Jᴀᴄᴋ Cʜᴀᴍᴘɪᴏɴ; ʟɪᴋᴇ ᴜs

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... Se eu pudesse ou mesmo conseguisse dizer tudo que guardo em minha mente e as palavras que quase escapam pelos meus lábios quando te vejo, seu sorriso e o jeito que seu cabelo se movimenta quando o vento assopra contra ele, tatuado em minha mente o calor de sua pele e o jeito que você fica tímida quando te encaro por alguns segundos, como eu poderia superar?...

Já se passaram 10 minutos que Thomas e Romeo simplesmente decidiram opinar sobre a minha falta de coragem em alguns momentos que estive com a jovem morena da mesma idade que eu.

— Laurie deve ser um tipo de feiticeira ou algo do tipo, já que o nosso amigão simplesmente parece "hipnotizado" quando está com ela. — Os movimentos dos dedos de Thomas ao dizer a palavra fez com que, Romeo soltasse uma gargalhada. Os dois de pé em minha frente e eu deitado na cama da beliche que ambos dividiam, passei as mãos em meus fios suspirando fundo, me arrependendo de ter contado os eventos do dia anterior, eu só queria que aquela conversa se encerrasse.

— Vocês poderiam deixar de ser idiotas? Ela é minha amiga e me vê somente como isso. —Acrescentei sentando na cama encarando minhas mãos que agora estavam entrelaçadas uma na outra. — Queriam que eu fizesse algo estúpido capaz de estragar tudo? — Encarei os dois que me lançaram um olhar inconformado com as palavras que eu disse.

—Qual é irmão, olhe para você! —Romeo apontou e Thomas seguiu o seu movimento com o olhar. —Com todos esses músculos, impossível ela resistir.
E a sessão de risadas continuou, eu com certeza era uma piada para esses dois.

—Já chega! Eu preciso devolver a bicicleta para ela... — Me levantei e o garoto ruivo me interrompeu, parando em minha frente e se aproximando dando leves tapas em meu ombro. — Você sabe o que precisa fazer Jack, converse com ela e conte o que você sente, tenho certeza que ela vai compreender. — Ele disse na tentativa de me tranquilizar, revirei meus olhos como resposta e ambos sorriram, me despedi dos dois e deixei o local, desci as escadas e pude ver o objeto no corredor. Segurei o empurrando até que chegasse na rua para assim pedalar ao destino da casa dela.

[...]

Enquanto eu pedalava pelas ruas, observando cada acontecimento ao redor comecei a pensar sobre o que meus amigos tanto falavam, poderia sim ser uma boa opção dizer para Laurie os meus verdadeiros sentimentos por ela, mas o medo que me assombrava no peito em relação a poder estragar tudo que tínhamos, nossa amizade e só de cogitar um dia não poder olhar em seus olhos se eu fizesse uma grande merda, me deixava mais nervoso e paranoico.

Ela era tão linda e o fato de ser única, me deixava insano... mesmo quando ela fazia as caretas de dor enquanto seu pequeno machucado sangrava continuava com a mesma doçura e inocência em seu rosto, quando ela tentava disfarçar seus olhos lacrimejando quando a personagem lia seu poema em 10 Coisas que Eu Odeio em Você, e como seu nariz se curvava delicadamente quando ela cantava a tal música da Taylor Swift a caminho da sorveteria. O desenho dos lábios que tinham sua cor chamativa naturalmente me faziam imaginar o tempo todo como seria sentir eles. Minha mente eternizou o abraço de despedida e as mensagens que trocamos antes de dormir.

Afastei os pensamentos enquanto já podia avistar a rua em que ela morava, encostei a bicicleta próxima à calçada e digitei uma mensagem para a garota, avisando a mesma que já estava próximo de sua residência. Meu celular marcava 09:20. O sol brilhando acima de mim me deu a ideia de convidar a garota para outro passeio, confirmando a mim mesmo que: quanto mais eu ficava perto dela mais meu corpo desejava sentir sua presença, não importava em qual lugar ou em que momento.

Mais alguns minutos com a bicicleta e já estava na esquina de sua casa, consegui avistar duas garotas e isso me deixou curioso... Um pouco mais perto e já consegui identificar ela e seus fios ondulados, mas o que me deixou mais surpreso era quem acompanhava ela, aquela seria... Alicia?