Revenge (Romance gay)

Começo

Will olhava com cuidado pela janela de sua casa, esperando rastros de alguma pessoa. Já fazia um tempo que ele vinha se sentido observado. Talvez uns cinco dias? Uma semana? Não sabia ao certo, mas tinha certeza que estava sendo espionado por alguém. Talvez fosse apenas coisa da sua cabeça, talvez ele só sentia falta de voltar a investigar, como fazia quando ainda era um detetive; talvez tenha ficado paranóico depois de ter se aposentado, mesmo que ainda achasse que 35 anos era pouco para ter se aposentado. Porém ele estava cansado e não queria mais se envolver com coisas e pessoas perigosas. Só queria poder descansar.

Ele tinha passado por muitas coisas, e só queria que sua mente pudesse ficar em estado de tranquilidade, sem ter que pensar sobre: gangues, sangue, pistas, drogas, armas, e além de tudo sobre seu passado e aquele que assombra seus pensamentos. 

Will tinha um plano para quando se aposentar, de comprar uma casa na praia, que tivesse uma biblioteca, uma varanda com uma rede para poder descansar, e adotar um gato para servir de companhia. Queria estar em um local confortável, mas antes disso tinha que ter certeza de que estava seguro. Não estava maia suportando se sentir observado por seja lá quem fosse, provavelmente alguém que queria vingar-se de si. Will já havia esbarrado com muitos assim, não seria de se impressionar algo do tipo já que era bastante odiado por criminosos. E em específico gangsters. Will já tinha acabado com várias gangues, já tinha acabado com a vida de vários mafiosos e entre eles John Richards. O fundador de uma das maiores máfia existentes. Porém com Richards havia sido muito mais diferente dos outros. Foi o único em que ele sujou suas mãos com sangue "verdadeiro". Diferente dos outros em que ele apenas os deixava com danos e os levavam para cadeia para que cumprissem sua sentença.

Ele teve seus motivos para ter feito aquilo com John, e por conta disso ele não se arrepende nem um pouco do que fez, apenas se glorifica por ter completado sua vingança. Ele realmente tinha muito o que resolver com aquele homem havia prometido vingança e a cumpriu. 

Will foi capaz de acabar com a vida de John(literalmente), mas incapaz de acabar com a gangue da família Richards, a que foi passada para o irmão de John — Abel Richards — até que o filho de John pudesse ser maduro o suficiente para comandar a gangue da família Richards.

Jimmy Richards, também conhecido por muitos como "Jin O Imperador". Ele tinha apenas 26 anos, mas suas habilidades eram além de qualquer gangster de primeira classe. Ele era extremamente a pessoa perfeita para ser o sucessor de Abel Richards.

Will pensava que ao matar John seria o suficiente para a queda de sua fundação, porém para isso ele teria que acabar com toda a família Richards, teria de matar Jin e então Abel. 

E foi assim que decidiu deixar essa vida de detetive de mão, já não queria mais ter que se arriscar tanto só para a segurança das pessoas, que nem ao menos se esforçaram para o agradecer e parabenizar. As pessoas só se importam com o seu próprio bem, e Will demorou para entender isso. Não queria fazer papel de "herói" quando se vive em um mundo de egoísmo e hipocrisia. Quando tem medo de errar e ser criticado.

Will estava exausto;

Cansado;

Sobrecarregado;

Acabado;

E aborrecido de saber que vive uma vida tão solitária e sem graça.

Decepcionado em saber que a vida de um adulto não é tão legal como imaginava ser quando criança.

Triste em se sentir tão vazio.

Medo das suas lembranças passadas.

Talvez ele estivesse apenas precisando de companhia, não se relacionava a muito tempo com as pessoas. Já havia tempo que tinha parado de acreditar nas pessoas.

Ele se recompôs ao ver um grupo de pessoas se aproximarem de sua casa. Eram  uns onze homens vestidos em um terno preto. O que só deu a entender que eram realmente delinquentes. Escutou sua porta sendo aberta ou melhor arrombada. 

– nossa pra que tanta violência? A porta estava aberta era só entrarem. – Will brincou com aqueles homens desconhecidos. 

– Não seja tão formal, não somos seus amigos – um homem desconhecido, de aparência jovem disse ao se aproximar de Will com um bastão pronto para o acertar, mas fracassou quando Will desviou de seu golpe, tomando o bastão das mãos do homem desconhecido e o acertado na cabeça. Isso foi o suficiente para apagar o homem.

– e agora? Quem vai ser o próximo? – falou com um sorriso sínico no rosto. – deveriam ter vindo armados com armas.

Os homens partiram para cima de Will na tentativa de machucá-lo. Porém Will não estava facilitando para eles. Ele brincava com aqueles homens como se fossem suas marionetes. Como se estivesse no controle de tudo. Porém sua confiança foi embora quando sentiu uma pancada forte na cabeça, sua visão estava escurecendo e seu corpo ficando fraco. Um dos homens havia o acertado com algum objeto em sua cabeça.