Capítulo I

2K 167 292
                                    

Nota inicial do Autor: Sim, eu vou usar "Nota do Autor" porque sou infernalmente careta. Mas enfim, bem-vindes a minha primeiríssima fic (oneshot). Espero que vocês gostem dela o tanto quanto eu odeio. E por favor, interajam! Eu preciso da minha cota de ameaças para sobreviver. Não mais. Boa leitura!

1

A dinâmica fundamental que rege uma partida de beisebol é simples; enquanto um time ataca, o outro defende. As entradas são formadas a partir de um turno de Defesa e um de Ataque. Ao todo, as partidas continuam até um time ter vantagem sobre o outro, e finalmente, ganhar. No entanto, quando se trata de Choi San e Jung Wooyoung a palavra "perder" não existe.

Os capitães - sim, os capitães, porque o comitê de esportes da Universidade Nacional de Seul achou inteligente eleger dois capitães para todos os times esportivos que existissem - estavam sempre em pé de guerra. Uma partida de beisebol não acabava até que um deles caísse, literalmente. E se nas regras do esporte, a quantidade de Entradas em um jogo deveria limitar-se a nove somado a mais algumas extras, - em caso de acontecer um empate - a dupla de capitães realizaria a proeza de estender as entradas extras até que a exaustão acometesse a todos do time. E a partir daí, o parâmetro que definiria o vencedor e o perdedor deixava de ser o número de strikes e se tornava "quem deixar o taco cair primeiro".

Essa regra não se estendia somente aos capitaẽs. Os outros nove jogadores também eram afetados pela rixa que Wooyoung e San mantinham entre si. Portanto, havia uma pressão gritante nessas partidas amistosas acerca de sobreviver até o último minuto. O taco poderia vacilar, eles poderiam sentir seus músculos dormentes, e até mesmo estourar as bolhas de calor que se formavam nas palmas de suas mãos, mas não deveriam, em hipótese alguma, derrubar o maldido taco. Porque, naquelas entradas extras - que denotavam uma prova de sobrevivencia humana quase equiparada a tortura - derrubar o bastão demostrava fraqueza, e Wooyoung era competitivo demais para ser chamado de "fraco".

A princípio, as competições eram legais. Acediam aquela chama de rivalidade que os faziam esforçar-se para serem melhores sempre. A animosidade entre Wooyoung e San ajudava. Cada time era treinado por um capitão, e cada capitão instigava seu time contra o outro, fomentando uma briga assídua pela vitória.

Entretanto, eles estavam cansados. Todos, exceto as máquinas mortíferas Jung Wooyoung e Choi San. O clima em quadra era tenso e desafiador. Se antes eles queimavam com a gana de vitória, agora, eles queriam apenas se meter debaixo do chuveiros e fingir que beisebol era apenas um grande efeito mandela no mundo. Produto norte americano.

A rivalidade entre os capitães ultrapassou os limites de todos. No início, pareceu ser apenas uma rixa infantil, talvez ressentimento por não ter existido uma eleição de unanimidade. Porém, mesmo após os dois receberem o título, e receberem ambos um time equiparadamente bom, as brigas continuaram.

As brigas e a competição.

Eles brigavam por garrafas d'água, lugares no ônibus quando viajavam para campeonatos. Brigavam pelos chuveiros do vestiário. Competiam queda de braço - com os rostos incrivelmente próximos -, competiam em agachamentos, corridas, abdominais, barras. E ainda sim, permaneciam incrivelmente perto. Se o time não os conhecesse, diria que aqueles dois eram apenas amigos próximos, donos de uma linguagem do amor própria. Porém, reconhecendo os demônios que eles eram em quadra, imaginá-los sendo amigos era quase um sintoma de insanidade.

Fartos daquela situação, os Nogsaeng e os Juhwangsaeg - times de Wooyoung e Choi San, respectivamente - armaram um plano para extinguir de uma vez por todas aquela guerra fria.

𝙂𝙖𝙡𝙨𝙖𝙚𝙜 | 𝘸𝘰𝘰𝘴𝘢𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora