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Forks, Washington. 10:15 PM; Sunday.
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A Lupercália era uma festa pastoral da Roma Antiga celebrada anualmente no dia 15 de novembro para purificar a cidade, promovendo a saúde e fertilidade. Lupercalia também era conhecida como dies Februatus, em homenagem aos instrumentos de purificação chamados februa, a base para o mês chamado Februarius - Fevereiro .
Como a base sendo a purificação da cidade, a Lupercália era feita para purificar e exorcizar os perímetros de espíritos malignos e seres tidos como hostis.
Fato era que a Lupercália era algo hostil e nada civilizado, pessoas se vestiam com peles de animais e batiam em qualquer pessoa que encontrassem na rua como maneira de "purificação".
Na vida adulta, os celebrantes comiam carne crua. E não era apenas carne animal. Um menino, um jovem, sempre era sacrificado, e um pequeno pedaço de sua carne era misturado com a carne dos animais do banquete. Muitos afirmavam que quem inserisse um pedaço da carne se tornaria lobo por um período de nove anos, e que só retornaria a ser humano se durante nove anos não comesse carne humana novamente.
Aos olhos dos romanos comer carne humana era algo profano, uma violação profunda, e isso poderia ser visto como uma questão crítica. Pois ao comer o menino, eles se tornam algo proibido, e esse pode ser o momento perfeito para transição de garoto para homem.
Em certo ponto, a Família Walker adorava assustar os Greco-romanos aparecendo com sua forma animalesca, era até fatídico ver os olhos arregalados ao se deparar com lobos gigantes. Entretanto, era perigoso aos olhos humanos se deparar com um ser sobrenatural, o dobro de cuidado sempre era tomado.
A filha mais velha da família, era tida como a mais centrada e organizada. Madelyn era alguém atraente aos olhos humanos e animalescos, seja em sua forma de Vampira ou em sua forma de loba. Os curtos fios acastanhados e os olhos em um tom âmbar davam um charme absurdo para a mulher, no auge dos seus setecentos e quinze anos, Maddy parecia ter parado na casa dos seus dezenove.
Maddy gostaria de admitir que amava ver o pavor nos olhos daqueles homens altamente religiosos, a maneira como eles pareciam suplicar por suas vidas miseráveis, a cobiça pela garota latina parecia aumentar enquanto a vida deles desaparecia diante de seus olhos. A Lupercália poderia ser uma maneira de purificar as almas daqueles que a igreja afirmava serem sujos. Uma grande mentira, era apenas uma maneira de derramar sangue inocente com a desculpa de que era por um bem maior.
Os olhos amendoados da mulher estavam focados na pequena lua acinzentada enquanto uma leve brisa sacudia seus fios soltos, tudo parecia estranhamente quieto diante de seus olhos. Um bufo frustrado escapou dos lábios pintados por um batom vermelho, quando ela notou o garoto de cabelos castanhos aparecendo entre as árvores. A grande varanda situada nas matas de Forks dava uma bela visão para Maddy.
— Você deveria ver a vista na cachoeira. — Tyler proferiu vendo ela apenas acenar enquanto Charlotte entrava na sala.
— Imagino que seja boa, mas não estou com cabeça para fazer isso. — Maddy respondeu apoiando a cabeça no estofado da cadeira.
— Ainda pensando sobre aquela visão que a mamãe teve? — Charlotte indagou vendo a latina concordar. — Maddy, você sabe que as visões podem não serem exatas.
— Sim, eu sei. Porém é meio frustrante ter o destino entrelaçado por conta de um maldita maldição Vampira. Eu só não quero me prender a algo ou alguém por conta disso. — Explicou. — Tomem cuidado durante a madrugada, soube que alguns lobos estão se esgueirando por aqui.
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