de casa. Após acordar com o sol raiando, suor em sua testa, batidas de seu coração falhando e acelerado, dor por toda extremidade de seu abdômen, encontrou-se de pé, buscando equilíbrio e forças para continuar em frente.

Andou e andou... A que custo? É como se estivesse andando em círculos. Olhou para cima, e percebeu que se encontrava molhada, como a vida poderia ser tão injusta consigo!?

Perguntava-se se sua mãe sentia saudades e se estava a sua procura. Sem esperança, sem fé, apenas com seu medo interior, pairou sobre o chão mais uma vez, já sem forças para ficar em pé. Sentiu algo quente e tivera total certeza que não era ela, estava caindo outra nevasca de chuva, quando se deu de conta ovo no qual segurava estava em uma temperatura de no mínimo 25°C.

Como era possível? E mesmo com toda quentura que se sentia não lhe causava nenhum tipo de desconforto ou dor. O que consequentemente é de uma total estranhe-se. Ele dava índice de pegar fogo a qualquer momento de tão quente que se encontrava, mas o calor foi essencial para Elia ficar aquecida com a chuva que ocorria sem previa de estiada. Tudo que se passava em sua mente era sobre o que fazer a diante.

Frio; medo; angustia; solidão; desespero.

Sem noção de quanto tempo estava por lá, que horas eram, se estavam a sua procura, quanto tempo passou sem comer e o que aconteceria se ela aparecesse com esse ovo, até então totalmente desconhecido e de um tipo jamais visto.

Avistou-se luzes, especialmente luzes de lanterna atrás de algumas árvores, isso foi de tamanha satisfação e esperança para a garota. Quando se deu de conta, tinha 4 policias em sua frente, a sua procura. 

- Achamos ela delegado. – Um dos homens no qual segura um cachorro de porte médio, da raça pastor alemão pronuncia vendo quem procurava.

Um deles segurou a menina desaparecida quando viu que ela iria cair no chão úmido e molhado.

Passaram-se duas horas depois que foi achada. Agora sentada em sua cama, segurando seu ovo, ao lado de sua mãe, e respondendo perguntas de homens completamente fardados, os quais faziam perguntas sobre aquilo que segurava. Sem prestar atenção, falou para sua mãe que precisava descansar, disse para os homens que responderia tudo depois, assim foi feito.

Depois de passar 17horas naquele lugar horrendo e sem uma alimentação adequada, se certificou de comer o que tinha direito, sempre vigiada e acompanhada de sua mãe que não a deixava sozinha nem por um minuto.

- Tenho uma surpresa para você. – Emma disse indo em direção a porta.

- Não brinca, que bom que vieram, senti muita saudade de vocês. – A ruiva respondeu, se levantando de sua cama e abraçando seus amigos.

- Garota que bom que você está bem, você não sabe o susto que deu na gente. – Cintia uma adolescente de pele morena, cabelos pretos, olhos verdes e uma aparência angélica articulou abraçando mais ainda aquela que considera sua irmã.

- Pois é, você deixou a gente muito aflitos. – Quem se pronunciou dessa vez foi Alan, no qual tem pele branca, cabelos pretos, olhos castanhos, ele usa um óculo de grau de formato quadrado da cor preta, isso o faz parecer com 20 anos, apesar de só ter 18 anos, sendo o mais velho do quarteto.

- Como você está? Você deve ter passado por várias coisas esses 2 dias, e o que é esse ovo aí? - Cheio de perguntas e muito afoito João de cor negra, cabelos pretos e olhos castanho claro não deixou de notar o que tinha na cama de sua amiga.

Depois de conversarem, e Elia explicar tudo o que houve eles pedem permissão aos seus pais para passar o dia, e dormir na casa da ruiva, no qual obtiveram respostas positivas, pediram que trouxessem roupas, pois não seria de bom tom ficar dois dias com as mesmas vestimentas. Sem se preocupar com a escola já que será domingo no dia seguinte, os 4 resolveram assistir a toda a trilogia de Harry Potter, isso resultou em terminar de assistir as 02:19.

Quando o relógio bateu 12h, os adolescentes muito sonolentos resolveram sair com muito tédio e sem nada para fazer, andando pensaram em ir a floresta que a amiga desaparecida estava, queriam ver se encontravam alguma coisa em relação ao ovo.

- Gente não acho que seja uma boa ideia, podemos acabar nos perdendo também. - Com medo Cintia os alertou.

- Relaxa! está tudo sobre controle, só vamos dar uma olhada ao redor. - João a acalmou, mas não tirou a razão da mais nova do grupo.

Depois de olharem por todo o local não encontraram mais nada, quando a barriga deu sinal de que não ingeriram o almoço ainda, resolveram ir embora para voltar outro dia, e acompanhados.


Olá, espero que todos estejam bem!

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⏰ Última atualização: Jul 28, 2023 ⏰

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