Segredinhos

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Kim Taeyeon empurrou a porta, já deslizando suas grandes unhas pela chave, trancando a sala para qual havia levado Tzuyu e Sana. Não havia tempo para perder, segundo ela. Tanto que apontou imediatamente para as mesas, exigindo que as duas garotas fossem até elas e se sentassem como duas boas alunas.

— Coloquem sobre a mesa o celular de vocês. Agora!

— É sério?

— Vou precisar desenhar, Srta. Chou?

— Coloca logo, Tzuyu! — Sana a advertiu.

Taeyeon caminhou impaciente até elas, já passando suas mãos sobre os aparelhos, deixando-os próximos à sua luxuosa bolsa sobre a mesa dos professores. Dali, encarou Sana e Tzuyu, ainda perdidas sobre o que de fato estavam fazendo sozinhas com ela.

— Estou aqui por um único motivo — Taeyeon garantiu. — Eu quero a verdade!

— Onde Park Jihyo se mete quando realmente precisamos do nariz intrometido dela? — Tzuyu perguntou em um sussurro. — Cadê a porcaria do flash, cadê a obcecada da Myoui e cadê as trezentas pessoas gritando nossos nomes? Que droga!

— Provavelmente espalhando mais mentiras sobre nós.

A mulher bateu as mãos sobre a mesa, encarando as duas garotas sentadas à frente, cochichando em segredo. Ao que tudo indicava, ficariam naquele interrogatório bizarro e totalmente desnecessário por um bom tempo. E certamente, nenhuma das duas ousaria levantar-se e ir embora diante de uma Kim Taeyeon surtada pela "verdade" dos fatos.

— Nós já dissemos o que aconteceu. Sana e eu não temos nada. Ela é uma pessoa qualquer que decidiu contratar meu serviço no dia da exposição. Qual a dificuldade de acreditar que eu posso vender algo interessante? — Tzuyu indagou, com uma feição de poucos amigos. — Lá no fundo, eu sou uma boa aluna e sei aplicar o que aprendi nas aulas.

— Não me venha com esse papinho de boa aluna. Essa não é a verdade, eu sinto.

— Você é sensitiva agora? — a Chou debateu. — Olha, a Minatozaki e eu não namoramos. Ela nunca me ajudaria com um trabalho. A verdade é que ela me odeia. Vamos, Sana, diga a essa mulher que você me odeia.

— Eu odeio a Tzuyu. Ela não vale nada.

— Viu? Agora pode nos deixar em paz?

— Eu tenho mais o que fazer, Sra. Kim, com todo respeito — Sana sussurrou.

— Vocês realmente acham que eu sou idiota, não é? — Taeyeon rosnou. — Pensam que são espertinhas demais. Andando por aí, enganando pessoas, dando golpes, mentindo.

— Golpe é só com a Tzuyu mesmo. Sinto decepcionar, professora.

— Calada! — Taeyeon voltou a bater as mãos sobre a mesa. — Vocês duas só saem daqui quando confessarem tudo.

— Eu juro, dez horas conversando com Park Jihyo seria uma tortura mais agradável — a Chou resmungou para Sana. — Essa mulher consegue ser mais louca que a fofoqueira compulsiva.

Sana assentiu, e logo viram Taeyeon caminhar furiosa até o quadro, puxando a caneta com agressividade, já escrevendo ali uma pequena e sugestiva afirmação.

Não devo mentir para meus superiores!

A mais velha virou-se em direção às garotas, em seguida, apontou para Tzuyu, ordenando que fosse até o quadro. A Chou levantou-se, embora quisesse caminhar em direção à porta e deixar a louca falando sozinha. Na verdade, planejou aquela cena algumas milhares de vezes enquanto ela resmungava seus insultos.

— Você vai fazer o que eu ordenar a partir de agora. — Taeyeon deslizou seus dedos pelo ombro da Chou, direcionando-a ao quadro. — Vai escrever esta frase até sua mão cair, a menos que seu projeto de namorada conte a verdade. A escolha é dela.

Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]Onde histórias criam vida. Descubra agora