"Nana, nenê"

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   Autora: criei essa história na minha cabeça, ou seja, é original.
   Pode ser um pouco diferente da lenda da Cuca original, mas essa é apenas um Terror AU.
   E eu tô usando o cll da minha mãe 👉👈
  
   1889. Era uma noite chuvosa. Eu estava deitada em minha cama com duas cobertas em cima de mim. Meus pés ficavam de frente para a janela, o que ra um saco, pois eu odiava o escuro e os clarões me faziam ficar vendo vultos o tempo inteiro.

   Eu estava sozinha em casa. Meus pais saíram e eu n lembro o motivo. Ouvi um barulho do assoalho vindo do pé da cama e instintivamente olhei para lá. Vi uma cabeça cabeluda com olhos vermelhos, brilhando e se destacando no meio da escuridão q os cercavam.

   Pisquei e a tal criatura havia sumido. Para mim isso era um alívio, pois as paralisias do sono que eu geralmente tenho não são fáceis.

   Mal tive tempo de agradecer, quando ouvi passos no corredor. E era algo ou alguém bem pesado, pois quando eu caminho não faz barulho, e olha que eu nem sou tão leve.

   Fechei os olhos com força e me encolhi toda, me preparando para o jumpscare (referência à Fnaf 7v7 ). Mas ao invés disso comecei a escutar uma musiquinha leve e isso me deixou um pouco mais calma.

   Olhei para o meu lado esquerdo ao mesmo tempo em que começou a cantoria. Era uma música bem velha, para bebês.

-----Nana, nenê, que a Cuca vem pegar...
   "O papai foi na roça e a mamãe já vai voltar..."

   A música era bela, mas quem estava cantando não era tão bela assim...

   Seu corpo era de uma mulher um pouco gorda. Seus cabelos eram da cor e da textura de palha, caiam até os seus ombros e a cabeça... Ah, a cabeça, meu Deus, era a parte mais grotesca.

   Seu rosto parecia ter sido arrancado à força e costurada à uma face de crocodilo. Sua boca estava escancarada e lá no fundo dava para ver a carne viva sangrando e pulsando.
   Escorria sangue das costuras e da boca dela, pingando em seu vestido bege e branco.

   Embora sua apareceria fosse bizarra, macabra e até nojenta de se ver, ela não parecia hostil. Mas ela ficava me olhando sem parar, e isso me deixou desconfortável e assustada.

   Tentei gritar, mas como às vezes acontece nos sonhos maus, não consegui. Logo depois, apaguei.
 
 

Também me lembro de ter sido acordada pela minha mãe, que dizia ter me ouvido gritar. Quando perguntei a ela como ela tinha conseguido me escutar se ela não estava em casa, ela fez uma cara assustada e disse, rindo de nervoso:

----Q-Querida, eu e o seu pai estávamos aqui em casa a noite toda.

   Isso me deixou assustada e abalada. Nunca mais falei sobre isso e até hoje eu procuro respostas. Obrigada por me dar um pouco do seu tempo.
  

"Nana, nenê"Onde histórias criam vida. Descubra agora