PT.3 - En(fim), boiolas

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AVISO: esse cap é descrito da visão do Luan e não terá lemon/hot. obg por esperarem a att!

Boa leitura! ─ ✰

Hm... Como faço pra explicar quando foi que eu comecei – exatamente – a gostar do Rafael dos Santos?

Bom, talvez, por quando o conheci.

A infância foi a parte mais animada da minha vida, sem sombra de dúvidas. E Rafael estava presente desde lá, talvez fosse por isso que eu associava tanto ele a coisas boas.

E bem, pra completar o combo de ouro, eu o conheci no meu aniversário de 8 aninhos.

Ele era muito divertido, as outras crianças só queriam brincar com ele e os pais estavam encantados com aquele menino tão esperto e engraçado. Desde sempre, ele, Rafael dos Santos, o carioca mais malandro que eu conheço! Ele sempre foi uma comédia, parecia até que o mesmo era o aniversariante e não eu. Mas não tive tempo de sentir inveja, porque o pai dele me deu um presente especial naquele dia, e foi o próprio Rafael que me entregou.

Naquela época, em todos os meus aniversários eu fazia várias festas e muitos filhos de amigos dos meus pais eram convidados também. Eu lembro que ganhava brinquedos e estragava eles na mesma noite, porque não tinha preocupação em não ganhar outro igualzinho no dia seguinte.

Mas... Aquele presente era diferente.

Era um Bakugan branco com listras rosas e azuis. Era tão simples, mas o Rafael cuidou dele a festa inteira para que ninguém o quebrasse. Afinal, nem eu ou as outras crianças tínhamos noção do que era zelo e cuidado vindo de alguém que nunca teve muito. Mas ele me mostrou isso, foi tão atencioso e fofo que eu fiquei platonicamente apaixonado, até crescer e começar a me apaixonar de verdade por ele.

Foi o meu melhor aniversário!

Rafael me ensinou o que é ser uma pessoa que se importa com as pequenas coisas, não interessa o que sejam.

Então, dali em diante, eu passei a prestar mais atenção nele. Passei a me importar mais com os presentes que ganhava e a querer as pessoas que amo sempre por perto.

Mas infelizmente, eu não tive tempo de aproveitar tudo que aprendi a amar. Rafael parou de falar comigo quando tínhamos uns 12 anos. Meus pais também passaram a viajar mais a trabalho e ficar longe de casa o tempo todo, e eu, bem... Eu tive tempo pra me relacionar melhor com as coisas que gosto de fazer, como pintar e fotografar.

Na escola, meus amigos foram se desfazendo com o tempo. Afinal de contas, eu não fazia mais festas de aniversário e nem tinha mais 8 anos, não era mais popular como antes. Além do mais, as pessoas de escola particular eram bem fúteis e tinham conversas bem sem pé nem cabeça pro meu gosto.

Rafael até falou pra mim uma vez: "papo de playba só envolve viagem e nome de marca muito cara pro meu bolso".

Mas, felizmente, eu consegui fazer dois amigos que eram, sim, bem ricos, mas não tão fúteis quanto a maioria das pessoas que eu conhecia. E pude confiar neles.

Digo, claro que o Ângelo é muito apegado ao luxo, mas isso não o torna uma pessoa má e mesquinha. Afinal, foi numa conversa com ele que descobri meus reais sentimentos sobre o Rafael, quando tínhamos 14 anos.

— Angel, coloca no SBT, vai passar Naruto agora. – pedi com o apelido que sabia que ele adorava ser chamado.

Afinal, Ângelo sempre soube falar inglês e mais uma caralhada de outras línguas. Inclusive, a língua de outras bocas.

— Ah, não! Sem desenho japonês, Luan! Vou colocar na MTV!

Ele pôs então no canal de música e estava tocando Naughty Girl da Beyoncé. Ângelo deu um gritinho animado e aumentou o volume praticamente no último, indo até a sua mochila e tirando várias coisas de dentro dela.

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⏰ Última atualização: Aug 10, 2023 ⏰

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