𝐊𝐈𝐒𝐒 𝐈𝐓 𝐁𝐄𝐓𝐓𝐄𝐑 - 𝑔. 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠𝑐𝑎𝑒𝑡𝑎

•one•

•catarina•

— Por que estamos aqui mesmo? — ouço Laura perguntar pela trigésima vez.

— Emanuelle disse que tem novidades. — respondo e pego minha taça de vinho, que já está quase no fim.

Estávamos em um restaurante italiano bem famoso no Rio a convite de Emanuelle, segundo ela, hoje era uma noite perfeita para comemorar. Eu já estava ficando sem paciência, o jantar estava quase no fim e a manu ainda não abriu a boca pra falar.

— Vocês são muito apressadas. — diz manu. — A pressa não vai levar vocês a lugar nenhum.

— Na verdade, vai sim. —diz Natália, que foi a primeira a reclamar da demora. — Ainda tenho outro compromisso quando sair daqui.

— Outro compromisso da Naty se chama Vitrinni — digo e as outras duas caem na risada.

— As vezes acho que Natália está escondendo algum peguete dela nessa boate — comenta Laura.

— Com amigas como vocês, não preciso nem de inimigas — nat parecia realmente querer se livrar desse jantar. — Pode adiantar logo essa notícia Emanuelle?

Nós três encaramos ela que parecia querer nos matar de curiosidade com o segredo dela. Eu só espero que ela não diga que está grávida , sou muito nova pra ser tia.

— É o seguinte, lembra que eu recebi uma proposta de trabalho em um clube de futebol? — nós três assentimos, ela realmente comentou sobre isso. — Eu consegui o trabalho, vou ser a nova fisioterapeuta do Flamengo!!

Laura foi a primeira a ter reação, ela era uma rubro-negra doente, as duas começaram a gritar e num estante viramos a atração do restaurante. Natália apenas congratulou, mas de uma forma sútil, eu ainda estava digerindo a informação, quer dizer, eu estava feliz, mas ela precisava só ter enviado uma mensagem, ao invés disso ela marcou um jantar.

— Você não vai dizer nada? — questiona Emanuelle.

— Uhul, parabéns manu.

— Nossa que sem graça, Catarina. — diz Laura que fez uma careta com a minha reação.

— Não que eu não esteja feliz, você merece manu, e muito — digo e a mesma sorri com meu comentário. — Mas precisava mesmo vir até o restaurante pra você contar?

— As definições de amigas ingratas foram atualizadas — diz Natália e eu apenas respondo com o dedo do meio.

— Catarina é uma jovem com alma de velho.

Preciso urgentemente rever as minhas amizades. As três ficaram rindo e tirando sarro de mim até a chegada da sobremesa. Quando nos reuníamos, sempre ficávamos tirando sarro uma com a outra, era incrível e continuávamos amigas.

— Bom, o papo tá ótimo — diz Natália se levantando enquanto checava o celular. — Mas para a tristeza de vocês, eu preciso ir.

— Já vai encontrar o boy, né menina?

— Catarina, gostaria que com todo o carinho do mundo e meu amor, você fosse se fuder. — ela diz com deboche em sua fala.

— Eu também te amo Natália.

Ela se despede de nós com um beijo em cada uma. É muito engraçado como nossas personalidades não tem nada haver uma com a outra, mas a gente se dar super bem.

Eu era a reclamona e ao mesmo tempo a cachaceira do grupo, sempre uma pulga atrás da orelha, Natália como se pode imaginar era a festeira, era Vitrinni quase todos os dias. Emanuelle era tipo a mãe do grupo, sempre preocupada e cuidando da gente, Laura era nossa psicóloga, tinha sempre os melhores conselhos e sempre jogava a verdade na nossa cara.

Eu conheceu Natália ainda no ensino médio, ela que cuidou de mim no meu primeiro porre sem ao menos saber quem eu era, e desde então somos amigas. Já Laura e Emanuelle, eu conheci na faculdade. Eu cursava fotografia, Laura moda e Manu fisioterapia. Foi numa festa no campus que nós três nos esbarramos e ficamos em uma conversa ali mesmo.

Natália ficou muito enciumada, porque eu estava andando muito com as meninas e deixando ela de lado. Natália era modelo, foi descoberta por um olheiro ainda na escola e não fez nenhuma faculdade. Então, chamei manu e Laura pra sairem comigo e naty, no início ela ainda tava com um pé atrás, mas logo simpatizou com as garotas e assim nosso quarteto começou.

— Quem será que Natália tá pegando? — pergunta Laura depois de um tempo em silêncio.

— Isso vai ser difícil de descobrir. — digo e as duas me olham sem entender. — Natália não é de manter relação estável com alguém.

— Mas será mesmo? Ultimamente ela só vive rindo sozinha olhando pro celular. — conclui manu, ela era boa em observar as coisas.

— Fudeu. — falamos às três juntas.

Terminamos a sobremesa e pagamos a conta. As meninas já estavam me esperando no estacionamento, mas eu parei antes no banheiro, estava muito apertada. Sai do restaurante e fui em direção ao estacionamento, estava distraída tirando a chave do carro da minha bolsa, que não percebi alguém vindo na minha direção.

Todas as coisas da minha bolsa caíram no chão. As chaves, minhas maquiagens, meu celular é minha carteira. A pessoa me ajudou a pegar tudo do chão, pelo menos isso. Levantei meu olhar e vi um homem moreno, rosto bonito, parecendo realmente estar preocupado com minhas coisas.

— Desculpas, moça. — falou o cara com um sotaque engraçado

— Vamos logo giorgian. — disse uma mulher morena e alta, que parecia irritada.

— Bom, desculpas novamente. — ele desculpou mais uma vez e foi em direção a mulher.

Neguei com a cabeça sem entender nada do que acabou de acontecer. Olhei para frente e minhas amigas estavam com uma cara estranha, pareciam não acreditar no que viram.

— Por que vocês estão assim?

— Você sabe em quem acabou de esbarrar? — Laura pergunta e eu nego.

— Giorgian de arrascaeta. — diz Laura e eu continuo sem entender.

— E?

— E você trombou com o meia do Flamengo. — fala como se fosse óbvio.

— Nunca ouvir falar.

— Aí Catarina, eu desisto de você, — diz Emanuelle entrando no carro

Eu realmente não fazia ideia de quem fosse quele cara. Enfim, não é como se fosse mudar algo na minha vida.

➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱ ➱

oii amores, primeiro capítulo da fic nova!

espero que vocês gostem! até mais.🫶🏻